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Congresso em Foco
16/8/2016 | Atualizado 17/8/2016 às 7:07
Pausa olímpica
A coletiva de imprensa para o anúncio da mensagem foi convocada para o mesmo horário em que a seleção feminina de futebol disputava, contra a Suécia, uma vaga na final da modalidade na Rio 2016 - depois de 120 minutos sem gols e domínio do jogo em campo, as brasileiras viriam a ser eliminadas nos pênaltis. Dilma só apareceu depois de encerrada a disputa, e iniciou sua fala justamente lamentando a derrota das compatriotas - o que suscitou comentários de que ela esperou o jogo acabar para então ler a mensagem.
A leitura da carta foi acompanhada por cinco ex-ministros de Dilma: Jaques Wagner (chefe de gabinete pessoal), Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo), Aloizio Mercadante (Educação), Miguel Rossetto (Trabalho e Previdência Social) e Eleonora Menicucci (Secretaria de Políticas para Mulheres).
[caption id="attachment_256947" align="alignright" width="300" caption="Imprensa foi convocada no mesmo horário em que a seleção feminina de futebol estava em campo"]O conteúdo da carta confirma o que o Congresso em Foco noticiou na madrugada da última quarta-feira (10), a respeito da estratégia de radicalização acerca do discurso do golpe. Prestes a ser julgada na última fase do impeachment e agora ré no processo, Dilma denunciou o boicote que sofreu dos deputados e senadores, principalmente do PMDB, e do presidente interino Michel Temer quando ainda era chefe do poder Executivo.
"Esse processo de impeachment é frágil, juridicamente inconsistente, um processo injusto, desencadeado contra uma pessoa honesta e inocente. O que peço às senadoras e aos senadores é que não se faça a injustiça de me condenar por um crime que não cometi. Não existe injustiça mais devastadora do que condenar um inocente", lamentou a petista.
A presidente reiterou que apoiará a realização de uma consulta à população para a convocar novas eleições: "Estou convencida da necessidade e darei meu apoio irrestrito à convocação de um plebiscito, com o objetivo de consultar a população sobre a realização antecipada de eleições, bem como sobre a reforma política e eleitoral", acrescentou.
Arquirrival
Dilma não citou o nome do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), mas fez menção indireta ao peemedebista, que deu início ao processo de impeachment, no dia 2 de dezembro, ao aceitar a denúncia dos juristas Janaina Paschoal, Miguel Reale Júnior e Hélio Bicudo. A petista mencionou as contas não-declaradas do deputado na Suíça, que é réu em duas ações da Operação Lava Jato no âmbito do Supremo Tribunal Federal.
"Ao contrário dos que deram início a este processo injusto e ilegal, não tenho contas secretas no exterior, nunca desviei um único centavo do patrimônio público para meu enriquecimento pessoal ou de terceiros e não recebi propina de ninguém", disse Dilma.
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