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Quem toma posse além de Dilma Rousseff

Congresso em Foco

31/12/2010 17:07

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[caption id="attachment_38121" align="alignleft" width="300" caption="Roseana Sarney tomará posse à meia-noite para vir à festa de Dilma. Conheça seu perfil e os dos demais 26 governadores que assumem"]Roseana Sarney tomará posse à meia-noite para vir à festa de Dilma. Conheça seu perfil e os dos demais 26 governadores que assumem" src="https://static.congressoemfoco.com.br/roseana_antoniocruz_abr.jpg" alt="Roseana Sarney tomará posse à meia-noite para vir à festa de Dilma. Conheça seu perfil e os dos demais 26 governadores que assumem" width="300" height="253" />[/caption]

Mário Coelho

O 1º de janeiro de 2011 não marca apenas a cerimônia de posse da primeira mulher como presidente do Brasil. Além dela, assumem 27 governadores dos estados e do Distrito Federal, que estão distribuídos por seis partidos diferentes. Apesar de as legendas aliadas à nova presidente terem conquistado a maior parte das unidades da federação, a oposição ao governo Dilma Rousseff está nos estados mais populosos.

A oposição, composta por PSDB e DEM, vai administrar 52,3% do eleitorado brasileiro.  Derrotado na corrida à Presidência, o PSDB saiu das eleições como o campeão na disputa pelos Estados (oito vitórias) e terá, a partir de janeiro, quase metade do eleitorado brasileiro sob sua administração --64,2 milhões, que representam 47,5% do total.

O partido com o maior número de governadores é o PSDB, do candidato derrotado à presidência da República, José Serra. São oito. No primeiro turno, foram eleitos Antonio Anastasia, em Minas Gerais; Beto Richa, no Paraná; Geraldo Alckmin, em São Paulo e Siqueira Campos, em Tocantins. No segundo turno, foram eleitos pelo partido Teotonio Vilela, em Alagoas; Simão Jatene, no Pará; Marconi Perillo, em Goiás e José de Anchieta, em Roraima.

Em segundo lugar vem o PSB, que elegeu seis governadores. Os estados do Amapá, do Ceará, do Espírito Santo, da Paraíba, de Pernambuco e do Piauí estão nas mãos dos socialistas. O PMDB elegeu cinco (Maranhão, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rio de Janeiro e Rondônia), assim como o PT (Acre, da Bahia, Distrito Federal, Rio Grande do Sul e Sergipe).  O DEM fez dois governadores (Rio Grande do Norte e Santa Catarina) e o PMN um (Amazonas).

Os governadores eleitos em 2010, por partido

Levantamento do Congresso em Foco mostrou que os governadores eleitos pelo PSDB tiveram mais facilidade para arrecadar recursos de campanha do que o candidato tucano à Presidência, José Serra. Enquanto o tucano terminou a campanha com um déficit de R$ 9,6 milhões, os oito governadores eleitos pelo PSDB levantaram, em média, o dobro da arrecadação dos demais 19 candidatos vitoriosos. Juntos, os governadores tucanos receberam R$ 173,69 milhões, média de R$ 21,7 milhões, para gastar com a campanha. Os outros candidatos levantaram R$ 220,6 milhões, média de R$ 11,6 milhões.

Governadores tucanos arrecadaram o dobro dos outros

Leia abaixo o perfil de cada um:



Acre: Tião Viana (PT)
Duas vezes eleito senador pelo Acre, o médico Sebastião Afonso Viana Macedo Neves, 49 anos, enfrentou uma campanha tumultuada e que virou caso de polícia. A Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão no gabinete do governador do Acre, Binho Marques (PT), na Secretaria Estadual de Comunicação, na Assembleia Legislativa e na Prefeitura de Rio Branco dois dias antes do primeiro turno. O objetivo da operação era buscar provas para o suposto uso da máquina pública na campanha eleitoral no Acre em favor de Viana, que até agora não se comprovou. Apesar disso, conseguiu ser eleito ainda no primeiro turno, com aproximadamente 50% dos votos válidos.

Antes de ser eleito senador, Viana, que é irmão ex-governador Jorge Viana (PT), foi o candidato do partido ao governo do Acre em 1994. Na ocasião, ele perdeu a disputa, ficando em terceiro lugar. Quatro anos depois, conseguiu votos suficientes para os primeiros oito anos no Senado. Ganhou projeção dentro do governo, nos últimos dois anos de mandato, ao integrar a tropa de choque governista durante as CPIs dos Bingos e do Mensalão entre 2005 e 2006.

Reconduzido pelos acreanos para mais um mandato em 2006, foi eleito para a  vice-presidência do Senado para o biênio 2007/2008. Porém, com a renúncia de Renan Calheiros (PMDB-AL) ao cargo, assumiu interinamente a presidência da Casa de 15 de outubro a 11 de dezembro de 2007. Uma nova votação elegeu Garibaldi Alves Filho, do PMDB, para comandar o Senado. Concorreu à presidência do Senado em fevereiro de 2009, sendo derrotado pelo senador José Sarney (PMDB-AP) por 49 votos a 32.

Em meio à disputa de grupos ligados aos senadores, surgiram informações sobre pagamento de horas extras, elevado número de diretores e uso irregular de telefones celulares. Entre os aparelhos citados estavam o de Tião, que havia emprestado o seu celular para sua filha viajar ao México. A conta ficou em R$ 14 mil.

