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Opção pelo sacerdócio

Congresso em Foco

27/2/2009 | Atualizado 5/10/2011 às 12:29

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Rodolfo Torres e Lúcio Lambranho O padre e deputado Luiz Couto (PT-PB) pretende voltar ao sacerdócio. O parlamentar está estudando Direito Canônico para tentar retomar as atividades perdidas na última quarta-feira (25) por determinação do arcebispo da Paraíba, Dom Aldo Pagotto (leia mais). A punição abalou um pouco a saúde do petista, mas as convicções religiosas permaneceram inabaladas. Ontem (27), Couto falou com poucas pessoas e evitou a imprensa. "O deputado Luiz Couto é parlamentar por opção pessoal, mas a vida dele é o sacerdócio", disse ao Congresso em Foco o assessor de imprensa que trabalha para o parlamentar há seis anos, José Moreira da Silva. Se necessário, o retorno poderia ser fora da Paraíba. Luiz Couto foi afastado pela Arquidiocese por defender, em entrevista a este site, o fim do celibato obrigatório na Igreja Católica e  o uso de camisinhas  por razões de saúde pública. Posicionou-se, também, contrário ao preconceito contra homossexuais. Leia a íntegra da reportagem Ao final da entrevista, publicada no último dia 14,Luiz Couto revelou como se relaciona com as atividades sacerdotais:  "O meu maior prazer na vida é celebrar a Eucaristia". Com a decisão da arquidiocese, Luiz Couto, que é diabético, teve uma crise de hipertensão e está em repouso por orientação médica. "O deputado até agradece ao site, pois o bispo usou informações que não foram ditas pelo deputado na entrevista para suspendê-lo. Por isso, estamos divulgando a versão original do texto publicado pelo Congresso em Foco", explica o assessor do parlamentar. Conforme afirma a nota oficial da Arquidiocese da Paraíba, Dom Aldo Pagotto exige retratação do petista e afirma que suas declarações ao Congresso em Foco provocam "confusão entre os fiéis cristãos, e contraria 'in noce' as orientações doutrinais, éticas e morais sustentadas pela Igreja Católica". Solidariedade Bispo Emérito de Goiás e conselheiro da Comissão Pastoral da Terra (CPT), Dom Tomas Balduíno afirma que as posições defendidas por Luiz Couto já são debatidas há muito tempo dentro da Igreja. Para o religioso, essa é uma boa oportunidade para promover e ampliar discussôes sobre os temas levantados pelo congressista. "Sou solidário com o padre Luiz Couto porque ele não está só. Ele não é uma voz isolada e teve a sinceridade de falar o que pensa", afirmou Dom Tomás Balduíno ao Congresso em Foco, complementando que o petista "não é um pioneiro" desse debate. Para Dom Tomás, a autoridade eclesiástica paraibana "usou uma pena de vingança" ao retirar do petista o direito de celebrar missas. "Poderia haver outro caminho de diálogo. A autoridade na Igreja tem mil caminhos para dialogar com o sacerdócio." O bispo lembra que o deputado Luiz Couto atuou como relator da CPI dos Grupos de Extermínio no Nordeste na legislatura passada. Desde então, o petista vem sofrendo ameaças de morte. Por essa razão, o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), enviou recentemente ofício ao ministro da Justiça, Tarso Genro, pedindo proteção da Polícia Federal para o parlamentar (leia mais). "Ele, de certa maneira, expõe sua própria vida. É um homem benemérito, respeitado, considerado com muita seriedade", afirmou Dom Tomás. Já o presidente da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (Abglt), Toni Reis, classifica o padre deputado como "grande defensor dos direitos humanos", e critica a decisão da Arquidiocese paraibana. "É uma atitude preconceituosa e discriminatória." Conforme destacou Reis, a Abglt é "totalmente" solidária a Luiz Couto. "Sua posição é digna, contemporânea, atualizada e esclarecida", afirmou. Na entrevista, o padre também defende o fim do preconceito contra os homossexuais. Deputados católicos pró-Couto Ao Congresso em Foco, parlamentares católicos, da base aliada e da oposição, destacaram a seriedade do trabalho legislativo de Luiz Couto. "Eu lamento que a autoridade eclesiástica da Paraíba tenha chegado a esse ponto", afirmou o deputado Antônio Carlos Biscaia (PT-RJ). Para Biscaia, o petista paraibano apresenta uma "conduta parlamentar exemplar" e não adotou nenhum comportamento que afronte os dogmas católicos. Conforme ressaltou o parlamentar fluminense, é "inaceitável" que um católico não possa exprimir suas opiniões. O pestista também é defendido pela oposição. Para o deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR), a punição recebida por Couto promoverá ainda mais as opiniões do sacerdote, uma vez que o tema será mais debatido. "Ele tem posições bem avançadas e é respeitado", destacou o tucano. Fruet avalia que na próxima semana, quando o Congresso retomar as atividades, Luiz Couto receberá a solidariedade dos colegas na Câmara. "Ele terá apoio", previu. Até o fechamento da edição, a assessoria da Arquidiocese da Paraíba, o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), e o líder do PT, Cândido Vaccarezza (PT-SP), não foram localizados para comentar a situação do petista paraibano. Ontem à noite, o presidente do partido, deputado Ricardo Berzoini (SP), divulgou nota em que defende o petista e diz que as posições do padre na defesa dos direitos humanos "se refletem nas lutas do próprio PT" (confira a íntegra da nota). A reportagem procurou outro deputado que também é padre, José Linhares (PP-CE), que preferiu não comentar o caso antes de ter um encontro com o petista. "Não gostaria de me manifestar", afirmou Linhares, complementando que deve ter um encontro com Luiz Couto ainda hoje. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) afirmou, por meio da assessoria, que não vai se pronunciar sobre o caso por considerá-lo uma questão interna da Arquidiocese da Paraíba.
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