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Coveiro das virtudes

Congresso em Foco

30/8/2013 | Atualizado às 23:59

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O fato: um senador boliviano estava há 452 dias asilado na embaixada brasileira em La Paz. A Bolívia não concedia o salvo conduto para que ele saísse do país, e o Brasil não se esforçava para resolver a situação. Então, cansado de conviver com o confinamento do senador boliviano e inconformado com a falta de ação do governo (lembre que 452 dias equivalem a 15 meses), um diplomata foge com o senador. Sem dúvida, foi uma medida extrema e heterodoxa em termos de diplomacia. Um episódio que merece os devidos esclarecimentos e uma análise criteriosa e isenta de tudo e de todos que estão envolvidos nesse caso. Uma análise que deixe de lado a cumplicidade socialista e "bolivariana" que se instalou em nossa política externa. Nesses últimos 10 anos, sob comando dos governos do PT, a política externa do Brasil tem agido assim e tem sido muito eficiente em produzir vergonhas.  Vergonha de ver o então presidente Lula alimentar a pretensão de mediar a paz entre Israel e Palestina e ser solenemente ignorado pelos demais países do mundo. Vergonha em ver extraditados os cubanos que tentaram fugir de Cuba durante os Jogos Pan-Americanos. Vergonha em ouvir que eles "desistiram de desertar e pediram pra voltar a Cuba". Vergonha em ver o Brasil ter refinarias da Petrobras encampadas ou invadidas em outros países e saber que o país abriu mão delas. Justo por estes que combatiam as privatizações porque elas entregavam o patrimônio do país. Isso sem falar em perdoar dívidas que diversos países (muitos comandados por ditadores) tinham com o Brasil. Vergonha de saber que esconderam a informação de que Evo Morales humilhou o ministro da Defesa, Celso Amorim, ao revistar com cães farejadores uma aeronave da FAB procurando justamente por esse senador. E que, ainda assim, o Brasil saiu energicamente em sua defesa quando Evo Morales passou por constrangimentos semelhantes na Europa. Então, a presidente vem a público se manifestar pela primeira vez sobre o assunto. E o que ela faz? De forma agressiva e prepotente, protagoniza um bate-boca com o funcionário de escalão inferior. O motivo? Ele se atreveu a dizer que não tem "vocação para carcereiro" e que se sentia com se estivesse ao lado do "DOI-Codi". Foi o que bastou. Dilma precisa tirar proveito de qualquer oportunidade em que possa se apresentar como vítima da ditadura. Então ela diz: "Eu conheço o DOI-Codi. Eu estive no DOI-Codi. Sei o que é. E asseguro: é tão distante o DOI-Codi da embaixada brasileira lá em La Paz como é distante o céu do inferno. Literalmente isso". Ora. Nada pode ser pior que o inferno e nada pode ser melhor que o paraíso. Religioso ou não, qualquer pessoa sabe disso. E como ela não tem cuidado com suas metáforas, nem a "imprensa amiga" se atreve a criticá-la, ela fica livre pra dizer impunemente coisas como essa. Ninguém se atreve a questionar seus argumentos. Seria crer que nem mesmo o inferno é pior que foi DOI-Codi. O que coloca Dilma na posição de alguma espécie de Semideus por sobreviver ao inferno. Da mesma forma, passa a imagem absurda de que ficar 452 dias confinado em um cubículo na embaixada equivale a, de alguma forma, viver no paraíso.  É uma ofensa à inteligência dos brasileiros. Mais uma bravata temperada com a conhecida "doçura" da presidente. Por fim, a mentalidade soviética desse governo não descansa. O advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, se apressou em afirmar que: "Ele tinha asilo diplomático no âmbito da embaixada. No Brasil, é um novo processo. Asilo diplomático é um asilo provisório, inicial, não é um asilo político. O asilo político é territorial e ele ainda não tem". Uma sinalização das intenções de um governo que já convenceu pugilistas cubanos a desistirem de desertar. Alias, recentemente, o mesmo Adams já preparou o terreno para repatriar qualquer médico cubano que peça asilo ao governo brasileiro. "Nesse caso me parece que não teriam direito a essa pretensão. Provavelmente seriam devolvidos". E tudo isso acontece no mesmo país que, em suprema arrogância, julgou que a Justiça italiana foi injusta, ignorou um tratado de extradição e concedeu refúgio a um terrorista, foragido da polícia, que assassinou quatro pessoas na Itália. E ainda o recebeu com festa. Dez anos de PT e mais uma marca positiva do Brasil sucumbe. A política externa brasileira, que já foi mundialmente respeitada, hoje se apresenta de forma diminuta e sem relevância. Veja também Para jornalista boliviano, com o episódio, cai o mito do Itamaraty Outros textos sobre política externa
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