Alagoas: Teotônio Vilela (PSDB)
Filho do ex-senador Teotônio Vilela, o economista Teotônio Brandão Vilela Filho, 59 anos, foi reeleito governador de Alagoas, no segundo turno, com 52,74% dos votos válidos, contra  47,26% de Ronaldo Lessa (PDT), seu ex-aliado e antecessor no cargo. Começou a carreira política ao ser eleito senador em 1986, sendo reeleito por mais dois mandatos em 1994 e 2002. Em 2006 foi eleito governador do estado de Alagoas pelo PSDB. Seu vice-governador é o médico cardiologista José Wanderley Neto, do PMDB.

Amapá: Camilo Capiberibe (PSB)
Para ser eleito governador do Amapá pela primeira vez, Carlos Camilo Góes Capiberibe, 38 anos, teve que superar uma eleição turbulenta, que incluiu uma virada na votação e atos de violência. Dias antes do pleito, um militante do PTB foi baleado nas proximidades da sede do PSB, em Macapá. O resultado do segundo turno reverteu o que ocorreu na primeira parte do pleito, quando o Lucas Barreto (PTB) terminou na frente, com 28,93%. Camilo Capiberibe ficou com 28,68% dos votos válidos no primeiro turno.

Camilo Capiberibe nasceu em Santiago, no Chile, onde seus pais viviam no exílio. Filho do ex-senador João Capiberibe (PSB-AP) e da deputada Janete Capiberibe (PSB-AP), ele é advogado formado pela PUC-Campinas. Seu envolvimento com a política começou ainda na universidade, onde militou no grêmio estudantil. Em 1998 se filiou ao PSB, partido pelo qual foi eleito deputado estadual em 2006.

Amazonas: Omar Aziz (PMN)
O paulistano Omar José Abdel Aziz, 52 anos, começou a carreira política no movimento estudantil. Com formação de engenheiro civil, já ocupou o cargo de vereador em Manaus (AM) e deputado estadual do Amazonas na década de 1990. Em 1996 foi eleito vice-prefeito de Manaus na chapa com Alfredo Nascimento. Em 2000, reelegeu-se vice-prefeito, novamente com Alfredo Nascimento na cabeça da chapa.

Mas, em maio de 2002, deixou o cargo para concorrer ao governo do Amazonas, junto com Eduardo Braga como governador. Em 2006, reelegeu-se junto com Braga. Licenciou-se do cargo em 2008 para se candidatar a prefeito de Manaus pelo PMN, tendo conquistado a terceira colocação. Em 31 de março de 2010, com a renúncia de Eduardo Braga, que disputou o Senado, Omar Aziz assumiu o governo do Estado de Amazonas. Já como titular do cargo, conquistou a reeleição no primeiro turno com aproximadamente 63% dos votos válidos.

Em agosto de 2006, escutas da Polícia Federal divulgadas pelo jornal Folha de S. Paulo durante a Operação Saúva, que desmontou um esquema de corrupção em licitações no Amazonas, mostraram Omar Aziz (PMN) pressionando a Assembléia Legislativa pela aprovação de uma emenda constitucional que garantiu a ele, quando deixar o cargo, uma aposentadoria de aproximadamente R$ 20 mil. As gravações também mostram Aziz tentando impedir a imprensa local de divulgar a notícia.

Bahia: Jaques Wagner (PT)
O carioca Jaques Wagner, 59 anos, foi reeleito governador da Bahia, em primeiro turno, com 63,83% dos votos válidos. Casado, pai de três filhos, o petista começou na política dentro do movimento estudantil quando presidiu o diretório acadêmico da Faculdade de Engenharia da Pontifícia Universidade Católica (PUC). Perseguido pela ditadura militar da época, largou o curso e se mudou para Salvador (BA) em 1973.

Ao começar a trabalhar em uma indústria petroquímica no polo de Camaçari, no litoral da Bahia, entrou para o Sindicado dos Trabalhadores da Indústria Petroquímica (Sindiquímica), do qual foi diretor e presidente de 1987 a 1989. Conheceu Lula num congresso de petroleiros e, em 1980, ingressou no Partido dos Trabalhadores (PT).

Filiado ao partido desde então, Jaques Wagner elegeu-se deputado federal em 1990. Depois de três mandatos em Brasília, concorreu ao governo da Bahia em 2002 e foi derrotado por Paulo Souto. Foi nomeado por Lula como ministro do Trabalho. Em 2005, passou para a pasta das Relações Institucionais, assumindo a coordenação política do governo e suas relações com o Congresso Nacional durante o pior momento do governo Lula, durante a crise do Mensalão.

No ano seguinte, concorreu novamente ao governo da Bahia. O petista aparecia em terceiro nas pesquisas eleitorais. Porém, em uma surpreendente virada, Jaques Wagner impôs ao então senador Antonio Carlos Magalhães, 79, morto em 2007, a maior derrota eleitoral do carlismo nos últimos 20 anos. Ele venceu o então governador Paulo Souto na disputa, com o apoio do peemedebista Geddel Vieira de Lima. Em 2010, Jaques foi reeleito governador da Bahia, em primeiro turno, com 63,83% dos votos válidos.

