Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
Congresso em Foco
11/8/2009 23:19
Fábio Góis
A ex-secretária da Receita Federal Lina Vieira voltou a reiterar a veracidade do encontro em que a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) teria lhe orientado a apressar a conclusão das investigações sobre um dos filhos do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Segundo Lina, que foi comunicada de sua demissão em 7 de julho pelo ministro Guido Mantega (Fazenda), há mais de uma testemunha do encontro.
"O encontro efetivamente aconteceu", disse hoje (11) Lina em entrevista à TV Globo, acrescentando que sua chefe de gabinete e seu motorista, além da própria chefe de gabinete da ministra, teriam presenciado o encontro. "Ela esteve comigo em conversa particular, e pediu para que eu agilizasse a fiscalização do filho de Sarney."
Dilma nega reunião com ex-secretária da Receita
Lula nega pressão de Dilma para beneficiar Sarney
Lina disse não ver motivos para que Dilma, pré-candidata do presidente Lula para a sucessão presidencial de 2010, negue a reunião, que teria ocorrido no final do ano passado, depois da decisão judicial que determinou o reforço da fiscalização sobre negócios da família Sarney. "Não vejo nada de mais neste encontro", ponderou.
O assunto do suposto encontro restrito entre Lina e Dilma foi noticiado na edição de domingo (9) do jornal Folha de S.Paulo. Em entrevista ao diário paulista, Lina disse que, às vésperas das eleições que levaram, em fevereiro, o senador peemedebista à cadeira mais poderosa do Senado (pela terceira vez), "não queriam problema com Sarney".
Relator da CPI da Petrobras, que investiga indícios de irregularidade na estatal, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), trabalha para impedir que Lina preste esclarecimentos ao colegiado. Um dos motivos do desgaste de Lina foi revelado em maio: a Petrobras alterou o próprio regime contábil, o que resultou na redução de R$ 4,3 bilhões em pagamento de tributos; na ocasião, a Receita emitiu nota mencionando a legislação que, teoricamente, impedia a manobra da empresa.
"Eu não vejo nenhuma necessidade de ouvir a doutora Lina. Ela não vai acrescentar nada, não vai quebrar o sigilo da Petrobras, não vai dar nenhuma informação e não está mais no comando da Receita Federal", afirmou o peemedebista (leia mais).
Temas
IMUNIDADE PARLAMENTAR
Entenda o que muda com a PEC da Blindagem, aprovada pela Câmara
Comissão de Direitos Humanos
PEC da Blindagem será recebida com "horror" pelo povo, afirma Damares
IMUNIDADE PARLAMENTAR