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Senado vai discutir Operação Condor e morte de Jango

Congresso em Foco

7/2/2008 | Atualizado às 12:17

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Na primeira deliberação do Congresso este ano, a Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado decidiu hoje (7) realizar audiências públicas para discutir novas informações sobre a Operação Condor e a morte do ex-presidente João Goulart. O requerimento foi apresentado pelo senador Cristovam Buarque (PDT-DF).

No mês passado, a família do ex-presidente entrou com uma ação na Procuradoria Geral da República para apurar denúncias de que Jango teria sido envenenado numa ação orquestrada pela chamada Operação Condor. Oficialmente, o ex-presidente morreu de ataque cardíaco, em dezembro de 1976, aos 57 anos, em uma fazenda de sua propriedade na cidade argentina de Mercedes.

A operação consistia num acordo de cooperação militar entre as ditaduras do Brasil, do Uruguai, da Argentina, do Chile, do Peru, da Bolívia e do Paraguai na perseguição a políticos desses países que viviam no exílio.

Suspeita reforçada

O caso ganhou força nos últimos dias por dois motivos. Em dezembro de 2007, a Justiça italiana pediu a prisão de 140 pessoas desses países. Entre as quais, 11 brasileiros. Ao todo, 25 cidadãos de origem italiana estão entre os desaparecidos políticos.

Umas das pessoas a serem ouvidas pela comissão será o uruguaio Mario Neira Barreiro, preso no Rio Grande do Sul por roubo e formação de quadrilha. Em entrevista à Folha de S. Paulo, no mês passado, ele confirmou que comprimidos envevenados foram postos em frascos de remédios de Jango. Naquela época, Barreiro fazia parte de um movimento estudantil de direita.

Antes, o uruguaio já havia dado a mesma versão a João Vicente, filho do ex-presidente. Segundo ele, a ordem para o assassinato de João Goulart partiu do governo Ernesto Geisel (1974-1979) numa operação identificada como “Escorpião”. De acordo com João Vicente, além do relato de Barreiro, documentos enviados ano passado pelo governo brasileiro à família reforçam a tese de que o seu pai era permanentemente monitorado mesmo no exílio, no Uruguai e na Argentina.

Convidados

Além do uruguaio e do próprio João Vicente, mais uma dezena de pessoas deve ser ouvida pela Comissão de Direitos Humanos do Senado sobre a Operação Condor. Entre elas, o ex-secretário de Segurança do Rio Grande do Sul João Leivas Job, o ex-delegado do Dops Marco Aurélio da Silva Reis, o ex-chefe do Serviço Nacional de Informação (SNI) no Rio Grande do Sul Carlos Alberto Ponzi, o ex-diretor da Divisão Central de Informações Átila Rohrsetzer e o ex-chefe da Divisão de Segurança Política no estado Pedro Carlos Seelig.

Os senadores também pretendem ouvir os uruguaios Universindo Rodríguez Díaz e Lilian Celiberti, seqüestrados em Porto Alegre em 1978. O casal tinha vindo ao Brasil, com seus dois filhos, para denunciar crimes da ditadura de seu país. Os quatro foram presos e entregues às autoridades do Uruguai, conforme denunciou, na época, a revista Veja. Autor da reportagem, o jornalista Luiz Cláudio Cunha também será convidado a participar do debate.

O coordenador do Movimento de Justiça e Direitos Humanos de Porto Alegre, Jair Krischke, autor do livro “Brasil e a Operação Condor”, e Neusah Maria Romanzini Cerveira, autora da tese de doutorado "Memória da Dor: A Operação Condor no Brasil", também serão ouvidos. Neusah é filha do ex-major do Exército Joaquim Pires Cerveira, que coordenou uma organização de esquerda chamada FLN (Frente de Libertação Nacional). Ainda deve ser convidado um representante da Assembléia Legislativa gaúcha, que já tem apurado a Operação Condor.

De acordo com a secretaria da Comissão de Direitos Humanos, ainda não há data prevista para a realização das audiências.

A Operação Condor e a morte dos ex-presidentes João Goulart e Juscelino Kubitscheck já foi alvo de investigação de uma comissão especial na Câmara em 2001. Na época, no entanto, os deputados concluíram que não havia relação entre as mortes dos dois ex-presidentes e a operação. Os senadores acreditam que as novas revelações podem apontar para outras conclusões. (Edson Sardinha)

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