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Destaque nas revistas: O desafio da Dilma de Aécio

Congresso em Foco

21/8/2010 8:45

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Época

O desafio da Dilma de Aécio

O tucano Aécio Neves é um dos poucos políticos do Brasil com níveis de popularidade comparáveis aos do presidente Lula. Na última pesquisa Vox Populi feita antes de deixar o governo de Minas Gerais, no fim de março, sua administração foi considerada ótima ou boa por 76% dos eleitores. Assim como Lula, Aécio estava impedido de tentar uma nova reeleição. Assim como Lula, Aécio lançou como candidato à própria sucessão um personagem com perfil técnico e nenhuma experiência prévia em disputas eleitorais. Ao contrário do que ocorreu com Lula, porém, o candidato de Aécio não cresceu significativamente nas pesquisas. Pelo menos até agora.

A Dilma Rousseff de Aécio Neves chama-se Antonio Augusto Anastasia. Tucano e especialista em gestão pública, teve passagens pelos ministérios da Justiça e do Trabalho antes de ser secretário do Planejamento no primeiro governo Aécio. Ganhou notoriedade como o coordenador do famoso Choque de Gestão mineiro. Em 2006, foi eleito vice-governador na garupa de Aécio. A pouco mais de um mês da eleição, seus índices nas pesquisas ainda o colocam bem atrás de seu oponente, o ex-ministro Hélio Costa, do PMDB. De acordo com o último Datafolha, Anastasia está 26 pontos atrás de Costa.

Pouca gente duvida que Anastasia crescerá nas próximas semanas. A dúvida é se conseguirá subir num ritmo suficiente para vencer. Como todos os outros candidatos de Minas são nanicos, é bem provável que a disputa termine no primeiro turno, mesmo com uma diferença pequena de votos entre os dois primeiros. O tempo disponível para a virada, portanto, é bastante apertado.

O contra-ataque de Arruda

Na terça-feira passada, o ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda resolveu se arriscar num teste de popularidade no centro de Brasília. Arruda andava recluso desde que saiu da cadeia, em abril, depois de passar dois meses na prisão e perder o mandato em decorrência da divulgação de um vídeo em que aparecia recebendo dinheiro de uma suposta propina. Nas ruas da capital, ele até se saiu bem. Não foi hostilizado e recebeu cumprimentos de alguns populares. Animado com a receptividade, Arruda conversou com ÉPOCA. Disse ter prestado um depoimento a procuradores da República com revelações sobre o Ministério Público do Distrito Federal e o ex-governador Joaquim Roriz (PSC) - líder, segundo as pesquisas, na atual corrida pelo governo do Distrito Federal.

ÉPOCA teve acesso ao depoimento de Arruda. No dia 2 de julho, ele contou aos investigadores uma história bombástica. Segundo Arruda, o ex-governador Joaquim Roriz teria pagado propina para não ser denunciado à Justiça. Em 2007, Roriz foi flagrado em conversas telefônicas em que acertava o recebimento de dinheiro suspeito. As conversas foram grampeadas com autorização judicial em meio à Operação Aquarela, em que a Polícia Civil de Brasília investigou denúncias de fraudes em operações do Banco de Brasília (BrB). Em seguida à divulgação do grampo Roriz renunciou ao mandato de senador. Apesar de todas as evidências, o Ministério Público do Distrito Federal só ajuizou uma ação por improbidade administrativa contra Roriz em abril deste ano, três anos depois da renúncia.Uma possível razão para essa demora pode estar no depoimento de Arruda. Segundo Arruda, em julho do ano passado a promotora de Justiça Deborah Guerner lhe relatou ter recebido de Roriz três parcelas no valor de R$ 800 mil cada uma como pagamento para o Ministério Público não ajuizar ação contra o ex-governador. Roriz nega: "Isso não é verdade. Não paguei propina e sequer fui formalmente investigado".

Arruda foi afilhado político de Roriz. Hoje, eles são desafetos. Arruda desconfia de que Roriz está por trás das denúncias que o tiraram do poder e o levaram para a cadeia. Arruda poderia ter inventado essa história apenas para prejudicar Roriz? Sim. Mas outros documentos reforçam sua versão. Um deles foi um depoimento prestado ao Ministério Público Federal por Durval Barbosa - operador de esquemas de corrupção nos governos Roriz e Arruda e delator do escândalo desencadeado pela divulgação dos vídeos em que os políticos de Brasília recebem dinheiro supostamente ilegal. No depoimento, Durval afirmou que foi procurado por Deborah Guerner e por seu marido, Jorge Guerner, para ajudá-los a receber R$ 800 mil de Joaquim Roriz. Seria mais uma parcela de um total de R$ 4 milhões que teria sido acertado para que Roriz não fosse processado por causa da Operação Aquarela.

Por um Senado companheiro

No final do mandato, a maioria dos presidentes da República se dedica a polir a imagem que deixará para a história do Brasil. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva é uma exceção. Nem parece que Lula estará fora do poder em pouco mais de quatro meses. Lula parece mais preocupado com a política a partir de 2011. Ele tem se dedicado a aplainar o terreno para um eventual governo petista. Uma de suas preocupações tem sido a futura composição do Senado. Depois de oito anos sem maioria na casa, Lula quer aproveitar o fato de que neste ano cada Estado elegerá dois senadores para construir um Senado no qual Dilma, se eleita, tenha facilidade para aprovar o que quiser.

Na equação política postulada recentemente por Lula, "um senador vale por três governadores". O plano presidencial inclui eleger 18 senadores no Nordeste, região onde Lula tem seus maiores índices de popularidade. Outra prioridade é impedir que alguns senadores oposicionistas (leia o quadro abaixo), apontados como criadores de problemas, se reelejam. Para isso, Lula fez o PT desistir de algumas candidaturas ao governo de Estados para ter candidatos ao Senado. "Precisamos eleger uma bancada de senadores para que Dilma possa fazer um governo sem crises", diz o deputado João Paulo Cunha (PT-SP), ex-presidente da Câmara.

O ministro da Coordenação Política, Alexandre Padilha, trabalhou no assunto nos últimos meses. No Piauí, Padilha ajudou o PT a convencer o ex-governador Wellington Dias a entrar na disputa pelo Senado. Ao deixar o governo após dois mandatos, Dias pretendia encarar uma disputa mais fácil, por uma vaga de deputado federal. Mudou de planos para atender ao desejo de Lula de derrotar Heráclito Fortes (DEM), um dos oposicionistas mais atuantes. O governo também colocou o deputado Ciro Nogueira (PP) no caminho de Fortes. Outro alvo é o tucano Arthur Virgílio, do Amazonas. O governo investe nas candidaturas do ex-governador Eduardo Braga e da deputada Vanessa Grazziotin (PCdoB) para impedir a volta de Virgílio ao Senado. Um dos poucos alvos de Lula em situação confortável é Tasso Jereissati (PSDB), que lidera as pesquisas com 63% das intenções de voto no Ceará.

O lero-lero eleitoral

Quais são as propostas concretas de Dilma Rousseff para a saúde? E as ideias de José Serra para a agricultura? O que diz Marina Silva sobre a indústria? Se você não sabe responder a nenhuma das questões, não se culpe. O problema talvez não seja você - mas eles.

É legítimo que os candidatos não queiram se comprometer demais antes de assumir o cargo, mas os eleitores estão ficando perdidos com tanto lero-lero. Cansados disso, resolvemos fazer uma experiência. Comparamos trechos selecionados dos discursos dos candidatos com o conteú­do gerado por uma ferramenta on-line que produz textos ao acaso.

Trata-se do Fabuloso Gerador de Lero-Lero, do portal IG. Ele monta textos prolixos, que parecem fazer sentido, a partir da combinação aleatória de palavras. Para o cientista político David Fleischer, faz sentido. "Todo mundo está fazendo um ensaio, dando declarações mais genéricas, não muito polêmicas", diz. "Mas a proximidade das eleições deve levar os candidatos a um discurso mais objetivo."

Uma solução para o lixo

O descarte de lixo do Rio de Janeiro vai deixar de ser um problema. Mais que isso. Vai se transformar em um bom negócio para o meio ambiente e para a economia. Todo dia, 9.000 toneladas de material das residências e das empresas vão parar num lixão perto da Baía de Guanabara, o cartão-postal da cidade. A partir de dezembro, os dejetos deverão estar de casa nova: uma instalação que, além de mais segura e menos poluidora, pode transformar o lixo em energia elétrica, adubo e, no futuro, até combustível para carros. "É o centro de tratamento mais moderno da América Latina", afirma Artur Oliveira, diretor da Ciclus, contratada pela prefeitura para implantar o projeto. O salto de inovação está em uma camada impermeabilizante tripla, que consegue detectar qualquer movimento do aterro. Isso é bom porque permite prevenir deslizamentos ou vazamentos que afetem o lençol freático.

