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Lula: Brasil mostrou que mercado não resolve tudo

Congresso em Foco

30/11/2009 7:50

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Edson Sardinha

Em seu programa semanal de rádio, o presidente Lula disse hoje (30) que o desempenho da economia brasileira durante a crise econômica mundial mostra a importância da intervenção do Estado e que o mercado não é capaz de resolver tudo sozinho.

"O Brasil tomou todas as medidas que tinha que tomar, para que a gente pudesse ser o último país a entrar na crise e ser o primeiro a sair dela, e ter um crescimento extraordinário, como estamos tendo nessa fase do ano. Nós provamos nessa crise que o papel do Estado é muito importante e que o mercado não resolvia tudo. Mas o Brasil precisa se manter tranquilo, porque 2010 será um ano muito importante para o nosso país. Afinal de contas, o nosso povo merece, porque já sofreu demais".

Lula está hoje em Portugal, onde participa esta semana da 19ª Cúpula Ibero-americana. O principal tema do encontro este ano é inovação e conhecimento. Ainda no Café com o Presidente, o petista disse que os países ricos terão de ajudar os demais a reduzir a emissão de gases do efeito estufa, de acordo com as metas a serem definidas em dezembro na Dinamarca.

Segundo o presidente, o Brasil saiu na frente ao assumir, em lei recentemente aprovada pelo Congresso, o compromisso de diminuir entre 36,1% e 38,9% a emissão desses gases.

"Isso obrigou que outros países, que estavam se recusando a apresentar números, começassem a apresentar. Os Estados Unidos apresentaram números, mais ou menos 18% até 2020, a China apresentou números de 40% a 45% até 2020", disse Lula. "Você pode ter diferenças e nuances diferentes entre os números que os países vão apresentar. Mas um passo importante é que já está claro que todos os países terão que assumir responsabilidade, porque o aquecimento global é da responsabilidade de todos os países do mundo", acrescentou.

De acordo com o presidente, os países ricos estão cientes da responsabilidade que terão para reduzir os impactos do aquecimento global. "Os países ricos, além de reduzir a emissão de gases de efeito estufa, eles vão ter que colocar dinheiro para ajudar países em desenvolvimento e países mais pobres possam também assumir metas, mas ao mesmo tempo têm que ter acesso a novas tecnologias e a financiamento, para que os países em desenvolvimento continuem crescendo. E é isso que vai ser discutido em Copenhague. Eu acho que todo mundo está com a preocupação de encontrar uma saída definitiva e assumir responsabilidade com a garantia da sobrevivência do planeta, porque isso significa cuidar do futuro."

Confira a íntegra do Café com o Presidente:

"Apresentador: Presidente o senhor está em Portugal e nós estamos no estúdio da EBC Serviços, em Brasília. Na sua agenda dessa semana, a questão climática volta a ter destaque. Inclusive, na semana passada, o senhor esteve reunido com os presidentes dos países amazônicos e da França, em torno deste mesmo tema. Saiu alguma definição do encontro, presidente?