Ceará: Cid Gomes (PSB)
O engenheiro civil Cid Ferreira Gomes, 47 anos, começou a carreira política em 1990, quando foi eleito pela primeira vez como deputado estadual.

Quatro anos depois foi reeleito para um novo mandato. Em 1996, disputou o cargo de prefeito de Sobral (CE), sendo eleito com mais de 64% dos votos. Em 2000, concorreu à reeleição, vencendo novamente com mais de 60% dos votos. Após o encerramento do seu mandato como prefeito, o irmão do deputado Ciro Gomes (PSB-CE) se mudou para Washington D.C. (EUA), onde exerceu a função de consultor do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

Em 2006, voltou ao Brasil para concorrer ao governo do Ceará. Ele venceu a disputa ainda no primeiro turno. Na disputa da reeleição, em outubro, recebeu 2.436.940 votos, equivalente a 62,31% dos votos válidos. O segundo colocado, Marcos Cals (PSDB), recebeu 775.852, ou 19,83% do total. Durante a campanha, seus adversários usaram uma reportagem que revelava uma investigação da Polícia Federal sobre o suposto desvio de R$ 300 milhões de verbas do Ministério da Integração Nacional, entre 2003 e 2009, quando Ciro Gomes era o titular da pasta. O dinheiro teria sido usado para financiar campanhas políticas dele e do irmão Cid. O candidato nega todas as acusações.



Distrito Federal: Agnelo Queiroz (PT)
A eleição do médico Agnelo dos Santos Queiroz Filho, 52 anos, ao governo do Distrito Federal quebra uma hegemonia de 12 anos do ex-governador Joaquim Roriz (PSC) e de seu grupo político. Para isso acontecer, Agnelo primeiro mudou de partido. Saiu do PCdoB e filiou-se ao PT em 2009. Depois, formalizou aliança com o PMDB, partido que acolheu Roriz por quase duas décadas e fez parte da base de apoio do governo de José Roberto Arruda, cassado por infidelidade partidária.

Natural de Itapetinga (BA), formou-se em medicina pela Universidade Federal da Bahia. Em meados dos anos 1980, veio para Brasília com a família. Fez residência médica na capital do país e iniciou sua atuação sindical como presidente da Associação Nacional dos Médicos Residentes. O primeiro mandato eletivo veio em 1990, com a eleição para deputado distrital. Ao fazer parte da primeira legislatura, conseguiu se eleger depois para três mandatos consecutivos na Câmara dos Deputados.

Foi co-autor, juntamente com o senador paulista Pedro Piva, da Lei nº 10.264 de 16 de julho de 2001, mais conhecida como Lei Agnelo/Piva, que estabelece o repasse de 2% da arrecadação bruta de todas as loterias ao Comitê Olímpico Brasileiro. Foi ministro do Esporte do Governo Lula em 2003 até 2006, quando se licenciou para se candidatar nas eleições daquele ano a uma das cadeiras do senado pelo Distrito Federal. Mesmo derrotado por Joaquim Roriz, obteve a expressiva votação de 544.313 votos, 42,93% dos votos válidos.

Em 31 de outubro de 2010 foi eleito governador do DF ao derrotar, no segundo turno, Weslian Roriz (PSC), mulher de Joaquim Roriz, que desistiu da candidatura por conta da Lei da Ficha Limpa. Durante a campanha, foi alvo de denúncia dentro da Operação Shaolin, da Polícia Civil do DF. Segundo a PCDF, Agnelo recebeu R$ 256 mil desviados de programa do Ministério do Esporte através de duas associações de kung fu de Brasília. O petista nega as acusações e disse que houve uso político da denúncia.

Espírito Santo: Renato Casagrande (PSB)
O engenheiro florestal José Renato Casagrande, 50 anos, inicia neste sábado o primeiro mandato como governador do Espírito Santo. No entanto, ele não é um novato no Executivo. Entre 1995 e 1999, Casagrande foi vice-governador do Estado no mandato de Vitor Buaiz (PT). No último ano de mandato, concorreu ao Executivo, mas acabou em terceiro lugar na disputa. Agora, vence a eleição com a segunda maior votação proporcional do país: 82.30% (1.502.070 votos) dos votos  válidos.

Em 2002, foi eleito deputado federal pelo PSB. É secretário geral da Comissão Executiva Nacional do partido desde 2000. Foi o primeiro líder da bancada do PSB a ser reeleito na Câmara dos Deputados nos exercícios de 2005 e 2006. Em 2006 foi eleito para oito anos no Senado. Como senador, em 2007, foi vice-presidente da CPI do Apagão Aéreo do Senado, que acabou pedindo o indiciamento da ex-diretora da Anac Denise Abreu e outras 15 pessoas. A votação do relatório foi polêmica e não contou com membros da oposição.

No mesmo ano, ele foi um dos relatores do processo contra o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) na Comissão de Ética do Senado. O relatório pediu a cassação do peemedebista por quebra de decoro parlamentar por supostamente ter usado dinheiro de lobista para pagar a pensão alimentícia da jornalista Mônica Veloso, com quem teve um filho. O relatório foi aprovado na comissão. No entanto, ao chegar no plenário, Renan acabou absolvido pelos pares.

