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Congresso em Foco
13/2/2010 14:27
Mário Coelho
O governador em exercício do Distrito Federal, Paulo Octávio (DEM), vai pedir o apoio do presidente Lula para governar a capital do país. Após cumprir agendas oficiais na manhã deste sábado (13), ele afirmou que tem um encontro pré-marcado com Lula para a próxima quarta-feira (17). "Quero dizer ao presidente Lula que nós vivemos em um sistema democrático. Eu estou assumindo o governo de Brasília em um momento difícil. Quero pedir o apoiamento dele. Quero pedir que ele nos ajude, que ajude Brasília e que ajude na celebração dos 50 anos da cidade", afirmou Paulo Octávio em entrevista coletiva.
Paulo Octávio assumiu o governo do DF na quinta-feira (11), após o titular do cargo, José Roberto Arruda (sem partido), pedir afastamento e ter sua prisão decretada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Ele já havia pedido audiência ontem a Lula. Porém, como o presidente retornava de viagem oficial, a agenda acabou transferida para a próxima semana. Também nesta sexta o governador em exercício encontrou-se com o presidente do Tribunal de Justiça do DF (TJDF), desembargador Nívio Gonçalves. A visita, de acordo com assessores, foi institucional.
Depois, em reunião com secretários, avisou que todos os cargos estão à disposição. Ontem, o titular da pasta da Cultura, Silvestre Gorgulho, enviou uma carta afirmando que sairá do GDF. Ele está no Rio de Janeiro para acompanhar o desfile da escola de samba Beija Flor, que traz em seu enredo homenagem aos 50 anos de Brasília. O GDF repassou cerca de R$ 3 milhões à agremiação para custear as despesas com montagem das fantasias e carros alegóricos.
"Pedi que todos os secretários coloquem o cargo à disposição porque é uma crise difícil e precisamos do apoio de todos os partidos. Quero conversar com todo mundo. Já conversei com quatro partidos que querem nos ajudar e temos uma reunião agendada com doze partidos, inclusive para discutir essa questão da intervenção", disse Paulo Octávio, de acordo com a Agência Brasil. Segundo sua assessoria, por enquanto o governador deve manter todos os secretários.
Alvo
Mal assumiu o governo, Paulo Octávio já tem que enfrentar quatro pedidos de impeachment protocolados na Câmara Legislativa. Entraram com documentos a Ordem dos Advogados do Brasil do DF (OAB-DF), a Central Única dos Trabalhadores do DF (CUT-DF), o PT e o PSB. "Não há sentido do pedido de impeachment, já que estou no primeiro dia de governo e não assinei nenhum ato. Ao que me consta, o afastamento seria por atos irregulares cometidos durante a gestão. Por isso, tenho certeza que a Câmara julgará o pedido de impeachment como improcedente", disse Paulo Octávio.
Além disso, o governador em exercício também terá que lidar com o fogo amigo. A Executiva nacional do DEM mandou todos seus filiados deixarem os cargos no Executivo. Ontem ele deixou o comando do partido no DF por conta da pressão dos caciques da legenda. Hoje, o secretário-geral do DEM-DF, Flávio Couri, disse que quem não sair do GDF até quinta-feira (18) sofrerá processo disciplinar. "Eu não temo as acusações porque não há vídeos em relação a mim. O que existem são citações, como existem citações a mais outras 63 pessoas. Tenho consciência de que agora sou o alvo porque estou no cargo de governador", disse.
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