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Lobista muda depoimento e favorece José Dirceu

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27/1/2016 10:16

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[caption id="attachment_208413" align="alignleft" width="286" caption="O ex-ministro José Dirceu está preso"][/caption] O lobista Fernando Moura não ofereceu o prometido ao Ministério Público Federal, na última sexta-feira (22): revelações sobre as ações do ex-ministro José Dirceu para aparelhar a diretoria de Serviços da Petrobras e irrigar o caixa dois de seu partido, o PT. Frente ao juiz Sergio Moro, Moura isentou Dirceu e empresários beneficiados pela indicação de Renato Duque para o cargo na Petrobras. No depoimento, Fernando Moura gaguejou, riu e pareceu espantado quando confrontado com suas as próprias declarações anteriores. Em 28 de agosto, Moura disse que foi de Dirceu o conselho para que se mantivesse fora do Brasil durante o mensalão. "Depois que assinei [o termo do depoimento] que fui ver [o que estava escrito], diz que o Zé Dirceu me orientou a isso. Não foi esse o caso", recuou. No esboço da delação, Moura havia escrito: "Depois da divulgação de reportagens que envolviam o meu nome ao escândalo do mensalão, recebi a 'dica' de José Dirceu para sair do país e, no começo de 2005, fui para Paris, onde fiquei de março a junho, ficando até o Natal em Miami". Moura, amigo de Dirceu há 30 anos, participou de todas as campanhas do petista. Em 2002, organizava jantares para a candidatura do ex-ministro a deputado. Ajuda Anunciado como chefe da Casa Civil, Dirceu disse que não nomearia um "amigo para não confundir as coisas", mas orientou Moura a arranjar uma empresa e que ele, Dirceu, "ajudaria em nível de governo". O alvo da benesse seria a Etesco, prestadora de serviços de engenharia da Petrobras. Moura disse que foi procurado por Licínio Machado, um dos donos da empresa, que queria em troca indicação de Duque para a diretoria de Serviços. O lobista Fernando Moura acrescentou que levou a demanda para o PT, em 2002. No ano seguinte, Duque foi nomeado, como cota do PT na Petrobras. De acordo com sua primeira versão, Moura passou a receber, como retribuição, uma mesada de US$ 30 mil da Etesco, a cada três meses. Já no depoimento desta sexta, o lobista diz que não sabe se Dirceu teve a "última palavra" sobre a nomeação de Duque. Diferente do que disse no ano passado, quando informou que ao conseguir a indicação de Duque para a diretoria de Serviços a Etesco conquistou contratos milionários na Petrobras. Depois de ler trecho do primeiro depoimento, Moro perguntou se a Etesco havia lucrado com Duque na estatal. "Falei isso?", perguntou o delator, para em seguida comentar, rindo: "Assinei isso? Devem ter preenchido um pouquinho mais do que eu falei. Mas se falei, eu concordo". O juiz o repreendeu: "Não, não é assim que funciona". O novo depoimento de Fernando Moura não descaracteriza a denúncia, já que Milton Pascowitch, outro delator, associou o ex-ministro ao pagamento de propina de fornecedores da diretoria de Serviços. Pascowitch também provou que bancou reformas em imóveis de Dirceu e fez depósitos na conta da consultoria do ex-ministro, a empresa JD. "Ele [Fernando Moura] vai ser intimado para explicar as contradições imensas. Se mentiu, o acordo de colaboração dele pode ser anulado", disse o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, um dos coordenadores da Operação Lava Jato. Moura pode agora os benefícios combinados na delação, entre eles o de só ficar três meses em regime fechado. O lobista está em prisão domiciliar. O outro lado De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, o advogado de Fernando Moura, Pedro Iokoi, não quis comentar as mudanças de versão de seu cliente nem a abertura de um procedimento para apurar se o acordo de delação premiada foi violado. O criminalista Roberto Podval, que defende José Dirceu, pediu acesso a vídeos dos depoimentos prestados por Fernando Moura à força-tarefa da Lava Jato na fase de investigação, ainda segundo o jornal. "Fernando Moura afirmou literalmente que não revelou em momento nenhum que o Zé Dirceu deu a dica para que fugisse do Brasil. Por isso pedimos para ter acesso às gravações dos depoimentos porque é preciso checar como tudo se deu", afirmou. Dono da Etesco, Licínio Machado Filho disse à Folha que não conhecia Renato Duque em 2002 e, portanto, não poderia tê-lo indicado para ocupar a diretoria de Serviços da Petrobras. O empresário afirmou que um de seus irmãos era amigo de Fernando Moura, mas negou que ele ou sua empresa tenham realizado pagamentos ao lobista "a título de agradecimento". "Parece que ele agora está dizendo a verdade", disse Licínio, sobre a nova versão de Moura, que isenta sua empresa de ter sido favorecida pela indicação de Duque. Mais sobre a Lava Jato  
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