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Congresso em Foco
26/11/2016 | Atualizado às 14:38
[fotografo]Reprodução[/fotografo][/caption]Não é o caso aqui de analisar o pensamento macroeconômico do trumperismo. Mas de defender a análise sem torcida. Ou seja, não repetir o erro dos jornalistas que torciam por Hillary Clinton, a democrata derrotada.
Mal as apurações se encerraram e os leitores de jornais passaram a ser bombardeados com o anúncio do apocalipse, que sobrevirá sobre os terráqueos com a ascensão de Trump. Se os veículos de comunicação erraram nas avaliações antes, por que acreditar que estão certos agora?
Da mesma forma, de acordo com vetustos matutinos e magazines, o Brexit, a saída do Reino Unido da União Europeia aprovada em plebiscito, trará consequências danosas ao Velho Continente. Os textos recendem inconformismo.
Interregno histórico
Canuto não prevê um boom econômico para os EUA. O título de seu artigo (Mr. Trump, você consegue entregar isto?) sugere um cenário incerto. Mas quem esperava que o cowboy Reagan iria turbinar a economia?
Trump pode acertar. E o acerto dele vai ser bom para uns e ruim para outros. Como sói acontecer sempre que o presidente do país mais poderoso do mundo toma uma decisão.
Provavelmente nem o próprio Trump sabe ao certo o que vai fazer. As previsões eram de tal sorte indicadoras de que ele perderia a eleição, que o eleito ainda pode estar pensado: "What now?".
Trump será um Rodrigo Duterte, o iracundo presidente filipino? Ou reencarnará o espírito de Reagan, que, ao lado da ex-primeira-ministra britânica Margaret Thatcher, dominou o cenário mundial dos anos 1980?
Vivemos um interregno histórico. Desde a queda do Muro de Berlim, em 1989, findou-se um mundo bipolar, onde éramos impelidos a escolher entre um lado e outro. Tempos de patrulha, hoje conhecida como "politicamente correto".
Tirante a esquerda, que ainda acredita na ressureição de Lênin, o mundo está correndo para muitas direções. Ninguém sabe o que vai submergir dessa barafunda.
O dualismo político do século XX não é a melhor régua. O jornalismo tem que apurar, investigar e relatar. E, claro, aprender matemática.
* Itamar Garcez é jornalista.
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