Goiás: Marconi Perillo (PSDB)
Marconi Ferreira Perillo Júnior, 47 anos, começou sua carreira política no PMDB. Em duas oportunidades, presidiu o PMDB Jovem (1985-1987 e 1987 -1989), período em que atuou também como membro do diretório estadual. Seu primeiro mandato eletivo foi o de deputado estadual, entre 1991 e 1995. Em 1992, filiou-se ao Partido Social Trabalhista (PST), permanecendo na legenda até 1993, quando a direção nacional da mesma, juntamente com a direção nacional do Partido Trabalhista Renovador (PTR) formalizam a fusão das legendas, criando o Partido Progressista (PP). Em 1994, Perillo é eleito deputado federal pelo PP, sendo o 6º mais votado.

Em 1998, Perillo foi eleito governador de Goiás pelo PSDB. Em 2002, reelegeu-se para mais um mandato, desta vez no primeiro turno. Em março de 2006, renunciou ao cargo para concorrer ao Senado. Acabou eleito com 75% dos votos e ainda contribuiu para a eleição de seu sucessor, o então vice-governador Alcides Rodrigues (PP) ao governo do estado. Acabou ficando menos de quatro anos no mandato de senador. Saiu após ficar dois anos como primeiro vice-presidente da Casa para ser eleito para um novo mandato como governador de Goiás. Venceu o peemedebista Iris Rezende ao receber 1.551.132 votos (52,99% dos votos válidos).

Perillo responde a três inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF), que investigam os crimes de corrupção passiva, tráfico de influência, corrupção ativa e abuso de autoridade.

Maranhão: Roseana Sarney (PMDB)
Filha do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), a socióloga Roseana Sarney Murad, 57 anos, elegeu-se para o primeiro cargo eletivo em 1990, ao conquistar uma vaga de deputada federal pelo Maranhão. Quatro anos depois, Roseana, na época filiada ao PFL (hoje DEM), foi eleita a primeira governadora de estado do Brasil. Quatro anos depois conquistou a reeleição, apesar de o Maranhão possuir alguns dos piores índices sociais do país.

Em 2002, lançou-se como pré-candidata à presidência do país pelo PFL. Em março do mesmo ano uma operação da Polícia Federal encontrou R$ 1,34 milhão no cofre da empresa Lunus, da qual era acionista majoritária. Roseana foi obrigada à renunciar a pré-candidatura. Apesar do escândalo, usado por seus adversários políticos maranhense na propaganda política, consegue eleger-se senadora no Maranhão no mesmo ano, juntamente com Édson Lobão, que em 1º de fevereiro de 2003, assumem os mandatos.

Em 2006, foi candidata pela terceira vez ao governo do Maranhão, mas perdeu para Jackson Lago (PDT). A eleição, ocorrida no dia 29 de outubro daquele ano, foi uma das mais acirradas da história maranhense, e resultou na vitória de Lago por uma diferença pouco maior do que 95 mil votos.

Continuou como senadora, para logo depois ser expulsa do PFL.  Isso ocorreu pelo fato de ela ter feito campanha para Lula, que buscava a reeleição naquele ano. Roseana, inclusive, compareceu a um comício do presidente em Timon (MA). Fora do partido, filiou-se ao PMDB no mesmo ano, tornando-se líder da bancada governista no Senado no ano seguinte. Em 2009, Roseana assumiu o governo do Maranhão após o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) cassar o mandato do então governador Jackson Lago (PDT-MA).

A carreira política de Roseana possui episódios controversos e ainda não esclarecidos. Um deles se tornou público em 15 de agosto, quando o jornal O Estado de S. Paulo publicou documentos (que estão nos arquivos do extinto Banco Santos) mostrando que a governadora e o seu marido, Jorge Murad, simularam um empréstimo de R$ 4,5 milhões para tentar resgatar US$ 1,5 milhão que possuíam no exterior. Em entrevista ao Estado, o administrador judicial do banco, Vânio Aguiar, confirmou que os papéis estão nos arquivos oficiais da instituição bancária.

O jornal mostrou que o empréstimo foi regularizado no Brasil poucos dias antes da intervenção judicial no Banco Santos, em 12 de novembro de 2004. O dinheiro foi liberado no dia 29 de julho, mas só em 5 de novembro (uma semana antes da quebra do banco e da decretação da intervenção da Justiça) as garantias foram registradas, conforme certidões obtidas pela reportagem num cartório em São Paulo. Ou seja, quando o Banco Santos liberou o empréstimo em julho não havia formalização de fiança bancária. Roseana classificou as denúncias como "fantasiosas".

Mesmo com novas denúncias contra ela, Roseana venceu mais uma disputa ao governo do Maranhão. A peemedebista teve 50,08 % dos votos no primeiro turno, contra seus principais opositores Flávio Dino (29,49 %) e Jackson Lago (19,54 %).

Mato Grosso: Silval Barbosa (PMDB)
Natural de Borrazópolis (PR), Silval da Cunha Barbosa, 49 anos, chegou ao Mato Grosso em 1977. Empresário, teve seu primeiro cargo público em 1993, quando tomou posse como prefeito de Matupá (695 km ao norte da capital Cuiabá). Dois anos após concluir o mandato foi eleito deputado estadual, conseguindo a reeleição em 2002. Neste período, chegou a presidir a Assembleia Legislativa matogrossense.

