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"Não havia amadorismo em golpe", diz relatora da CPI do 8 de Janeiro

Eliziane: "Esse pessoal envolveu também o uso efetivo de pelotões capturados pelo bolsonarismo, numa mistura de pessoas civis e militares"

Congresso em Foco

19/11/2024 | Atualizado às 13:33

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A relatora da CPMI dos Atos Golpistas, senadora Eliziane Gama, depois da aprovação de seu relatório. Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

A relatora da CPMI dos Atos Golpistas, senadora Eliziane Gama, depois da aprovação de seu relatório. Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

A relatora da CPMI dos Atos Golpistas, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), disse nesta terça-feira (19) que as revelações de que um grupo de militares tramava um golpe de Estado e planejava assassinar o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, mostram que o "8 de Janeiro" não acabou. Em vídeo divulgado nesta tarde, a senadora defendeu "vigilância diuturna" por parte das autoridades com grupos extremistas.

Para ela, a Operação Contragolpe, deflagrada de manhã pela Polícia Federal, põe por terra a tese do ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados que a depredação das sedes dos Três Poderes, no início do ano passado, não tinha intenção golpista. "O relatório da CPMI do 8 de janeiro, de nossa autoria, aprovado pelo Congresso Nacional fez um detalhamento sobre o modus operandi deste grupo que é alvo da Policia Federal nesta terça-feira, os chamados kids pretos. Esse grupamento usou estratégias de cooptação das forças de segurança altamente treinadas, o que mostra que não havia amadorismo, como alguns quiseram alegar depois", afirmou.

De acordo com a PF, um grupo composto por membros das Forças Especiais, uma unidade de elite do Exército, utilizou conhecimentos militares avançados para elaborar um plano detalhado, que incluía a criação de um "gabinete de crise" para gerenciar o país após o golpe. As investigações apontam que a motivação dos envolvidos estava ligada à insatisfação com o resultado das eleições de 2022, quando Lula derrotou Jair Bolsonaro. Segundo o planejamento do grupo, o golpe seria executado em 15 de dezembro de 2022.

"No próprio 8 de Janeiro, esse pessoal envolveu também o uso efetivo de pelotões capturados pelo bolsonarismo, numa mistura de pessoas civis e militares, ou seja, todos organizados antecipadamente para afrontar a lei e tentar minar nossa democracia. Além de tentar golpear as instituições, os kids pretos tiveram participação especial na destruição dos prédios e acervos públicos e mais: foram ao extremo e planejaram matar autoridades. Nesse sentido, pede-se todo o rigor da Lei sobre essa gente", afirmou Eliziane.

Foram presos na Operação Contratempo:

  • Hélio Ferreira Lima - militar com formação em Forças Especiais;
  • Mário Fernandes - ex-comandante de Operações Especiais, o general reformado que foi secretário executivo da Presidência da República no governo Bolsonaro e assessor do deputado federal Eduardo Pazuello (PL-RJ), ex-ministro da Saúde;
  • Rafael Martins de Oliveira - militar com formação em Forças Especiais;
  • Rodrigo Bezerra de Azevedo - militar com formação em Forças Especiais;
  • Wladimir Matos Soares - policial federal

Os "kids pretos" são reconhecidos por sua alta capacidade em operações especiais, como guerra não convencional, reconhecimento especial e contraterrorismo. O treinamento rigoroso, que inclui cursos de paraquedismo e ações de comando, prepara esses militares para atuar em missões sigilosas e de alto risco.

A associação de integrantes do grupo com planos golpistas não é novidade. A Operação Tempus Veritatis, realizada pela Polícia Federal em fevereiro deste ano, já havia apontado a existência de um plano para a execução de um golpe de Estado e a prisão de Alexandre de Moraes. As novas investigações aprofundaram as suspeitas e revelaram um plano mais abrangente, que incluía a morte de Lula, Alckmin e do próprio ministro do Supremo.

O general reformado Mário Fernandes, um dos presos, foi secretário executivo da Presidência da República no governo Bolsonaro e assessor do deputado Eduardo Pazuello. Essa ligação reforça as suspeitas de que o plano golpista tinha raízes no governo anterior. Ele foi para o governo depois de deixar o Comando de Operações Especiais, em Goiânia, e ir para a reserva. Mário chegou a ser ministro interino da Secretaria-Geral da Presidência. A Tempus Veritatis captou mensagens trocadas por ele com outros militares nas quais pedia uma reação contra a posse de Lula, o que o levou a ser um dos alvos da operação em fevereiro.

O posto na capital goiana, a mais próxima de Brasília, localizada a 200 km de distância, é considerado estratégico. O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, chegou a ser indicado para assumir o comando do Batalhão de Ações e Comandos de Goiânia. Sua nomeação foi barrada após a posse de Lula, quando ele passou a ser investigado por envolvimento em diversas irregularidades.

Quem são os kids pretos, grupo suspeito de planejar golpe e que pretendia matar Lula

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