Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
Congresso em Foco
17/2/2010 17:46
Fábio Góis
O senador Demóstenes Torres (DEM-DF) disse há pouco que pedirá, com o aval do presidente do partido, Rodrigo Maia (RJ), e do deputado Ronaldo Caiado (GO), a expulsão do governador em exercício do Distrito Federal, Paulo Octávio, dos quadros da legenda. Além disso, Demóstenes diz que o partido deve sugerir intervenção no diretório regional no DF e determinar que todos os filiados deixem seus cargos no GDF, bem como deixem a base de apoio ao governo.
Demóstenes disse que recebeu Paulo Octávio de maneira "cortês" em plena terça-feira de carnaval, mas que a visita, para a qual o governador interino foi em busca de um "pacto pela governabilidade", de nada adiantou. "Agradeci pela confiança de ser consultado, mas disse que minha decisão já estava tomada", declarou o senador. "Ele não tem condição de ficar dentro do DEM."
O senador goiano acredita que a intervenção no partido serviria para "regularizar a vida partidária no DF". Para ele, o partido sangra desnecessariamente desde que eclodiu o maior escândalo de corrupção da história do Distrito Federal, o pagamento de propina a aliados operado pelo governador afastado, José Roberto Arruda. O esquema foi descoberto pela Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal, que deu origem a processo judicial em tramitação no Supremo Tribunal de Justiça (STJ).
"Se nós não temos mais quadros idôneos para gerir o Distrito Federal, é melhor tomar essas providências o mais rapidamente possível", disse Demóstenes, para quem o partido tem condições de defender a bandeira da ética nas eleições de outubro, desde que resolva imediatamente a situação na capital federal. "Estamos há três meses com essa tormenta batendo à porta dos bons quadros do partido. Nesse momento, o partido tem que cuidar de seus princípios."
Resposta à crise
A postura de Demóstenes é mais uma resposta à crise que devastou a trajetória política do único governador do DEM, José Roberto Arruda, preso desde a última quinta-feira (11) na Superintendência de Polícia Federal, em Brasília. Em janeiro, o partido estava prestes a expulsar Arruda quando este, pressionado pela intensa repercussão do escândalo na opinião pública, antecipou-se e anunciou sua desfiliação. Já o pedido de intervenção, lembra o senador, já havia sido considerado por Caiado desde que o DEM do Distrito Federal divulgou manifesto em apoio a Arruda, com assinatura de Paulo Octávio.
Candidato à reeleição para o Senado no pleito deste ano, Demóstenes rebate as críticas de que estaria agindo em benefício próprio ao pregar a moralização no diretório da legenda no DF. "Eu tenho uma história aqui dentro [no Congresso], e essa história é linear, fala por mim."
A princípio, seria realizada a reunião protocolar de quinta-feira (18) com os membros da executiva nacional do DEM, como acontece semanalmente. Mas Demóstenes disse ser mais provável que tal reunião ocorra na próxima terça-feira (23), quando a maioria dos parlamentares estará em Brasília na volta do carnaval.
Leia ainda:
Tudo sobre a Operação Caixa de Pandora e o mensalão do Arruda
Editorial: Impeachment já para Arruda e Paulo Octávio!
O dia em que o "Fora Arruda" virou "Fica, Arruda"
Temas
LEIA MAIS
COMPRA DE VOTOS
Presidente da CBF, deputada e marido são alvos de operação da PF
OPERAÇÃO OVERCLEAN
Tentativa de Golpe
PRISÃO DOMICILIAR
PGR pede reforço policial na casa de Bolsonaro para evitar fuga
DESVIO DE APOSENTADORIAS
Após acordo, Duarte Jr. assume vice-presidência da CPMI do INSS