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Congresso em Foco
14/7/2005 2:13
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Na página 13 do documento que tem 20 folhas, está descrito: "O Brasil deve assumir uma posição internacional ativa sobre as questões da dívida externa, articulando aliados no processo de auditoria e a renegociação da dívida externa pública, particularmente de países como o Brasil, o México e a Argentina, que respondem por grande parte da dívida externa mundial e, não por acaso, tem grande parte de sua população na pobreza". Na página seguinte, mais uma indicação: "A campanha internacional pelo cancelamento das dívidas externas dos países pobres deverá ter forte participação do Brasil e deve ser acompanhada pela perspectiva de auditoria e renegociação das dívidas públicas externas dos demais países do 'Terceiro Mundo'". Dois anos depois, o PT fez letra morta do programa de governo. Porta-voz do partido, o ex-ministro do Planejamento e atual presidente do BNDES, Guido Mantega, descartou a auditoria no ano passado, logo após a Ordem dos Advogados do Brasil ter ido ao Supremo Tribunal Federal cobrar sua realização, com a seguinte frase: "Não sei o que descobriríamos com ela". Fora da bancada Alinhada a uma ala à esquerda do partido, Dra. Clair trabalha praticamente sozinha na coleta de assinaturas para criação da CPMI, prevista na Constituição. Nenhum parlamentar do PT prestigiou o lançamento da Frente Parlamentar de Acompanhamento da Dívida, no final do ano passado. "Esse é um assunto que não está na pauta do governo, mas queremos colocá-lo", avisa a deputada. No próximo mês, ela pretende trazer um representante do Ministério da Economia da Argentina para discutir, num seminário, como se deu a reestruturação da dívida do país vizinho - realizada no início de 2005. A Argentina conseguiu reestruturar 76% de sua dívida externa, dado que foi considerado por muitos economistas um ótimo resultado. O Brasil, contudo, não deu apoiou ao país vizinho, nem sequer fez qualquer declaração oficial sobre o assunto. Oposição contra governo Um ano depois, o projeto de Dirceu foi rejeitado pela Comissão de Finanças e Tributação por unanimidade, por não haver na previsão orçamentária R$ 100 mil para a realização do referendo. Insatisfeito, José Dirceu recorreu da decisão para que o plenário da Câmara apreciasse a sua proposição. Contudo, o decreto foi arquivado por não ter sido apreciado na legislatura passada. Outras duas figuras de destaque do governo Lula também resolveram deixar de lado a bandeira pela auditoria. O hoje líder do Governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), e o ministro do Trabalho, Ricardo Berzoini, apresentaram na Câmara, entre os anos de 1999 e 2001, requerimentos a fim de investigar a dívida pública brasileira, que, à época, passava por um forte ataque especulativo. Ambos os pedidos também tiveram como destino o arquivo. |
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