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Congresso em Foco
14/4/2014 | Atualizado às 20:06
[fotografo]Lúcio Bernardo Jr./Ag. Câmara[/fotografo][/caption]Sob pressão desde que foram reveladas suas ligações com um doleiro preso na Operação Lava-Jato, da Polícia Federal, o deputado André Vargas (PT-PR) confirmou que vai renunciar ao mandato nesta terça-feira (15). Em entrevista à Folha de S. Paulo, Vargas disse que não tem saída e que tomou a decisão, não por apelo do partido, mas para preservar sua família. "Vão continuar me sangrando até quando?", disse ele à repórter Natuza Nery.
O deputado responde a processo por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética e também é alvo de pedido de investigação no Supremo Tribunal Federal (STF). O caso é relatado pelo deputado Júlio Delgado (PSB-MG), que irá nesta terça à Polícia Federal requisitar acesso a dados da investigação sobre lavagem de dinheiro. André Vargas alega inocência e que jamais atuou para favorecer o doleiro: "Nunca pedi nenhum favor nem advoguei".
Na semana passada, o líder do PT na Câmara, Vicentinho (PT-SP), chegou a ler uma carta em que o colega, que havia se licenciado do mandato por 60 dias, renunciava à primeira vice-presidência da Casa. Como o documento não chegou à Secretaria-Geral da Mesa, Vargas continua ocupando o segundo posto mais importante da Câmara.
Alberto Youssef
Representação do PSDB, DEM e PPS pede a investigação de denúncias de ligação entre Vargas e o doleiro Alberto Youssef, que foi preso em operação da Polícia Federal contra a lavagem de dinheiro. No último fim de semana, a revista IstoÉ estampou em sua capa reportagem que acusa o petista se montar uma "lavanderia" para justificar dinheiro de origem duvidosa em sua campanha eleitoral de 2010.
De acordo com reportagem da revista Veja, o deputado petista e o doleiro trabalhavam para enriquecer juntos e conquistar a "independência financeira" a partir de contratos fraudulentos com o governo federal.
A revista divulgou mensagens de celular interceptadas pela PF que sugerem que Vargas passava informações do governo a Youssef e exercia seu poder para cobrar compromissos de interesse do doleiro.
Avião e pato
Antes disso, o jornal Folha de S. Paulo revelou que o parlamentar viajou, de férias, em avião pertencente a Youssef. André Vargas disse ser amigo do doleiro há 20 anos, mas alega que desconhecia suas atividades ilegais. Em nota, o petista paranaense avaliou que está sendo vítima de "massacre midiático".
Na semana passada, o ex-presidente Lula cobrou de André Vargas explicações convincentes sobre sua relação com o doleiro. Para ele, quem "paga o pato" pelas denúncias envolvendo o deputado, no final das contas, é o próprio PT. "Espero que ele consiga convencer a sociedade e provar que não tem nada além do avião. Torço por isso, porque no final quem paga o pato é o PT. Espero que não tenha nada além de uma viagem, o que já é um erro", declarou o ex-presidente em entrevista a blogueiros.
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