O crescimento na carreira política o cacifou para ser o candidato a vice-governador na chapa encabeçada por Blairo Maggi (PR, na época no PPS). Em 31 de março de 2010, Silval Barbosa foi empossado governador de Estado de Mato Grosso, com a desincompatibilização do então governador Blairo Maggi, que deixou o governo para disputar Senado. Antes, por conta de viagens do titular do cargo, assumiu interinamente a chefia do Executivo por dez oportunidades.

Mato Grosso do Sul: André Puccinelli (PMDB)
Italiano da região da Toscana, o médico André Puccinelli imigrou para o Brasil com os pais ainda criança, com 1 ano de idade. A família, primeiro, fixou-se em Porto Alegre (RS), para depois se mudar para Curitiba (PR). Foi na capital paranaense onde estudou e se formou em medicina. Depois foi morar no interior do Mato Grosso, onde começou a exercer a profissão. À vida política começou em 1983, quando assumiu o cargo de secretário estadual de Saúde em 1983. Ficou na pasta até 1985.

Dois anos depois, elegeu-se para o primeiro de dois mandatos seguidos de deputado estadual. Em 1994, concorreu e conseguiu uma vaga na Câmara dos Deputados. Ficou em Brasília por dois anos, até renunciar o mandato, disputar e vencer a corrida para a prefeitura de Campo Grande. O peemedebista ainda foi reeleito para mais quatro anos. Em 2006, Puccinelli foi eleito governador do Mato Grosso do Sul com um total de 726.806 votos.

Em 2009, envolveu-se em polêmica contenda com Carlos Minc, na época ministro do Meio Ambiente. Disse que o desafeto é "viado e fuma maconha" e que, se Minc fosse a Campo Grande, "ia correr atrás dele e estuprá-lo em praça pública".



Minas Gerais: Antonio Anastasia (PSDB)
Antonio Augusto Anastasia, de 49 anos, assumiu o governo de Minas Gerais após a saída do então governador Aécio Neves (PSDB), em 31 de março de 2010, que decidiu concorrer ao Senado. É professor de Direito Administrativo e servidor de carreira da Fundação João Pinheiro desde 1985. Foi reeleito ao vencer a disputa contra o ex-governador Hélio Costa (PMDB). O tucano teve 6.275.520 votos (62,71% dos votos válidos) contra 3.419.622 (34,17%) do peemedebista.

Na esfera estadual, exerceu os cargos públicos de secretário-adjunto de Planejamento e Coordenação Geral, secretário estadual de Cultura, secretário estadual de Recursos Humanos e Administração, e de presidente da Fundação João Pinheiro, todos na administração pública do estado de Minas Gerais.

No governo federal, foi secretário-executivo do Ministério do Trabalho e do Ministério da Justiça. Foi ministro interino do Trabalho, no governo Fernando Henrique Cardoso, de 31 de março a 6 de abril de 1998.
No primeiro mandato do governador mineiro Aécio Neves (2003 - 2006), acumulou os cargos de secretário de estado de Planejamento e Gestão e secretário de estado de Defesa Social de Minas Gerais.

Pará: Simão Jatene (PSDB)
O tucano Simão Robinson Oliveira Jatene nasceu em Belém (PA) e tem 61 anos. Atuou como músico e ator antes de entrar na política. Graduou-se em economia e passou a lecionar na Universidade Federal do Pará. Foi secretário geral dos ministérios da Previdência e da Reforma Agrária no governo José Sarney (1985-1990). Trabalhou no primeiro governo de Barbalho (1983-1987) e nas duas gestões do ex-tucano Almir Gabriel (1995-2002).

Durante o primeiro governo estadual de Almir Gabriel, foi titular da Secretaria de Planejamento. Jatene foi eleito governador em 2003. Deixou o governo em 2007 e voltou a dar aulas na universidade, de onde já se aposentou.  Nas eleições de 2010 foi ao derrotar no segundo turno a candidata à reeleição Ana Júlia Carepa (PT) com uma diferença de 383.190 votos.

Paraíba: Ricardo Coutinho (PSB)
O farmacêutico Ricardo Vieira Coutinho, 50 anos, entrou na política pelo movimento sindical na Paraíba. Foi presidente do sindicato da sua categoria e, mais tarde, dirigente da Central Única dos Trabalhadores no Estado (CUT). Com esta visibilidade, foi vereador de João Pessoa (1993-1999), deputado estadual (1999-2004) e prefeito da capital paraibana por duas vezes, sendo eleito pela 1ª vez em 2004 e reeleito em 2008. Em março de 2010, renunciou ao mandato para concorrer ao governo estadual.

Ele disputou o cargo contra o atual governador, o peemedebista José Maranhão. Os dois candidatos terminaram o primeiro turno quase empatados. Coutinho teve 49,74% e Maranhão, 49,30%. No segundo turno, o placar virou. O socialista recebeu 53,70% dos votos e o peemedebista obteve 46,30%.


Paraná: Beto Richa (PSDB)
Filho do ex-governador do Paraná José Richa, o engenheiro civil Carlos Alberto Richa nasceu em 29 de setembro de 1965 em Londrina (PR). Casado, pai de três filhos, entrou para a vida pública em 1994, como deputado estadual, sendo reeleito em 1998. Conhecido na política como Beto Richa, foi eleito em 2000 vice-prefeito de Curitiba. Na época, comandou a Secretaria de Obras no primeiro ano de mandato. Foi eleito prefeito de Curitiba em 2004 e se reelegeu em 2008.

