Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
Congresso em Foco
29/8/2014 | Atualizado 30/8/2014 às 2:19
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, atribuiu o fraco desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre -- com queda de 0,6% em relação ao período anterior -- à baixa demanda no comércio internacional e também a problemas conjunturais internos, como os efeitos da estiagem, que levou ao aumento do custo da energia elétrica, e ao menor número de dias úteis em junho, devido aos dias de jogos da Copa do Mundo.
Na avaliação de Mantega, mesmo com o fato de ter ocorrido dois trimestres seguidos de queda no PIB -- que já havia caído 0,2% no trimestre anterior -- seriam necessários mais resultados negativos para se ter certeza de que o país entrou em recessão. Ele assinalou que os primeiros indicativos da produção industrial para o terceiro trimestre já mostram recuperação do crescimento econômico. Ele ainda enfatizou que a inflação também já deu sinais de acomodação, e a massa salarial permanece em alta.
"Na minha opinião, não dá para falar em recessão. Recessão é uma parada prolongada, como ocorreu com os países europeus e ocorre quando há desemprego", avaliou. Ele disse que, no primeiro semestre, o Brasil conseguiu criar 500 mil novas vagas de trabalho.
Para o ministro, o mercado consumidor interno também deve reagir com a liberação de depósitos compulsórios e outras medidas anunciadas na semana passada pelo Banco Central, com a entrada de mais recursos para financiamento de bens duráveis. "Temos um mercado consumidor crescendo e a inadimplência caindo, com possibilidade de aumentar a demanda", avaliou.
Como o resultado do PIB ficou aquém do esperado, Mantega disse que, muito provavelmente, o governo vai ter que rever a meta de crescimento de 1,8% prevista para este ano, mas ele manifestou expectativa de que a revisão do resultado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) não confirme a queda.
O ministro disse que a produção do superávit primário foi afetada com o cenário internacional desfavorável, mas ele mostrou confiança sobre a melhoria no resultado de julho divulgado hoje pelo Tesouro Nacional, que registrou o pior desempenho da série histórica, iniciada em 1997. De acordo com Mantega, os dados indicados pelo BNDES mostram aumento das vendas de máquinas e equipamentos no segundo trimestre e que isso deve repercutir no médio prazo. "Nós temos um dos maiores superávits do mundo e há condições de fazermos um maior ainda".
Mais sobre economia brasileira Assine a Revista Congresso em Foco
Temas
LEIA MAIS
ATRITO ENTRE PODERES
Congresso pode ter usurpado Constituição ao derrubar decreto do IOF?
ENTREVISTA EXCLUSIVA
Socióloga que investigou 2013 vê possibilidade de direita voltar à rua
CÂMARA DOS DEPUTADOS
Erika Hilton publica notas fiscais de cirurgia nasal; veja íntegra