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Temer ficou com a marca de patrocinador do golpe, diz Jaques Wagner

Congresso em Foco

11/4/2016 | Atualizado às 15:14

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[caption id="attachment_236610" align="alignleft" width="285" caption="Jaques Wagner afirma que governo está confiante e aponta Temer como patrocinador do impeachment"][fotografo]Elza Fiúsa/Agência Brasil[/fotografo][/caption]O ministro-chefe do Gabinete Pessoal da Presidência da República, Jaques Wagner, disse hoje (11) que há grande rejeição de um eventual governo liderado pelo vice-presidente Michel Temer no caso de a presidente Dilma Rousseff sofrer impeachment. Ele citou dados de uma pesquisa divulgada ontem (10) pelo Datafolha. "Para o vice Michel Temer, é claro que ficou a marca de uma espécie de patrocinador do golpe porque a rua diz que ele tem mais rejeição do que a própria presidenta Dilma e é importante a gente registrar que isso sem ter exercido um dia de governo", afirmou o ministro. Segundo o levantamento do Datafolha feito nos dias 7 e 8 de abril, 60% dos entrevistados querem a renúncia tanto de Dilma como de Temer. Enquanto 61% se dizem favoráveis ao impeachment da presidente, 33% se dizem contrários a tal processo. Ainda segundo a pesquisa, 58% acham que Michel Temer deve sofrer impeachment. Na pesquisa anterior, feita nos dias 17 e 18 de março, 68% eram favoráveis ao impeachment de Dilma e 27% eram contrários. A Agência Brasil entrou em contato com a vice-presidência da República que afirmou, por meio da assessoria, que não vai se manifestar sobre as declarações de Wagner. A comissão especial da Câmara dos Deputados que analisa o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff iniciou nesta manhã a última sessão de trabalho, 25 dias depois de ser instalada. A comissão vota ainda hoje o relatório do deputado Jovair Arantes (PTB-GO), favorável ao impedimento. De acordo com Wagner, o exercício do poder gera desgaste. "A presidente está com mais de cinco anos de exercício de poder e, portanto, tem esse desgaste. Ele [Temer], simplesmente pela operação que ele fez agora recentemente, ganhou um desgaste muito grande. Portanto, a rua não está chamando pelo vice-presidente", acrescentou Wagner, em referência à decisão do PMDB, partido de Temer, de deixar a base de apoio do governo Dilma no dia 29 de março. Para Wagner, "o movimento pela legalidade no Brasil que é muito mais amplo do que o PT e do que o próprio governo da presidente Dilma" tem aumentado nas últimas semanas. "As pessoas despertaram que esse golpe, pior do que o outro que era assumido [o golpe militar em 1964], esse é um golpe dissimulado. Tenta botar na cadeira da Presidência da República alguém que não teve votos para isso, portanto, é golpe na medida em que não há crime de responsabilidade [de Dilma]. Eu creio que isso [o processo de impeachment] vai se esticar por muito tempo porque, independentemente de resultados, ainda temos o Supremo Tribunal Federal para fazer a avaliação se é possível ter um afastamento de uma presidente eleita simplesmente pela vontade", disse o ministro. Wagner afirmou que impeachment não é remédio para impopularidade. "É claro que nós sabemos que a presidente tem uma popularidade baixa, mas o constituinte não criou o impeachment como recall. O que está se querendo fazer aqui é um artifício, uma estrada vicinal extremamente perigosa, que fragiliza a democracia brasileira e, o pior, não resolve nada", disse. "Se já temos dificuldade com a presidente que carrega a legitimidade de 54 milhões de votos, que dirá com um presidente que já vai entrar tropeçando na própria rejeição, na impopularidade e na manobra feita? Por isso, estamos trabalhando e acreditando que disputando na comissão [do impeachment na Câmara] e, principalmente, no plenário, é que a gente consegue barrar esse golpe dissimulado", completou. A pesquisa Datafolha apontou que a avaliação do governo Dilma continua negativa, mas apresentou uma melhora, na