Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Notícias >
  3. Alckmin: "Tudo deu errado no governo Lula"

Publicidade

Publicidade

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News

Alckmin: "Tudo deu errado no governo Lula"

Congresso em Foco

1/10/2006 14:30

A-A+
COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA

Animado com a possibilidade de realização de segundo turno, apontada pelas últimas pesquisas, o candidato à Presidência pelo PSDB, Geraldo Alckmin, diz que não houve nenhum aspecto positivo no governo Lula e promete uma agenda de retomada do crescimento econômico. "Nada deu certo. Tudo deu errado (no governo Lula). Hoje, sob o ponto de vista ético, o governo é um descalabro; sob o ponto de vista de gestão, um desastre. São 34 ministérios que não funcionam e ficam dando trombadas entre si e contra a iniciativa privada. Sob o ponto de vista do crescimento econômico, um horror", disse Alckmin em entrevista exclusiva à revista IstoÉ.

O tucano responsabiliza a falta de investimentos em infra-estrutura pela elevação da carga tributária, que já está em quase 40% do Produto Interno Bruto (PIB), e pela manutenção dos juros altos. "É preciso fazer o contrário: acabar com desperdícios, reduzir impostos e juros, fortalecer as agências reguladoras e respeitar contratos para atrair investimentos", afirma.

Na entrevista, Alckmin se compromete, caso seja eleito, a encaminhar ao Congresso, logo no início de seu governo, um projeto instituindo a reforma política, com fidelidade partidária e voto distrital. O tucano também diz que vai "desburocratizar e despetizar" a administração pública federal.

Veja a seguir a íntegra da entrevista.

"ISTOÉ - Como o sr. planeja governar junto com o Congresso, diante do desgaste sofrido pelos parlamentares e da possibilidade de esse mesmo Congresso não atuar de forma majoritária na votação de pautas?
Geraldo Alckmin
- Não foram os parlamentares que se desgastaram. Quem se desgastou foram os aliados do governo, a base governista forjada na base de mensalões. No meu governo, a relação do Poder Executivo com o Congresso Nacional vai levar em consideração os interesses do País, e não os interesses de grupos, como acontece no governo do presidente Lula. O que vai garantir maioria será a qualidade das propostas que serão encaminhadas à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal.

ISTOÉ - O gargalo do crescimento já vem sendo apontado como o mais grave já enfrentado pelo País. Há pelo menos uma década o crescimento tem sido residual diante do resto do mundo. Qual o seu plano para mudar esse processo?
Alckmin
- Meu programa de governo é uma grande agenda para o desenvolvimento nacional. País forte é país que cresce. Para isso, é preciso criar um ambiente de estímulo aos investimentos e aos negócios, que geram empregos e melhor distribuem a renda. É isso o que vou fazer.Vou trabalhar duro para acabar com a ineficiência e a corrupção que se entranharam em todo o governo federal. Com essas pragas, o Estado gasta muito e gasta mal. Sem fazer investimentos em infra-estrutura, eleva a carga tributária, que já está em quase 40% do PIB, e obriga o Banco Central a praticar juros excessivamente altos, os mais elevados do mundo. Os juros altos, por sua vez, atraem dólares em excesso e estimulam uma valorização artificial do real. Isso prejudica a indústria, que passa a enfrentar dificuldades para exportar. Ou seja, está tudo errado. É preciso fazer o contrário: acabar com desperdícios, reduzir impostos e juros, fortalecer as agências reguladoras e respeitar contratos para atrair investimentos.

ISTOÉ - Com a cláusula de barreira, uma nova realidade política se estabelece no Brasil.
Como o sr. projeta o processo democrático brasileiro a partir desse quadro?
Alckmin
- A cláusula de desempenho vai reduzir o número de partidos e facilitará a governabilidade. Os políticos sérios que hoje estão em partidos pequenos poderão se transferir para outras legendas. Além disso, logo no começo do governo, vou enviar ao Congresso um projeto instituindo a reforma política, com fidelidade partidária e voto distrital, para moralizar ainda mais a atividade política em nosso país.

ISTOÉ - O ex-governador Adhemar de Barros uma vez definiu que não existe abismo do tamanho do Brasil. Gostaríamos de saber do sr: que Brasil estamos construindo e a que Brasil iremos chegar ao final do próximo mandato?
Alckmin
- O correto é dizer que não existe país com o potencial de crescimento do Brasil. Infelizmente, o governo atual nos condenou a quatro anos de paralisia. No final do meu governo, já teremos retomado a marcha para o desenvolvimento. Estaremos em plena construção do Brasil que os brasileiros sonham: um país desenvolvido, crescendo pelo menos na mesma velocidade dos nossos vizinhos, gerando empregos e garantindo oportunidades para todos. No final do meu governo, o Brasil estará liderando a corrida do desenvolvimento na América Latina.

