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Congresso em Foco
6/2/2008 | Atualizado às 16:04
O líder do DEM na Câmara, deputado Onyx Lorenzoni (RS), não garantiu que a oposição conseguirá as 171 assinaturas necessárias para abrir uma CPI na Câmara para investigar as denúncias de abuso na utilização dos cartões de crédito corporativos. Contudo, ele destacou que no Senado a comissão parlamentar será instalada.
“Ainda ontem, e hoje, conversei com o senador Demóstenes Torres [DEM-GO], e nós estaremos, tanto na Câmara, quanto no Senado, coletando as assinaturas”, disse. “Na eventualidade de não conseguirmos as 171 assinaturas na Câmara – porque é uma possibilidade – nós garantimos a abertura da CPI no Senado”.
O parlamentar gaúcho também afirmou que o seu partido se unirá ao PSDB e ao PPS para coletar as assinaturas da CPI dos Cartões na Câmara.
Questionado se uma CPI no início do ano não atrapalharia o clima entre o governo e a oposição, Onyx afirmou: “O clima se complicou por conta do próprio governo. O presidente Lula deu a sua palavra, no final de dezembro, quando tramitava a DRU no Senado, de que não aumentaria a carga tributária. E o primeiro ato do governo neste ano foi modificar o IOF [Imposto sobre Operações Financeiras]”.
O líder do PSDB na Câmara, Antônio Carlos Pannunzio (SP), também promete trabalhar para que a CPI dos Cartões seja instalada. “A bancada vai levar adiante a CPI dos cartões corporativos. Até porque um dos papéis que competem ao Congresso Nacional, basicamente nas oposições, é o de fiscalizar os gastos do Executivo”, declarou.
“Quando comprovado que o Executivo vem gastando absurdos, montanhas de recursos com os cartões, ano após ano e em quantidades crescentes, e com um descontrole total sobre os tipos de gastos, é absolutamente necessário que se faça uma CPI”, argumentou.
O tucano destacou que a criação da CPI dos Cartões “não é uma questão a ser medida como um embate entre situação e oposição”.
Decreto “tímido”
Pannunzio classificou de “tímido” o decreto publicado hoje pelo governo, que limita os saques com cartões corporativos. De acordo com o documento oficial, os saques em dinheiro com os cartões ficarão restritos a 30% do valor total do chamado suprimento de fundos, previsto para cada ministério ou autarquia federal. (leia mais)
“O decreto é muito tímido, até porque parte de uma premissa que não se verifica. Os gastos que eles classificam como segurança do presidente da República... Isso não está em trecho nenhum da Constituição”, disse. (Fábio Góis e Rodolfo Torres)
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