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Congresso em Foco
14/7/2005 2:12
Ricardo Ramos |
Como o Brasil não tem capacidade de quitar a dívida pública de uma só vez, a alternativa é pagar apenas os juros do montante principal. No acumulado de 12 meses até fevereiro, a despesa com juros somou R$ 131 bilhões, o equivalente a 7,29% do PIB. A título de comparação, esse gasto é três vezes maior do que a soma dos orçamentos dos ministérios da Saúde e da Educação de 2005. Juros crescem Segundo a meta estabelecida entre o Brasil e o FMI, o superávit para este ano deverá ser de 4,25% do PIB. No acumulado de 12 meses até fevereiro, o país surpreendeu no aperto fiscal. Economizou R$ 86,28 bilhões, ou 4,8% do PIB - o maior resultado da história. Mesmo assim, o esforço fiscal do governo Lula em aumentar os superávits primários tem sido insuficiente para pagar os serviços da dívida. A economia com o superávit primário tem sido menor do que o valor que o país efetivamente paga de juros da dívida pública, o que gera um déficit. Esse déficit, chamado de nominal, chegou em fevereiro deste ano a R$ 7,66 bilhões - o pior resultado para o mês desde o início da série histórica do indicador econômico, em 1991. Caloteiro? Desde 1824, o país já deixou de honrar sua dívida em sete ocasiões. O último calote brasileiro ocorreu no final do governo José Sarney, em fevereiro de 1987. Esse endividamento do país assusta os investidores, que duvidam da capacidade que o Brasil tem de pagar o que deve. A desconfiança dos credores da dívida brasileira fez com que a meta de superávit aumentasse de 3,75% do PIB no governo Fernando Henrique Cardoso, para 4,25%, no governo Lula. Enquanto os gastos sociais, que antes correspondiam a 2,59% do PIB, foram reduzidos agora para 2,45%. Essa decisão independe das negociações com o Fundo, pois os índices foram incorporados à Lei de Diretrizes Orçamentárias, que entra em vigor até 2006. |
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