Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
Congresso em Foco
13/7/2005 16:15
Sônia Mossri |
Na prática, os recursos para a parceria não serão contabilizados como dívida. Sem isso, por causa da Lei de Responsabilidade Fiscal, os estados e municípios dificilmente teriam condições legais para lançar mão da parceria. O subsecretário de Assuntos Internacionais de Minas Gerais, Luiz Antônio Athayde, disse ao Congresso em Foco que, sem a instituição de uma classificação contábil diferente para os projetos da parceria, praticamente nenhum estado poderia usar essa modalidade para investimentos. Para permitir o uso da parceria pelos governos estaduais, o relator do projeto na Comissão de Assuntos Econômicos, senador Valdir Raupp (PMDB-RO), colocorá os gastos com a parceria como "despesa contínua", à margem do endividamento do estados. "A despesa é um gasto continuado e tem que ter um tratamento diferenciado na contabilidade pública", explicou Athayde. Minas Gerais foi o primeiro estado a aprovar o modelo da parceria. Na semana passada, Aécio Neves assinou um convênio com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para liberação, a fundo perdido, de US$ 675 mil destinados à definição do modelo das parcerias mineiras. Esses recursos do BID serão utilizados pelo governo de Minas para contratar serviços de consultoria privada para escolher cada um dos projetos de parceria - recuperação de rodovias, construção de presídios, centro administrativo do estado e do novo campus da Universidade Estadual de Minas Gerais. Responsabilidade fiscal Na prática, o Senado está fazendo um outro projeto para a parceria, bem diferente do aprovado pela Câmara e da versão original, elaborada pela equipe do ministro do Planejamento, Guido Mantega. Para dar maior garantia aos investidores e atender exigências das empreiteiras, Valdir Raupp se esforça para adequar a regulamentação da parceria à Lei de Responsabilidade Fiscal. Essa também é uma das preocupações dos governadores e constitui um dos principais pontos apresentados por Athayde a senadores do PSDB. "A parceria público-privada terá que ser enquadrada numa nova categoria de dívida financeira. Ela é uma passivo subordinado ao fluxo de despesas correntes", explicou o subsecretário mineiro. Isso não quer dizer falta de controle sobre os recursos destinados ao pagamento dos empresários envolvidos nos projetos da parceria. Segundo Athayde, para autorizar a contratação desses projetos, é preciso que haja demonstração de redução de outros gastos correntes ou comprovação de aumento de receita. Mecanismo semelhante já consta do texto de Valdir Raupp. De acordo com o senador, a idéia é cercar de garantias os investidores. Por isso mesmo, somente deverão ser aceitas garantias com liquidez imediata, o que impede que o governo federal ofereça para isso imóveis públicos. |
Temas
IMUNIDADE PARLAMENTAR
Entenda o que muda com a PEC da Blindagem, aprovada pela Câmara
Comissão de Direitos Humanos
PEC da Blindagem será recebida com "horror" pelo povo, afirma Damares