Para concorrer ao governo do Paraná, renunciou ao mandato de prefeito em 31 de março de 2010. Seu principal adversário na disputa foi o senador Osmar Dias (PDT-PR). Porém, o tucano conseguiu vencer a eleição no primeiro turno, ao receber 3.039.774 votos (52,43% do total de votos válidos). O pedetista teve 2.645.341 votos, o que corresponde a 45,63% dos votos válidos.



Pernambuco: Eduardo Campos (PSB)
Neto do ex-governador de Pernambuco Miguel Arraes e filho da deputada Ana Arraes (PSB-PE), o economista Eduardo Henrique Accioly Campos, 45 anos, teve a maior votação proporcional para um candidato de um governo estadual. Candidato à reeleição, ele obteve o apoio de 82,84% dos eleitores pernambucanos, permanecendo assim mais quatro anos à frente do Executivo local. Além de governar o estado, Campos também é presidente nacional do PSB.

Começou sua trajetória política no segundo governo de Miguel Arraes em 1987 como seu oficial de gabinete. No terceiro governo de Miguel Arraes, em 1994, foi seu secretário da Fazenda. Exerceu um mandato de deputado estadual (1991 a 1994) e três consecutivos deputado federal (1995 a 2006). Foi líder do PSB na Câmara dos Deputados em duas legislaturas. Foi ministro da Ciência e Tecnologia no primeiro governo do presidente Lula.

Segundo pesquisa do Instituto Datafolha divulgada em 24 de dezembro, Eduardo Campos é o governador com melhor avaliação entre a população de oito estados e o Distrito Federal. A nota dada pelos moradores de Pernambuco ao político foi de 8,4 - maior nota obtida por ele desde novembro de 2007. Ele também alcançou 80% da taxa de aprovação da população.

Piauí: Wilson Martins (PSB)
Médico especialista em neurologia, Wilson Nunes Martins presidiu, entre 1993 e 1994, a Fundação Municipal de Saúde de Teresina (PI). Logo depois, deixou o cargo para se candidatar ao cargo de deputado estadual. Na época, filiado ao PSDB, conseguiu se reeleger duas vezes. Depois trocou o partido pelo PSB antes de ser nomeado secretário de Desenvolvimento Rural pelo governador Wellington Dias (PT). Em 2006 deixou o cargo para ser candidato a vice-governador do Piauí na coligação "A Vitória da Força do Povo", que reelegeu Dias ainda em primeiro turno.

Em 1º de abril de 2010, com a renúncia de Wellington Dias para concorrer ao Senado, Wilson Martins assumiu o governo do Piauí. Em 31 de outubro de 2010, reelegeu-se para um novo mandato com 921.313 votos (58,9% do total de válidos), superando o ex-prefeito de Teresina Silvio Mendes (PSDB) no segundo turno.

Rio de Janeiro: Sérgio Cabral (PMDB)
Sérgio de Oliveira Cabral Santos Filho , 47 anos, começou a carreira política ao trabalhar junto com seu pai, o jornalista Sérgio Cabral. Em 1982 foi articulador da campanha dele para vereador no Rio de Janeiro. Cinco anos depois, assumiu seu primeiro cargo público, a diretoria de Operações da  Companhia de Turismo do Estado do Rio de Janeiro, no governo de Moreira Franco. Em 1990, foi eleito deputado estadual no Rio, sendo reeleito em 1994 e em 1998.

Entre os mandatos de deputado, disputou duas eleições para prefeito. Em ambas, 1992 e 1996, saiu derrotado. Mesmo com as derrotas no Executivo local, ganhou projeção no Legislativo. Tanto que presidiu a Assembleia Legislativa fluminense nos anos de 1995, 1997, 1999 e 2001. No ano seguinte, foi eleito senador em aliança com Rosinha Garotinho (esposa de Anthony Garotinho) que ganhou a eleição para governadora.

Renunciou ao mandato ainda na metade após vencer a disputa pelo Palácio das Laranjeiras em 2006. Ele derrotou, no segundo turno, a ex-deputada Denise Frossard (PPS). Nesta época, levantamento do jornal Folha de S. Paulo mostrou que o peemedebista faltou a 52% das sessões do Senado. Nos primeiros nove meses de seu governo, o mesmo jornal afirmou que Cabral passou um em cada cinco dias fora do Brasil. No início de 2010, outro levantamento mostra que a média de dias do governador fora do Brasil supera a do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Os gastos com viagens passam de R$ 4,5 milhões.

Foi criticado pela demora em comparecer aos locais das tragédias em Angra, na virada do último ano. Deslizamentos de terra mataram 19 pessoas na capital, em Niterói e na Baixada Fluminense. Enquanto isso, ele havia ficado em sua casa de veraneio em Mangaratiba. Em outubro de 2010, foi reeleito governador, ainda no primeiro turno, com mais de 66% dos votos válidos.

