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Congresso em Foco
15/11/2009 21:48
[/caption]Thomaz Pires
Em entrevista ao programa É notícia, da Rede TV, o presidente Lula voltou a defender o Partido dos Trabalhadores e o governo das denúncias referentes ao mensalão. Questionado sobre o bordão "eu não sabia", Lula foi enfático e alegou que a denúncia foi orquestrada pela oposição para atingir o governo.
"Houve uma tentativa de golpe contra o governo. Foi a maior armação já feita contra um governo... Essa história ainda vai ser esclarecida. Mas eu poderei falar melhor sobre o assunto apenas quando deixar a presidência", destacou.
Lula evitou estender o tema ao longo da entrevista, embora tenha deixado em aberto a tese de conspiração armada pela oposição. "Tem uma parte apodrecida da política desse país que não aceita a alternância de governo. E eu sou a alternância", complementou.
Além de livrar o governo das acusações do mensalão, o presidente também fez menção direta a um dos personagens que passou a ser considerado o epicentro do escândalo. "O Marcos Valério não veio do PT. Veio de outras campanhas e não está provado que teve dinheiro público. Mas o Supremo é quem vai julgar o caso", argumentou.
A entrevista foi feita pelo repórter da Folha de São Paulo e apresentador, Kennedy Alencar. O programa, dividido em três blocos, com cerca de dez minutos cada, foi aberto com perguntas sobre a trajetória de vida do presidente. Lula chorou ao lembrar o falecimento da primeira esposa e disse que pretende assistir ao filme "Lula, o filho do Brasil", que estréia nesta terça-feira (17), no festival de cinema de Brasília, reservadamente com a família.
Invejoso e doentio
Lula não foi contundente apenas na defesa do governo sobre o mensalão. Ao comentar as críticas feitas pelos tucanos ao seu governo, o presidente fez colocações duras. Uma delas foi comentário ácido direcionado ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
"A pior doença do mundo é a inveja ... Ele [FHC] pensa com o fígado ao invés de pensar com a cabeça", alfinetou o presidente, que também alegou acreditar haver sempre uma expectativa por parte do governo anterior que as coisas dessem errado em seu segundo mandato.
Embora tenha feito as críticas aos tucanos, Lula também admitiu que o PT cometeu equívocos nas duas disputas eleitorais (1994 e 1998) ao adotar o discurso de crítica ao plano real, que foi a maior bandeira usada na campanha do ex-presidente FHC. Questionado sobre o assunto, Lula destacou que " o PT errou em não apoiar o Real".
Veja as principais frases do presidente:
"Ele não se conforma em ver que um peão fazer mais do que ele no governo", sobre FHC.
"Eu tinha horror de política e horror de quem gostava de política."
"Nós chegamos no tempo certo para fazer as coisas que o Brasil precisava"
"Tem presidente que não conhecia nada sobre o Brasil"
"Fonte a gente tem que guardar, meu filho", sobre o interlocutor que lhe avisou que estariam preparando um processo de impechament em 2005.
"Eu posso ter exagerado ao colocar o nome de Cristo, mas não tem outra forma de fazer o povo entender o que eu tinha que dizer". Sobre a comparação entre as alianças políticas do governo e Judas.
"Não tem ninguém mais tolerante do que eu", sobre o relacionamento com a imprensa.
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