ISTOÉ - Qual a sua opinião sobre o voto distrital, sobre o fim do mecanismo da reeleição e sobre o modelo de bipolaridade partidária, ou seja, de dois partidos, nos moldes do sistema americano?
Alckmin
- Sou favorável ao voto distrital e defendo que a reeleição seja mais bem regulamentada para evitar os abusos que estão acontecendo neste ano. Sem regras mais claras que evitem esses abusos, sou contra a reeleição. Sou contra a bipolaridade partidária. Nos Estados Unidos, embora a disputa seja polarizada em duas legendas, existem diversos partidos. No Brasil, já tivemos uma experiência forçada de bipartidarismo - Arena e MDB - que não deu certo. Acho saudável que o povo tenha mais de dois candidatos, mais de duas propostas para fazer a sua opção.

ISTOÉ - No que o seu governo pode ser melhor do que o do seu adversário?
Alckmin
- Em tudo. No meu governo não haverá corrupção e ineficiência, que são resultados diretos da partidarização do Estado. Quanto mais panelinhas de companheiros, mais paquidérmico e ineficiente é o governo e mais ele pesa nas costas do contribuinte. Vamos desburocratizar e "despetizar" o governo. Vamos prestigiar as carreiras funcionais com acesso por concurso público. Com gente séria e trabalhadeira em todos os escalões do governo, vamos dar um grande salto de qualidade nos serviços públicos e isso vai dar um grande impulso para o desenvolvimento.

ISTOÉ - A partir do programa assistencialista do Bolsa Família, qual o passo seguinte que se faz necessário para a efetiva inclusão social?
Alckmin
- O Bolsa Família é necessário, será mantido e aperfeiçoado. A efetiva inclusão social virá com o crescimento do País, com investimentos em infra-estrutura. Obras de saneamento, construção e recuperação de estradas vão gerar milhares de empregos. Eu vou executar um rigoroso controle dos gastos públicos que, ao lado da reforma tributária e da redução dos juros, vai fazer sobrar dinheiro para esses investimentos.

ISTOÉ - Com que quadro partidário o sr. imagina governar?
Alckmin
- Vou governar com integral respeito aos Poderes Legislativo e Judiciário. A aliança, com a qual vou governar, será formada com base em um programa nacional de desenvolvimento.

ISTOÉ - No seu futuro Ministério, qual a proporção que o sr. imagina construir
de quadros técnicos e políticos nos principais cargos?
Alckmin
- Os integrantes do meu governo terão que reunir duas condições: competência e honestidade. O que vai definir se eles serão técnicos ou políticos é a missão que cada um terá no governo.

ISTOÉ - O que deu certo e o que deu errado no governo que termina ao final deste ano?
Alckmin
- Nada deu certo. Tudo deu errado. Hoje, sob o ponto de vista ético, o governo é um descalabro; sob o ponto de vista de gestão, um desastre. São 34 ministérios que não funcionam e ficam dando trombadas entre si e contra a iniciativa privada. Sob o ponto de vista do crescimento econômico, um horror. Nesta semana, o Brasil caiu nove posições no Ranking da Competitividade Global, elaborado pelo Fórum Econômico Mundial. Estava em 57º lugar e caiu para 67º. Quer dizer, o Brasil passou do freio de mão para a marcha à ré e mostrou que o governo Lula não tem acelerador."

Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Temas

Reportagem

LEIA MAIS

Até agora, 1.361 urnas foram substituídas

Lula ataca FHC e diz que buscará novas alianças

Lula prevê vitória hoje, Alckmin confia em 2° turno

NOTÍCIAS MAIS LIDAS
1

PEC 3/2021

Veja como cada deputado votou na PEC da Blindagem

2

GOVERNO

Lula escolhe Emmanoel Schmidt Rondon para presidir os Correios

3

INFRAESTRUTURA

MP do Setor Elétrico é aprovada na Câmara em último dia de validade

4

IMUNIDADE PARLAMENTAR

Entenda o que muda com a PEC da Blindagem, aprovada pela Câmara

5

Educação e Pesquisa

Comissão de Educação aprova projeto para contratação de pesquisadores

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES