Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
Congresso em Foco
4/8/2010 0:26
Fábio Góis
O Plenário do Senado aprovou nesta terça-feira (3) a Proposta de Emenda à Constituição 100/07, que autoriza a produção, a comercialização e a utilização de produtos radioisótopos (materiais empregados pela medicina nuclear para o desenvolvimento de pesquisas preventivas em cardiologia, neurologia etc). Com a aprovação da matéria, que segue para a análise da Câmara, a produção de materiais radiativos deixa de ser exclusividade do Estado, como determina a legislação em vigência.
A matéria foi protocolada com 34 adesões na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Caso a Câmara ratifique a aprovação e PEC seja promulgada pelo Congresso, ficam alterados dois itens da Constituição que versam o assunto: fica autorizada, sob regime de permissão, a produção e comercialização de radioisótopos por agentes privados, para fins medicinais.
Confira o texto inicial da PEC
Contudo, a PEC mantém a exploração de radioisótopos sob o controle da Comissão Nacional de Energia Nuclear, agência que detém o poder de autorizar concessões de produção, utilização e comercialização. No texto aprovado na CCJ e encaminhado ao plenário, o autor da matéria justifica que a PEC possibilita "viabilizar o estabelecimento de centros de medicina nuclear nas diversas regiões do país e proporcionar a toda a população brasileira uma inestimável ferramenta para diagnósticos e terapias".
Segundo o autor da PEC, "consequências nefastas" decorrem do fato de que apenas dois órgãos estatais - Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares e Instituto de Energia Nuclear - estão autorizados a produzir, com fins medicinais, produtos radioisótopos de "vida média" curta (componentes de alguns deles, como o flúor-18, é de apenas 110 minutos). As instituições que produzem o material estão concentradas no Rio de Janeiro e em São Paulo, de maneira a restringir o leque de hospitais atendidos.
"Uma parcela significa dos doentes deixa de ser atendida in locu [no local]. Os pacientes, por sua vez, são obrigados a se deslocar até os centros médicos que dispõem da tecnologia. Essa condição, além de sobrecarregar as poucas unidades de saúde que oferecem os serviços, comprometendo a qualidade e a oferta do atendimento, limita o acesso - sobretudo da parcela economicamente menos favorecida - aos benefícios proporcionados pela medicina moderna", pondera Alvaro Dias, em outro trecho da proposta.
O vice-presidente da República, José Alencar, recentemente utilizou produtos radioisótopos em seu tratamento contra um câncer. Em plenário, o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), companheiro de partido de Alencar (que é presidente de honra da legenda), lembrou o fato e lamentou que brasileiros de classes menos favorecidas não tenham a mesma chance.
Temas
Bebida Adulteradas
Governo emite alerta sobre metanol presente em bebidas adulteradas
EM RESPOSTA AO SUPREMO
Senado defende regras da Lei do Impeachment para ministros do STF
NA ESPLANADA DOS MINISTÉRIOS
Lula celebra 95 anos do MEC com caminhada e alfineta Bolsonaro
REAJUSTE SALARIAL
STF envia ao Congresso reajuste para servidores do Judiciário