comparação com o levantamento feito em março. Na última pesquisa, 63% dos entrevistados avaliaram o governo da petista como ruim ou péssimo; 24% como regular; e 13% como ótimo ou bom. No mês anterior, os índices eram: 69% ruim, 21% regular e 10% ótimo ou bom. Os levantamentos têm margem de erro de dois pontos percentuais. Segundo Wagner, a pesquisa Datafolha também mostrou que, apesar dos ataques à figura da presidente, do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do PT, "o grande perdedor é o PSDB que viu os seus dois candidatos [Aécio Neves e Geraldo Alckmin] minguarem". Nas intenções de voto para as eleições presidenciais de 2018, o ex-presidente Lula lidera a corrida com 21% e 22% das intenções ao lado de Marina Silva (Rede), com 16% e 23% das intenções. Em todos os cenários apresentados pela pesquisa, os candidatos tucanos registraram quedas nas intenções de voto. Na comparação com a pesquisa feita em dezembro de 2015, Aécio Neves (PSDB) caiu 10 pontos percentuais, passando de 27% para 17%. Geraldo Alckmin (PSDB) caiu cinco pontos no mesmo período, passando de 14% para 9%; e José Serra (PSDB) registrou queda de 4 pontos (de 15% para 11%). "Eles [candidatos tucanos] não conseguiram acumular [votos] até porque eles se aproximaram de teses extremamente conservadoras e até raivosas que estão sendo praticadas nas ruas nessa destilação de ódio que aconteceu. Eu creio que eles devem ter percebido que esse caminho não é o melhor", afirmou Wagner. Governo está confiante Jaques Wagner ressaltou ainda que o governo está trabalhando junto aos parlamentares da Comissão Especial da Câmara que analisa o pedido de impeachment da presidente, que vota ainda hoje o relatório do deputado Jovair Arantes (PTB-GO), favorável ao impedimento. Na comissão, o relatório será aprovado por maioria simples dos presentes na votação. Para que o processo de impeachment seja aprovado no plenário da Câmara dos Deputados e posteriormente encaminhado ao Senado são necessários os votos de, no mínimo, 342 dos 513 deputados. "Ainda estamos disputando três, quatro votos. Por enquanto, os pró [impeachment] ainda têm um número maior na simulação", disse o ministro. "Mas, de qualquer forma, o que é importante registrar é que é impossível que eles cheguem aos dois terços que eles deveriam ter semelhante ao que eles precisam no plenário. É óbvio que na comissão não é isso, mas ela é uma prévia daquilo que a gente vai ter no plenário. Então, eles estão trabalhando com a figura de 33, 34, 35 votos, nós de 29 a 32 votos, porque ainda tem alguns votos em disputa até o horário da votação", completou. Jaques Wagner afirmou que o governo fez um trabalho grande quando começou a escolha dos membros da comissão. "Todo mundo considerava que ia ter um volume maior a vitória deles. Eu acho que a gente chegou a encostar. Durante o dia de hoje, ainda vamos disputar [votos]. Mesmo que eles ganhem, a vitória deles é do time do que precisa fazer sete gols e faz dois. Pode até comemorar a vitória, mas sabe que não levou porque não corresponde ao que eles precisam no plenário", disse. A votação no plenário, prevista para começar no dia 17, será nominal e aberta. Quando o processo começar, os deputados serão chamados a votar de acordo com a região ou o estado a que pertencem. Se a votação não alcançar os 342 votos, o processo será automaticamente arquivado. Caso contrário, o impeachment segue para o Senado. Para barrar o seguimento do processo, o governo precisa ter pelo menos 172 votos, o que impediria a oposição de conseguir os 342. "Estamos trabalhando nas duas frentes: comissão e plenário. Todo o tempo a gente trabalhou na comissão. É evidente que se a gente puder empatar ou vencer na comissão seria uma vitória política importante. Esta é uma primeira etapa que não significa o final dessa disputa. No plenário, a gente está trabalhando [ter] entre 208 e 212 votos", acrescentou Jaques Wagner. Mais sobre impeachment Mais sobre crise na base
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