Presidente: Olha Luciano, nós tivemos uma boa reunião em Manaus. Nós confirmamos a elaboração de um documento que é quase uma Carta de Princípios para os países que compõem a região da Amazônia. Essa Carta de Princípios vai, certamente, balizar o comportamento de todos os presidentes da América do Sul e, sobretudo, os que estão mais ligados à questão da Amazônia, na nossa participação em Copenhague, que envolveu a França, porque a França tem a Guiana Francesa na região amazônica. O que é extremamente importante Luciano, é que, depois que o Brasil tomou a decisão de apresentar números e de que nós estamos dispostos e assumimos o compromisso, mesmo que voluntário, mas já transformamos em lei, aprovada pelo Congresso Nacional, de que o Brasil pretende até 2020, reduzir as emissões de gases do efeito estufa entre 36,1% e 38,9%. Isso obrigou que outros países, que estavam se recusando a apresentar números, começassem a apresentar. Os Estados Unidos apresentaram números, mais ou menos 18% até 2020, a China apresentou números de 40% a 45% até 2020. Olha, você pode ter diferenças e nuances diferentes entre os números que os países vão apresentar. Mas um passo importante é que já está claro que todos os países terão que assumir responsabilidade, porque o aquecimento global é da responsabilidade de todos os países do mundo. Agora, em Copenhague, nós vamos discutir outras coisas. Por quê? Os países ricos, além de reduzir a emissão de gases de efeito estufa, eles vão ter que colocar dinheiro para ajudar países em desenvolvimento e países mais pobres possam também assumir metas, mas ao mesmo tempo têm que ter acesso a novas tecnologias e a financiamento, para que os países em desenvolvimento continuem crescendo. E é isso que vai ser discutido em Copenhague. Eu acho que todo mundo está com a preocupação de encontrar uma saída definitiva e assumir responsabilidade com a garantia da sobrevivência do planeta, porque isso significa cuidar do futuro.

Apresentador: Você está ouvindo o Café com o Presidente, o programa de rádio do presidente Lula. Presidente, o senhor começa a semana em Portugal. Vai participar da 19ª Cúpula Iberoamericana. Que temas serão abordados no encontro?

Presidente: Olha, o tema principal do encontro da Iberoamericana - e é importante que o povo brasileiro saiba que a Iberoamericana é uma reunião que junta todos os países latinoamericanos mais Portugal, aqui na Europa e mais a Espanha aqui na Europa - e o assunto dessa conferência é inovação e conhecimento. E essa também é uma área que o Brasil está muito bem, porque nós já fizemos o PAC da Ciência e Tecnologia em que a gente colocou R$ 41 bilhões para serem investidos até 2010. Nós agora estamos discutindo a questão da inovação para que as indústrias brasileiras, sobretudo, a pequena e média empresa e a microempresa descubram que somente a inovação é que vai permitir que elas possam competir nesse mundo globalizado, que elas possam exportar produtos. Nós vamos contar com a experiência do Sebrae, que vai nos ajudar a orientar as nossas empresas. O governo está comprometido. Nós lançamos um programa de desenvolvimento industrial que pensa muito na inovação. Os empresários estão preocupados. Nós ainda temos poucas empresas que discutem a questão da inovação. E a inovação é a gente melhorar a qualidade do nosso produto, que vai desde a qualidade do produto em si, até a qualidade da embalagem, até o jeito de a gente vender.

Apresentador: Presidente, para encerrar: o senhor vai participar em Portugal de uma sessão de trabalho com chefes-de-estado, para tratar da crise internacional. Já podemos dizer que estamos no momento bem melhor, não é presidente?

Presidente: Olha, eu acredito que quem acompanha a política econômica sabe que o mundo está saindo da crise. Uns países estão saindo mais rapidamente, de forma mais sólida como o Brasil. Outros ainda estão em situações mais ou menos difíceis. Têm muitos países com muito desemprego. Têm muitos países que o sistema financeiro ainda não se recuperou totalmente. Mas aqui também é importante a gente mostrar o exemplo do que nós fizemos no Brasil. Certamente, vamos aprender também com outros países que tiveram medidas iguais ou melhores do que as brasileiras. Mas o dado concreto é que o Brasil tomou todas as medidas que tinha que tomar, para que a gente pudesse ser o último país a entrar na crise e ser o primeiro a sair dela, e ter um crescimento extraordinário, como estamos tendo nessa fase do ano. Nós provamos nessa crise que o papel do estado é muito importante e que o mercado não resolvia tudo. Mas o Brasil precisa se manter tranqüilo, porque 2010 será um ano muito importante para o nosso país. Afinal de contas, o nosso povo merece, porque já sofreu demais.

Apresentador: Muito obrigado, presidente Lula, e até a próxima semana."
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