Rio Grande do Norte: Rosalba Ciarlini (DEM)
Cria política do senador José Agripino Maia (DEM-RN), a médica pediatra Rosalba Ciarlini Rosado, 58 anos, estreou na política em 1988 ao ser eleita, pela primeira vez, prefeita de Mossoró (RN), na época pelo PDT. Se elegeria novamente prefeita em 1996, sendo reeleita em 2000. Em 1994 concorreu como vice-governadora na chapa encabeçada por Lavoisier Maia Sobrinho, sendo derrotados ainda no primeiro turno para Garibaldi Alves Filho. Em 2006 foi eleita senadora da República pelo Rio Grande do Norte após uma dura disputa contra então senador Fernando Bezerra, por uma diferença de 0,76% dos votos.

Com mais quatro anos de mandato no Senado pela frente, Rosalba decidiu concorrer ao governo potiguar. Venceu a disputa no primeiro turno com 813.813 votos, o equivalente a 52,46% dos votos válidos. Em segundo lugar veio Iberê Paiva Ferreira de Souza (PSB), que recebeu 562.256 votos (36,24% dos votos válidos).

Em 2009, quando era suplente do Conselho de Ética do Senado, veio à tona o uso da cota de passagens para pagar viagens de turismo para ela, marido, filhos, além de outros parentes, amigos, o advogado e a mulher do advogado, no país e no exterior. Custeou passagens e, em alguns casos, até estada em hotéis. Dois anos antes escapou de outra denúncia. Por 4 votos a 2, os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) absolveram a então senadora da cassação por suspeita de abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação nas eleições de 2006.

Rio Grande do Sul: Tarso Genro (PT)
Gaúcho de São Borja, cidade dos ex-presidentes da República Getúlio Vargas e João Goulart, Tarso Fernando Herz Genro, 63 anos, simboliza o retorno do PT ao governo do Rio Grande Sul, o que aconteceu pela última vez durante o mandato de Olívio Dutra, entre 1999 e 2003. A vida política do petista começou cedo. Aos 21 anos, foi eleito vereador em sua cidade natal pelo antigo MDB. Após a redemocratização, filiou-se ao PT. Em 1986, foi eleito deputado federal constituinte. Dois anos depois, fez parte da chapa vencedora à prefeitura de Porto Alegre como vice-prefeito. Acabou sendo prefeito da capital gaúcha em duas gestões, entre 1993 e 1996 e entre 2001 e 2002.

Em 2002, renunciou ao mandato de prefeito para concorrer à sucessão de Olívio Dutra. Chegou ao segundo turno mas acabou derrotado pelo peemedebista Germano Rigotto. Em 2005, com o escândalo do mensalão, Genro assume a presidência nacional do PT. Passou a defedner, então, a refundação do partido. Passado o período de interinidade, disputou a presidência do partido. No entanto, perdeu para o deputado Ricardo Berzoini (SP).

Após a derrota nas eleições de 2002, Tarso ocupou três cargos no governo de Lula. Primeiro, comandou o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, função na qual ficou até o início de 2004, quando Lula fez a sua primeira reforma ministerial. Tarso assumiu então o Ministério da Educação, em substituição a Cristovam Buarque. Depois substituiu Márcio Thomaz Bastos na pasta da Justiça, onde ficou até 10 de fevereiro de 2010, quando renunciou para concorrer ao governo do Rio Grande do Sul. Ele foi eleito no 1º turno com mais de 54% dos votos válidos.

Rondônia: Confúcio Moura (PMDB)
Confúcio Aires de Moura (PMDB), 62 anos, foi eleito governador de Rondônia com 58,68% dos votos válidos. Ele disputou o cargo, no segundo turno, com o então governador João Cahulla (PPS), que teve a preferência de 41,32% do eleitorado. Médico nascido em Dianópolis (TO), teve três mandatos seguidos como deputado federal, entre 1995 e 2004. Deixou o cargo em 2004 para vencer a disputa para a prefeitura de Ariquemes, cidade de 85 mil habitantes a 203 km de Porto Velho, sendo reeleito em 2008.

Roraima: Anchieta Jr. (PSDB)
Natural de Jaguaribe (CE), o engenheiro civil José de Anchieta Junior (PSDB) passou pela primeira vez pelo crivo das urnas como cabeça-de-chapa. Com uma vida pública recente, ele assumiu seu primeiro cargo público como secretário de Estado de Infra-Estrutura de Roraima, além de assumir temporariamente a Secretaria de Estado de Articulação Municipal em 2004. Foi presidente do Conselho Rodoviário Estadual e membro do Comitê Gestor para Assuntos Fronteiriços.

Em 2006, saiu do cargo que ocupava na estrutura estadual para concorrer à vaga de vice-governador na chapa de Ottomar Pinto (PSDB). O tucano foi reeleito, mas ficou no mandato por quase dois anos. Em 11 de dezembro de 2007, morreu de parada cardiorrespiratória. Assim, Anchieta assumiu o governo local em definitivo. Em 31 de outubro, reelegeu-se com 50.4% dos votos válidos para o cargo depois de uma virada nas pesquisas de intenção de voto, que indicavam vantagem de seu rival, Neudo Campos (PP), até o início do segundo turno.

