 
 
Foto: Wusefe (via Pixabay)
Na última quinta-feira (9), enquanto o foco das notícias estava na tragédia ambiental das 
enchentes do Rio Grande do Sul, o Congresso Nacional tomou uma decisão controversa também na área do meio ambiente: derrubou oito dispositivos do 
veto parcial nº 47/2023, aplicado pelo presidente Lula (PT) ao chamado PL do Veneno, entregando ao Ministério da Agricultura a atribuição de formalizar os registros de agrotóxicos.
 	- A centralização dos registros no Ministério da Agricultura é uma demanda da bancada ruralista do Congresso. Na prática, é uma flexibilização: os agrotóxicos deixam de passar por avaliações da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), que estabeleceriam se o produto representa algum risco à saúde e ao meio ambiente.
- A bancada do agro defende que isso vai no caminho da desburocratização, tornando os registros mais rápidos. Já o governo, na justificativa para o veto, argumenta que a centralização coloca em risco "os direitos à vida, à saúde, ao meio ambiente ecologicamente equilibrado" e que o Ministério da Agricultura não tem o quadro técnico necessário para avaliar questões de saúde e impacto ambiental.
O 
veto de Lula foi derrubado por 
67 votos a 4, no Senado, e por 
344 votos a 99, na Câmara. Veja abaixo como votou cada parlamentar (ou clique nos links adiante para ver a votação 
de cada deputado e 
de cada senador).