A novidade no Rio de Janeiro é um bom caminho para o resto do país. O Brasil gera todos os dias mais de 182.000 toneladas de lixo. E 17% disso ainda é jogado em lixões a céu aberto, com direito a urubus e roedores. A nova central terá ainda um papel importante para o clima do planeta. A gestão adequada do lixo reduz a liberação na atmosfera de gases que contribuem para o aquecimento global. "É como se estivéssemos parando, por ano, uma frota de 1,4 milhão de carros", diz Carlos Osório, secretário de Serviços Públicos do Rio de Janeiro.

Istoé

Vale tudo

Eles estão em busca de novos palcos. Alguns já encerraram suas carreiras. Outros constatam, tristemente, que jamais serão populares como nos áureos tempos. Também há aqueles que mal chegaram a disputar um posto de celebridade e se depararam com sinais inequívocos de que o caminho para o estrelato foi tão curto quanto será efêmero. Em todo ano eleitoral a história se repete: um batalhão de ex-famosos e de quase famosos surge nos horários políticos batalhando pelo voto do eleitor brasileiro. É inerente à democracia que qualquer cidadão tem direito de postular um cargo eletivo, mas a profusão de inusitadas candidaturas acaba passando a ideia de absoluta falta de critérios. "É do jogo", ensina o cientista político Gaudêncio Torquato: "As candidaturas são legítimas, mesmo que acabem funcionando como anzóis para os interesses partidários."

O cardápio de opções deste ano parece mais amplo. Para eventuais saudosos do boneco Fofão, tem a ex-"Balão Mágico" Simony (PP), candidata a deputada estadual por São Paulo. Aos que não abrem mão da tradição, Sérgio Reis (PR) pode ser opção para a Câmara Federal. Myrian Rios (PDT) avisa aos navegantes que já não responde como atriz e quer distância daquela imagem estampada em revistas masculinas. Ela é missionária e concorre a deputada estadual. A categoria "Mulher Fruta", a novidade deste pleito, é representada pelas funkeiras Suelem Mendes Silva (PTN), a Mulher Pêra, e Cristina Batista (PHS), a Mulher Melão, ambas candidatas a deputada federal. Entre um sem-número de esportistas surge o ex-boxeador Maguila, que espera receber "votos de gratidão". "Como não têm mais espaço na tevê, as ex-celebridades buscam na política uma nova forma de estar em contato com o público", nota Torquato.

As motivações declaradas para estrear na política são variadas. A Mulher Pêra, por exemplo, diz que sempre gostou de "ajudar os outros" e que, por isso, decidiu investir na política. "Durante meus shows a gente perguntava se as pessoas tinham candidato e elas nunca sabiam em quem iam votar. Então o presidente do partido me convidou e eu topei", explica. A Mulher Pêra acredita que seu papel será o de "fazer leis para o governo". O costureiro Ronaldo Ésper (PTC), que concorre a vaga para deputado federal e promete "agulhar os políticos em Brasília", não quer ser considerado "uma figura folclórica". "Tenho projetos consistentes. Não quero que pensem que sou oportunista nem que me comparem a personagens, como um Tiririca", avisa. Mas nem Tiririca quer ser comparado a Tiririca. O humorista já avisou que, no Congresso, será conhecido apenas como "Everardo", seu verdadeiro nome. "Vou ter o voto dos que gostam do meu trabalho e o voto de protesto também. As pessoas estão de saco cheio da política", acredita Tiririca, que não se despe do personagem para fazer campanha.

A lógica de Tiririca faz sentido, segundo os cientistas políticos. "A política é tão desacreditada e os partidos são tão iguais que as pessoas acabam votando por simpatia", diz Torquato. A fórmula só não é garantia de sucesso, como comprovam os resultados das eleições passadas. Em meio a um mar de celebridades, apenas o cantor Frank Aguiar, o estilista Clodovil Hernandez, falecido no ano passado, e o filho do apresentador do SBT, Ratinho Júnior, conseguiram uma vaga na Câmara dos Deputados.

