Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
Congresso em Foco
9/8/2010 21:18
Rudolfo Lago
A candidata do PT à Presidência foi a primeira, entre os que tentam suceder o presidente Lula, a dar entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo. Amanhã (10), a entrevistada será Marina Silva, do PV. Na entrevista, Dilma explicou como se dará, na sua avaliação, o projeto de continuidade do governo Luiz Inácio Lula da Silva.
"Meu projeto é de continuidade ao presidente Lula, mas não é de simplesmente repetir", disse ela. "Nós queremos fazer com que o país saia da condição de país emergente para a condição de país desenvolvido. É a hora e a vez do Brasil", completou Dilma.
A disposição em abordar várias temas no curto espaço de tempo de um bloco do Jornal Nacional fez com que Dilma fosse muitas vezes interrompida pelos apresentadores William Bonner e Fátima Bernardes. Como já ocorrera no debate da Band na semana passada, foi uma demonstração de que a concisão nas respostas ainda é um problema para Dilma. A candidata, porém, soube sair-se bem dos questionamentos mais duros feitos por Bonner e Fátima.
A exceção foi quando ensaiou um bate-boca com Bonner a respeito de um discurso de Lula. Ele e Fátima Bernardes comentaram que o presidente, numa cerimônia, brincou que vários ministros e parlamentares já haviam se queixado com ele que Dilma os "maltratava". Dilma resolveu desminti-los. "Ele não disse que maltratava, disse que eu era dura", rebateu a candidata do PT. "Candidata, o vídeo é público, está disponível. Mas nós não temos que passar o resto da entrevista discutindo isso".
No começo da entrevista, Bonner lembrou que a opção por Dilma como candidata foi uma escolha pessoal de Lula e que ela não teve antes qualquer outra experiência como candidata. "A senhora se considera preparada?", perguntou o apresentador do Jornal Nacional. Dilma apresentou seu currículo de secretária de Estado no Rio Grande do Sul e ministra das Minas e Energia e da Casa Civil para falar de sua experiência. "Me considero preparada. Tenho experiência. Conheço o Brasil", disse ela.
Em seguida, os apresentadores perguntaram se o fato de Lula aparecer sempre por trás dela não poderia passar ao eleitor a impressão de que ela, no exercício da Presidência, terá o atual presidente como tutor. Dilma deu uma boa resposta: "As pessoas têm que escolher o que acham de mim", disse ela, referindo-se ao fato de que, em alguns momentos, é vista como uma pessoa dura e até pouco educada e em outras como alguém que precisa de tutor, o que indicaria fragilidade. "Não vejo problema nenhum na minha relação com Lula. Ele é um grande líder reconhecido no mundo inteiro".
Sobre o temperamento difícil, Dilma disse que a experiência como ministra da Casa Civil a preparou para o diálogo. "Sou uma pessoa firme. Não vacilo", avaliou-se.
Dilma ainda foi questionada pelo fato de o PT hoje ter como aliados pessoas que criticou durante toda a sua vida antes de ser governo: Fernando Collor, José Sarney, Jader Barbalho. "O PT acertou quando viu que para governar um país com a complexidade do nosso tem que fazer alianças. O governo Lula tinha uma diretriz: focar a questão social. Quem nos apoia aceitando os nossos problemas, a gente aceita do nosso lado", disse ela. Dilma, porém, reconheceu que o PT mudou com a experiência de ser governo.
Tags
Temas
EM RESPOSTA AO SUPREMO
Senado defende regras da Lei do Impeachment para ministros do STF
NA ESPLANADA DOS MINISTÉRIOS
Lula celebra 95 anos do MEC com caminhada e alfineta Bolsonaro
ALEXANDRE PADILHA