Depois de assumir o mandato, Anchieta ainda teve que se defender na Justiça Eleitoral da acusação de compra de votos, conduta vedada a agente público e fraude eleitoral nas eleições de 2006. No entanto, em 19 de dezembro de 2009, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por unanimidade, rejeitou o recurso que pedia a sua cassação. O processo inicialmente era contra Ottomar Pinto. Com a morte do titular do cargo, acabou sendo transferido para o tucano.

Santa Catarina: Raimundo Colombo (DEM)
O produtor rural João Raimundo Colombo, 55 anos, cresceu politicamente com a benção do ex-governador de Santa Catarina e ex-senador Jorge Bornhausen (DEM). Três vezes prefeito de Lages (de 1989 a 1992, e de 2001 a 2006), credenciou-se para disputar uma vaga ao Senado após vencer uma disputa interna que culminou com a saída do prefeito de Florianópolis, Dário Berger, do partido. Nesse meio tempo, ainda foi eleito deputado federal. Ficou no cargo até 2000, quando saiu após vencer a eleição municipal.

Na disputa pelo governo estadual, Colombo obteve 1.815.304 votos, equivalante a 52,71% dos votos válidos. A então deputada federal Angela Amin (PP) recebeu 857.698 (24,90%). Com uma atuação discreta, seu mandato como senador foi marcado por dois casos. No primeiro, foi um dos cinco senadores a votar contra a PEC dos Vereadores. Ainda presidiu a CPI das ONGs até 2008. Depois, com um pedido de licença, deixou o cargo para o senador Heráclito Fortes (DEM-PI).



São Paulo: Geraldo Alckmin (PSDB)
Geraldo José Rodrigues Alckmin Filho nasceu em 7 de novembro de 1952 em Pindamonhangaba. Professor e médico, é casado e tem três filhos. Foi vice-governador (entre 1995 e 2001) e governador de São Paulo (entre 2001 e 2006). Em 2006 foi candidato à presidência da República pelo PSDB, sendo derrotado pelo presidente Lula no segundo turno. Em 2008 foi candidato à prefeitura paulistana, quando sofreu uma nova derrota.

Em 2010, foi eleito no primeiro turno governador de São Paulo com 11.519.314 votos, o que equivale a 50,63% do total de votos válidos. O senador Aloizio Mercadante (PT) ficou em segundo lugar. Ele teve 8.016.866 votos, o que corresponde a 35,23% dos votos válidos.

Começou a carreira política na sua cidade natal ao ser eleito vereador em 1972, com 19 anos. Quatro anos depois, venceu a disputa para prefeito de Pindamonhagaba. Foi também deputado estadual, deputado federal e vice-governador de Mário Covas em 1994. Como vice-governador de Covas, foi encarregado de chefiaer o "Programa Estadual de Desestatização" (PED), criado para privatizar companhias estaduais e rodovias controladas pelo governo local.

Sergipe: Marcelo Déda (PT)
Marcelo Déda Chagas, 50 anos, reelegeu-se para o mandato de governador sob a ameaça de perder o cargo pela acusação do uso da máquina pública nas eleições de 2006. Na época era prefeito de Aracaju (SE) e foi acusado de cometer irregularidades ao proferir discursos em sete shows patrocinados pela prefeitura, em março de 2006, em comemoração ao aniversário de 151 anos do município. Em 21 de setembro de 2010, no entanto, foi absolvido por unanimidade pelos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Oriundo do do movimento estudantil, Déda concorreu pela primeira vez a um mandato eletivo em 1982, na primeira eleição do PT, a deputado estadual. Estava com 22 anos e obteve apenas 300 votos. Em 1985, acontecem as eleições para prefeito em Aracaju e o atual governador saiu candidato. A campanha decolou e Marcelo Déda conquistou o segundo lugar nas urnas com aproximadamente 19 mil votos. Quatro anos depois foi eleito deputado estadual. Tentou a reeleição em 1990, mas não conseguiu um novo mandato.

Depois, foi eleito para dois mandatos como deputado federal, atuando na Câmara entre 1995 e 2000, quando venceu pela primeira vez a disputa para a prefeitura de Aracajucom 52,80% dos votos válidos. Em 2004, o petista foi reeleito com 71,38% dos votos válidos. Em dia 31 de março de 2006, Déda renunciou ao mandato de prefeito de Aracaju para disputar o governo de Sergipe pela primeira vez. Em 2010, Déda venceu novamente João Alves Filho e conseguiu se reeleger para mais quatro anos à frente do Executivo local.

Tocantins: Siqueira Campos (PSDB)
Cearense de Crato, José Wilson Siqueira Campos (PSDB) foi eleito em um pleito disputado até o último voto. Disputando o quarto mandato contra o atual governador, Carlos Gaguim (PMDB), acabou vitorioso com 50,52% dos votos válidos, enquanto seu rival obteve 49,48%. A diferença foi de aproximadamente 7 mil votos.
Siqueira Campos foi o primeiro governador de Tocantins. Após o norte do estado de Goiás ser transformado em mais uma unidade da federação, o tucano foi indicado para assumir o cargo. Depois, em eleições diretas, foi eleito para dois novos mandatos (1995 a 1998 / 1999 a 2003). Nas eleições de 2006 foi derrotado pelo então governador e candidato a reeleição Marcelo Miranda (PMDB).

Foi vereador de Colinas de Goiás, hoje Colinas do Tocantins, deputado federal por Goiás por cinco mandatos, de 1971 a 1988.

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