Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
Congresso em Foco
12/2/2010 12:17
Edson Sardinha
O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou o pedido de habeas corpus assinado pelo advogado Nélio Machado e manteve a prisão do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido), informa a GloboNews.
Marco Aurélio não aceitou o argumento do advogado de que o governador teve o direito de defesa cerceado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), que decretou ontem (11) a prisão preventiva de Arruda. O governador está detido na Superintendência da Polícia Federal em Brasília e contava com uma decisão favorável do ministro para voltar à liberdade.
Aguarde mais informações sobre a decisão do ministro
Nélio classificou como "abusiva, irregular e irresponsável" a decisão do STJ. O pedido de prisão, relatado pelo ministro Fernando Gonçalves, foi aceito pelo plenário por 12 votos a 2. Para o relator, Arruda faz parte de um grupo de pessoas unidas para "dilapidar o patrimônio público". Segundo o ministro do STJ, não se está diante de um caso de "criminalidade comum".
De acordo com o advogado, a prisão preventiva se dá "sem que se tenha o esclarecimento cabal dos fatos em apuração, restringindo a liberdade do paciente, o qual, é bem de ver, jamais foi ouvido pela autoridade policial, ou por qualquer outra autoridade com atribuição legal para tanto, tudo a indicar a falta de razoabilidade para a draconiana medida, que jamais terá reparação, considerando-se a vida pública do paciente, cuja presunção de inocência está inteiramente posta de lado".
Segundo Nélio, são "insuperáveis" as consequências de "uma prisão injusta, açodada, desnecessária e contrastante com a jurisprudência da Casa". Além do governador, também tiveram prisão decretada outros quatro envolvidos: o ex-deputado Geraldo Naves; o ex-secretário de Comunicação Welligton Morais, o diretor de Operações da Centrais Elétricas de Brasília, Haroldo Brasil de Carvalho, e o sobrinho e secretário particular de Arruda, Rodrigo Arantes.
Eles são acusados de tentar subornar o jornalista Edmilson Edson dos Santos, o Sombra, testemunha do escândalo do mensalão, que envolve o governo, os partidos e os deputados da sua base de sustentação.
Depois do flagrante de suborno, o caso ganhou contornos ainda mais graves depois que se soube que Arruda tentara grampear deputados distritais de oposição, como noticiou o Congresso em Foco com exclusividade.
Temas
SEGURANÇA PÚBLICA
Derrite assume relatoria de projeto que trata facções como terroristas
TRANSPORTE AÉREO
Câmara aprova proibição da cobrança por malas de até 23 kg em voos