A geração do bem-estar - Parte 1

O advogado José Guilherme Costa de Almeida, 55 anos, vai mudar de casa nos próximos dias. Com os ganhos em alta, ele decidiu trocar um confortável apartamento na Glória, no Rio de Janeiro, por um imóvel ainda mais espaçoso em Santa Tereza. O pequeno empresário Sane Leite, 37 anos, estava falido em 2003. Sem um tostão no bolso, conseguiu emprego na loja de carros de um amigo. Dois anos depois, comprou o negócio. Hoje, a revendedora em Sobradinho (DF) emprega 12 pessoas e o ajuda a sustentar cinco filhos de quatro casamentos. A estudante de medicina Sarah Xavier vai se formar no final do ano na Universidade Católica de Brasília. Ela é a primeira de sua família a concluir a faculdade - alcançou o improvável graças a uma bolsa do programa ProUni. A cozinheira Govinda Lilamrta, 25 anos, conseguiu em 2010 realizar um sonho antigo: começou a estudar inglês em uma escola particular de São Paulo. "E sou eu que banco o curso", diz. A gari Roberta Maria da Silva, 30, está orgulhosa. Depois de economizar o ano inteiro, adquiriu um celular para o filho de 15 anos e agora planeja comprar um perfume para a filha de 13.

Representantes de todas as classes sociais do País, os brasileiros listados acima vivem um momento singular: eles nunca foram tão felizes. Não são os únicos. Com a economia a todo vapor, o sentimento de bem-estar poucas vezes esteve tão presente na vida nacional (em inglês, essa sensação é chamada de "feel good factor") e a avalanche de indicadores positivos faz supor que o otimismo vai durar muito tempo.

Os eleitos de Dilma

A ordem no quartel-general da campanha de Dilma Rousseff é evitar o salto alto e o clima de já ganhou. Mas, diante da ampla vantagem que a ex-ministra da Casa Civil abriu nas pesquisas de opinião para presidente da República, petistas graduados já começam a esboçar o perfil do que poderá ser o "núcleo duro" do novo governo, a partir de janeiro de 2011. A prudência manda que não se mexa em time que está ganhando. Logo, importantes personagens do primeiro escalão da atual administração ou serão mantidos ou serão remanejados. Mas integrantes da linha de frente da campanha também figuram entre os mais cotados para fazer parte do novo Ministério. Nem todos, porém, devem se considerar donos de assento cativo num eventual terceiro mandato petista. "O tema ministério ainda é meio tabu, sabemos que será preciso abrir espaço para os políticos de partidos aliados, mas pastas tidas como fundamentais não podem ser negociadas", adverte um poderoso membro do staff de Dilma.

Apesar do sigilo, o primeiro time de Dilma Rousseff deverá ser formado por pessoas que não fazem parte do atual Ministério. É o caso do ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel, do ex-ministro da Fazenda Antônio Palocci, do secretário-executivo da Fazenda, Nelson Barbosa, e do presidente do BNDES, Luciano Coutinho. Candidato ao Senado por Minas, Pimentel é um dos nomes fortes para assumir a Casa Civil, pasta comandada por Dilma até abril deste ano. Um dos coordenadores da campanha do PT ao Planalto, o político mineiro é homem de confiança de Dilma, a quem conhece desde os tempos de luta contra a ditadura. E seria o encarregado de tocar os projetos mais importantes do próximo governo. Para Dilma, ele é um executivo de "mão cheia" e teria o perfil ideal para a função. "Seria capaz de dar um cheque em branco ao Pimentel", elogiou a candidata em recente reunião de campanha.

Outro homem forte da campanha, o ex-ministro Antônio Palocci já teve o nome especulado para a Casa Civil. Mas confidenciou, nas últimas semanas, o desejo de assumir a pasta da Saúde, considerada, segundo pesquisa do Ibope, a maior fonte de preocupação de 40% das famílias brasileiras. A indicação de Palocci, que é médico, tem o carimbo do presidente Lula. Em entrevista à ISTOÉ, o presidente não titubeou ao ser indagado sobre o papel do ex-ministro, em caso de vitória de Dilma. "Acho que no Brasil nós temos, se é que temos, raríssimas pessoas com a inteligência política do Palocci. Ele é muito jovem e certamente dará contribuições enormes a este país", disse. Lula vê em Palocci o maior responsável pelos fundamentos sólidos da economia brasileira.


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