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Congresso em Foco
16/8/2009 12:20
Thomaz Pires
Um dia após admitir que havia sido informado sobre a existência de atos secretos no Senado, o presidente da Casa, José Sarney (PMDB - PA), volta a enfrentar novas denúncias. De acordo com matéria publicada neste domingo (16) pelo jornal Estado de S. Paulo, a família Sarney teve dois apartamentos comprados na capital paulista por uma empreiteira. Os imóveis são usados há três anos por assessores e familiares de Sarney, mas estão registrados no nome da empreiteira Aracati Construções.
Segundo a reportagem, os apartamentos - unidade 22 e 32 - ficam no edifício Solar de Vila América, situado na região dos Jardins. No primeiro mora o neto do presidente do Senado, Gabriel José Cordeiro Sarney, filho do deputado Zequinha Sarney (PV-MA). No outro apartamento, o 32, recebe-se com frequência assessores e convidados dos Sarney. A estimativa é que cada imóvel tenha um valor de mercado de aproximadamente R$ 300 mil.
Procurado pelo jornal, o antigo proprietário do apartamento 22, Felipe Jacques Gauer, afirmou ter recebido a primeira proposta de compra do neto de José Sarney. Pela conversa, ficou negociado que funcionários da Aracati Construções o procurariam. Dias depois, conforme o combinado, uma funcionária entrou em contato. Pela interpretação do antigo proproetário, havia ficado claro a intensão em não envolver o nome de Sarney na negociação.
A compra do outro apartamento, o de número 32, ocorreu de forma parecida. O antigo dono, Sidney Wajsbrot, 43 anos, dono de uma fábrica de plásticos em Guarulhos, foi procurado pelo zelador do prédio antes mesmo de pôr o apartamento à venda. O funcionário teria dito que o senador Sarney estava procurando um apartamento, que ele já tinha dois no prédio e queria um terceiro para um assessor dele.
Na hora de fechar a compra, a exemplo do que ocorrera na aquisição do apartamento 22, a funcionária da empreiteira estava acompanhada de um oficial do cartório de notas de Sorocaba. Ela entregou ao antigo proprietário do imóvel um cheque nominal, da empresa. Em seguida, foi assinada a escritura do imóvel.
Representações
A bancada de oposição no Senado reúne-se nesta terça-feira (18) para definir qual será o tom adotado diante da nova denúncia contra o presidente da Casa. Na avaliação do senador Álvaro Dias (PSDB - PR), a temperatura no plenário deve subir. Passado os últimos embates, ele manifesta preocupações, principalmente com a "tropa de choque" de Sarney, liderada pelo senador Renan Calheiros (PMDB - AL) e Fernando Collor (PTB -AL), que protagonizaram bate-bocas em plenário nas últimas semanas.
"Não vamos nos intimidar. A denúncia é mais um elemento que justifica o desarquivamento das representações contra Sarney no Conselho de Ética. Já há material suficiente para que o senador dê explicações aprofundadas, mas elas não foram dadas até agora", justifica o senador Tucano.
Já na bancada petista, ainda não há consenso sobre a blindagem a Sarney. O senador Eduardo Suplicy (PT - SP), no entanto, defende que o presidente da Casa seja convocado ao Conselho de Ética para apresentar sua defesa. Segundo ele, isso ajudaria a evitar o clima de guerra no plenário. "Acho que seria prudente para o presidente apresentar suas explicações no Conselho, até para se antecipar de qualquer acusação, pois a denúncia é grave e envolve um neto dele", avaliou.
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