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Grupo LGBT critica Papa Francisco: "Insinua que homossexualidade é doença"

Congresso em Foco

28/8/2018 12:00

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Papa Francisco enviou o cardeal Konrad Krajewski à Ucrânia para prestar apoio e fornecer ajuda humanitária aos refugiados. Foto: ABr

Papa Francisco enviou o cardeal Konrad Krajewski à Ucrânia para prestar apoio e fornecer ajuda humanitária aos refugiados. Foto: ABr
A Aliança Nacional LGBTI+ criticou o Papa Francisco por recomendar "psiquiatria para homossexualidade na infância". Francisco disse que os pais podem recorrer à psiquiatria quando detectarem sinais de homossexualidade nas crianças. "Quando é observado a partir da infância, há muito o que pode ser feito por meio da psiquiatria para ver como são as coisas. É outra coisa quando se manifesta depois dos 20 anos", disse o pontífice. Para a Aliança Nacional LGBTI+, o papa "parece ter usurpado o papel da Organização Mundial da Saúde, ou se dar o direito de insinuar que os homossexuais são doentes mentais". Desde 1990, a OMS não considera a homossexualidade como doença. "O Papa Francisco, o Vaticano e os sacerdotes mais reacionários da Igreja Católica fariam bem para a humanidade se seguissem estes preceitos em relação aos homossexuais, tratando-os da mesma forma que qualquer outra pessoa, em vez de tratá-los ora como pecadores a serem queimados na fogueira da Inquisição, ora como doentes a serem tratados por psiquiatras", disse a Aliança em nota. Depois da fala, o Vaticano disse que o chefe da Igreja Católica foi mal-interpretado. "Quando o papa se refere à 'psiquiatria', é claro que ele faz isso como um exemplo que entra nas coisas diferentes que podem ser feitas", disse o porta-voz. Questionado por uma jornalista sobre o que os pais deveriam fazer caso notassem sinais de homossexualidade nos filhos, o papa respondeu: "Eu diria, em primeiro lugar, que rezem, que não condenem, que dialoguem, que deem espaço ao filho ou a filha". Segundo a Aliança, a Igreja Católica não possui um discurso único a respeito da homossexualidade desde que o papa assumiu o comando da instituição. "Ora manifestam hostilidade e ofensa. Ora manifestam posicionamentos de inclusão e solidariedade", diz a nota. Para o grupo, seria importante a Igreja "unificar seu discurso a respeito da homossexualidade para que não paire dúvida quanto à sua posição oficial". Segundo a associação, 626 pessoas LGBTI+ são filiadas à Aliança em todo o Brasil e 20,5% delas se consideram católicas. "Para muitas pessoas a fé é uma parte importante da vida, e ser discriminado pela Igreja por causa da sexualidade fere a essência da crença religiosa e provoca tanto o afastamento quanto a marginalização das pessoas no âmbito da Igreja", afirma o grupo. A Aliança lembra ainda os escândalos envolvendo padres em casos de pedofilia e pede que a Igreja foque nos "problemas internos" em vez da "sexualidade alheia". "Chega de discriminação institucional!", pede a associação. Veja a íntegra da nota: "A Aliança Nacional LGBTI+ vem a público manifestar seu desagrado com a fala noticiada do Papa Francisco, na Folha de S. Paulo, que recomenda "psiquiatria para homossexualidade detectada na infância". São desencontradas as mensagens oriundas do Papa e do Vaticano em relação à homossexualidade desde que o Papa Francisco assumiu o pontificado. Ora manifestam hostilidade e ofensa, como a citação acima. Ora manifestam posicionamentos de inclusão e solidariedade. Após visita ao Brasil, o Papa teria dito "Se uma pessoa é gay, busca Deus e tem boa vontade, quem sou eu para julgá-la?" Após ter se encontrado com uma vítima (gay) da pedofilia clerical, o Papa teria falado "Deus o fez assim e o ama assim, e o Papa te ama assim." Seria importante a Igreja Católica unificar seu discurso a respeito da homossexualidade para que não paire dúvida quanto à sua posição oficial. A Bíblia nos diz "Mas se fazeis acepção de pessoas, cometeis um pecado e incorreis na condenação da Lei como transgressores" (Carta de Tiago 2,9), da mesma forma que no mundo secular, a Declaração Universal dos Direitos Humanos condena a discriminação de qualquer natureza. O Papa Francisco, o Vaticano e os sacerdotes mais reacionários da Igreja Católica fariam bem para a humanidade se seguissem estes preceitos em relação aos homossexuais, tratando-os da mesma forma que qualquer outra pessoa, em vez de tratá-los ora como pecadores a serem queimados na fogueira da Inquisição, ora como doentes a serem tratados por psiquiatras. A Sua Santidade parece ter usurpado o papel da Organização Mundial da Saúde, ou se dar o direito de insinuar que os homossexuais são doentes mentais. Aliás, há 28 anos, desde 1990 a Organização Mundial da Saúde não considera a homossexualidade como doença. Mas, a Igreja Católica sempre foi demorada em admitir fatos científicos, a exemplo de se recusar a reconhecer que a terra não é quadrada. Parece-nos que a Igreja Católica enfrenta problemas internos que deveriam ser o foco de suas atenções, em vez da sexualidade alheia, a exemplo dos casos de pedofilia por sacerdotes que pipocam a todo momento mundo afora. Que tal botar a própria casa em ordem antes de atacar setores da sociedade que não estão prejudicando ninguém? Nesta data a Aliança Nacional tem 626 pessoas LGBTI+ afiliadas de todo o Brasil. Destas, 20,5% se consideram católicas. A Igreja não percebe a ofensa que causa aos seus fiéis que com afirmações como a atribuída ao Papa acima mencionada? É por motivos como estes que a Igreja vem perdendo para outras igrejas mais inclusivas no mundo inteiro. Para muitas pessoas a fé é uma parte importante da vida, e ser discriminado pela Igreja por causa da sexualidade fere a essência da crença religiosa e provoca tanto o afastamento quanto a marginalização das pessoas no âmbito da Igreja. Alguns dogmas podem ser igualados ao preconceito, sendo conveniente para alguns revesti-los com a suposta autoridade de uma instituição religiosa. Pedimos à Igreja Católica que respeite os homossexuais e os deixe viver a vida e praticar a religião em paz. Chega de discriminação institucional! Curitiba, 27 de agosto de 2018 Toni Reis Diretor Presidente da Aliança Nacional LGBTI"
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