Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Notícias >
  3. Relatório mapeia violência contra jornalistas nas eleições; veja os ...

Publicidade

Publicidade

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News

Relatório mapeia violência contra jornalistas nas eleições; veja os mais atacados

As jornalistas mulheres sofreram 50,8% dos ataques registrados, apesar de representarem apenas 45,9% dos profissionais monitorados.

Congresso em Foco

13/12/2024 | Atualizado às 16:48

A-A+
COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA

Foto: Reprodução/Abraji

Foto: Reprodução/Abraji
A Coalizão em Defesa do Jornalismo (CDJor) divulgou nesta sexta-feira (13) um relatório que retrata os ataques sofridos pela imprensa durante a cobertura das eleições municipais brasileiras de 2024. Elaborado em parceria com o Laboratório de Internet e Ciência de Dados (Labic) da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e o ITS Rio, o documento analisa as agressões contra jornalistas e meios de comunicação, tanto no ambiente digital quanto fora dele, no período de 15 de agosto a 27 de outubro. As análises destacam um padrão, especialmente relacionado a questões de gênero. Veja a íntegra do relatório As jornalistas mulheres sofreram 50,8% dos ataques registrados, apesar de representarem apenas 45,9% dos profissionais monitorados. No Instagram, esse percentual foi ainda mais alto, atingindo 68,3%, enquanto no X foi de 53%. O estudo aponta que as críticas profissionais muitas vezes foram acompanhadas por insultos misóginos e comentários sobre a aparência. Vera Magalhães, âncora do programa 'Roda Viva', da TV Cultura, e comentarista da CBN, foi alvo de 32,3% das agressões no Instagram. Jornalistas negros também enfrentaram ataques severos, como foi o caso de Pedro Borges, cofundador do portal Alma Preta Jornalismo, que foi vítima de racismo nas redes sociais após a entrevista do então candidato a prefeito de São Paulo, Pablo Marçal, no Roda Viva. Parte dos insultos direcionados a ele se referia ao seu cabelo black power.   Ataques online Foram documentados mais de 57 mil ataques digitais, com o X apresentando a maior incidência (35.876), seguido pelo Instagram (10.889) e TikTok (10.239). As agressões eram, em sua maioria, direcionadas a mulheres (50,8%) e utilizavam expressões como "lixo", "militante" e "fake news" para deslegitimar jornalistas e meios de comunicação. Ataques presenciais Foram registrados 11 incidentes de violência física ou verbal contra jornalistas, incluindo ameaças, agressões e intimidações. Em 63,6% dessas situações, os agressores eram agentes políticos ou representantes do Estado. Diz trecho do relatório: "Outro dado alarmante se refere aos agressores: 63,6% dos casos têm agentes estatais nesse papel, utilizando sua posição e influência para iniciar e intensificar ataques contra jornalistas, comunicadores e veículos de imprensa. Em uma democracia, onde a liberdade de imprensa é essencial para o funcionamento saudável das instituições, a violência praticada por funcionários públicos e atores políticos enfraquece essas bases. Em apenas 27,3% dos episódios fora das redes, os responsáveis por ataques físicos e verbais são figuras não estatais, enquanto em 9,1% os agressores não foram identificados." Estados Os estados mais perigosos para os jornalistas durante a campanha eleitoral foram, respectivamente: São Paulo, Amazonas, Rondônia, Paraná, Paraná, Santa Catarina, Maranhão, Piauí, Bahia e Paraíba. Diz trecho do relatório: "Entre as capitais com maior número de ataques no X, São Paulo liderou com 852 casos, seguida por Rio de Janeiro (54) e Fortaleza (13). No Instagram, Cuiabá despontou com 10.177 ocorrências, acompanhada por São Paulo (6.818), Porto Alegre (2.634), Fortaleza (1.451) e Porto Velho (292)9. Já no TikTok, São Paulo liderou com 7.763 casos, seguida por Rio de Janeiro (66), Cuiabá (17), Fortaleza (13) e Porto Alegre (7). Esses números refletem como as dinâmicas eleitorais locais influenciam diretamente o volume de ataques em cada capital". Processos e decisões judiciais O relatório registrou seis casos de processos e decisões judiciais utilizados para intimidação e limitação da atuação da imprensa, incluindo ordens de remoção de conteúdos (66,6%), suspensão de portais e perfis em redes sociais (16,6%), e outras formas de intimidação (16,6%). Em 83,3% dos casos, os responsáveis eram agentes estatais. Vítimas Entre os jornalistas mais visados, as mulheres sofrem ataques mais severos. Ricardo Noblat e Andréia Sadi foram os principais alvos no X, enquanto Vera Magalhães foi a mais atacada no Instagram, seguida por Clarissa Oliveira e Muriel Porfiro, ambas da CNN Brasil. Os veículos mais destacados como alvos foram O Globo, GloboNews e CNN Brasil. Vera Magalhães foi alvo de uma série de comentários que questionaram sua imparcialidade, acusando-a de ser uma "militante de esquerda". Mensagens depreciativas incluíram termos como "jornalista medíocre" e "vergonha do jornalismo", além de associar sua atuação à TV Globo de maneira pejorativa. Comentários misóginos foram recorrentes, muitas vezes acompanhados de ofensas à sua aparência e de termos diminutivos como "Verinha", utilizados para deslegitimar seu trabalho e reforçar estereótipos de gênero. No TikTok, os ataques concentraram-se nos jornalistas Josias de Souza, do UOL, Carlos Tramontina, do Flow News, e novamente em Clarissa Oliveira, da CNN Brasil. Entre as organizações jornalísticas, o UOL liderou como o mais mencionado negativamente, seguido pelo G1 e pelo Metrópoles, destacando um padrão de hostilidade direcionado aos maiores portais de notícias do país. Toxicidade A avaliação de toxicidade identificou o X como a plataforma com maior toxicidade, seguida pelo TikTok e Instagram. Recomendações O relatório propõe ações para o Estado, redes sociais, organizações jornalísticas e a Justiça eleitoral, com o objetivo de proteger os jornalistas e garantir a liberdade de imprensa. As recomendações incluem a criação de proteção legal para jornalistas, responsabilização de agressores, medidas para tornar as plataformas digitais mais seguras e prevenção da violência física e judicial contra profissionais de comunicação.
Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Tags

mídia imprensa jornalismo Ricardo Noblat liberdade de imprensa jornalistas abraji Vera Magalhães violência política eleições 2024

Temas

Mídia País Notícia

LEIA MAIS

Política

Izalci diz que Bolsonaro é alvo de perseguição política

STF

Dino propõe responsabilizar redes por crimes mesmo sem ordem judicial

JUSTIÇA

STF retoma julgamento sobre responsabilidade das redes nesta quarta

NOTÍCIAS MAIS LIDAS
1

Prisão à vista

PF descobre localização de Carla Zambelli na Itália

2

RETRATAÇÃO

Ex-ministro da Defesa pede perdão ao advogado após depoimento no STF

3

GUERRA NO ORIENTE MÉDIO

Prefeito de BH mostra bunker e relata tensão em Israel: "Só em filme"

4

SERVIÇO PÚBLICO

Câmara acelera debate da reforma administrativa antes do recesso

5

DEPUTADA FORAGIDA

Oposição italiana acusa governo de Giorgia Meloni de proteger Zambelli

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES