Entrar

    Cadastro

    Notícias

    Colunas

    Artigos

    Informativo

    Estados

    Apoiadores

    Radar

    Quem Somos

    Fale Conosco

Entrar

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigos
  1. Home >
  2. Notícias >
  3. Ibsen: "Precisamos aprender a dizer não"

Publicidade

Publicidade

Receba notícias do Congresso em Foco:

E-mail Whatsapp Telegram Google News

Ibsen: "Precisamos aprender a dizer não"

Congresso em Foco

12/3/2007 | Atualizado 22/3/2007 às 18:57

A-A+
COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA

          

Edson Sardinha e Fábio Lino

 

O gabinete no nono andar do Anexo IV é o mesmo, o distintivo parlamentar de ouro, recebido das mãos do velho Ulysses Guimarães, também. Assim como o motorista e a assessora.De volta à Câmara quase 13 anos depois de ter sido cassado pelo Plenário, o deputado Ibsen Pinheiro (PMDB-RS) diz viver uma espécie de “replay” em sua carreira política.De novidade mesmo, aponta, só o resultado do aprofundamento de uma velha crise institucional: a da representatividade do Parlamento. “A Câmara perdeu a capacidade de dizer não”, avalia.

 

Para Ibsen, a Casa presidida por ele durante o processo de impeachment de Fernando Collor de Mello, em 1992, virou “prisioneira do impasse e das minorias”, uma fábrica de “irrelevâncias” legislativas. Alvos de crescentes críticas da opinião pública, os deputados não conseguem aprovar propostas capazes de melhorar o país porque não têm força suficiente para contrariar interesses, considera o peemedebista.

 

“Cada minoria (partido) é prisioneira de todas as minorias organizadas do país. Isso produz ou impasse ou unanimidade pelo irrelevante. São as duas coisas que acontecem no plenário”, afirma.  O deputado exemplifica: “É possível fazer uma reforma da legislação trabalhista com este Plenário? É possível fazer uma reforma da Previdência? Não, porque é preciso contrariar interesses. O presidente da CUT arquiva a reforma previdenciária com uma entrevista”.

 

Na avaliação dele, o atual modelo de eleição dos deputados – com voto no candidato, financiamento privado de campanha e formação de coligações partidárias – “privatiza” o mandato parlamentar e impede a formação de uma bancada que represente a maioria da Casa, gerando um permanente clima de instabilidade política.

 

“Se você tiver uma instituição com balizamento sólido, você elege um delinqüente e ele se comporta aqui como um lorde. No atual sistema, você elege um monge e ele vira aqui um mensaleiro”, diz.

 

O único caminho para mudar esse cenário, indica, é a aprovação de uma reforma política que institua, de imediato, o voto em lista partidária, e não mais no candidato, e o financiamento público de campanha. E, num segundo momento, o voto distrital. “No regime democrático, as minorias se expressam livremente, mas a maioria governa. Sem maioria, você estabelece a insegurança”, observa.

 

O ocaso de Collor

 

Insegurança essa, afirma ele, responsável pela queda dos ex-presidentes Getúlio Vargas, Jânio Quadros e Fernando Collor e que ronda até mesmo o atual aparente cenário de tranqüilidade do presidente Lula em seu segundo mandato. “Governo que se desgasta, por exemplo, perde a maioria. Ela está cimentada no momento do presidente. Esse momento se mantém? Quem sabe? A economia se mantém?”

 

Quase 15 anos após a queda de Collor, Ibsen avalia que não foram exatamente os atos de corrupção identificados pela chamada CPI do PC que derrubaram o então presidente, mas o seu “relacionamento político inadequado”. “Não foram os desvios de conduta, porque esses houve piores antes e depois. Foi o mau relacionamento [de Collor] com as forças políticas dentro e fora do Congresso. Isso é visível”, afirma.

Siga-nos noGoogle News
Compartilhar

Temas

Reportagem

LEIA MAIS

Deputado se diz surpreso com prisão de assessor

Reforma pode ser "com ou sem Marta", diz líder petista

Sem Lula, PT admite que 2010 será seu maior desafio

NOTÍCIAS MAIS LIDAS
1

REAÇÃO AO TARIFAÇO

Leia a íntegra do artigo de Lula no New York Times em resposta a Trump

2

VÍDEO

Valdemar Costa Neto admite "planejamento de golpe", mas nega crime

3

MANOBRA NA CÂMARA

Eduardo Bolsonaro é indicado a líder da Minoria para evitar cassação

4

TRANSPARÊNCIA

Dino pede que PF investigue desvios em emendas de nove municípios

5

VIOLÊNCIA DE GÊNERO

Filha de Edson Fachin é alvo de hostilidade na UFPR, onde é diretora

Congresso em Foco
NotíciasColunasArtigosFale Conosco

CONGRESSO EM FOCO NAS REDES