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Congresso em Foco
30/11/2009 19:10
Rodolfo Torres
O governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), descartou no final desta tarde a possibilidade de renúncia ou afastamento do cargo. 
Arruda respondeu apenas uma pergunta feita pelos jornalistas. E reiterou na breve resposta a disposição em permanecer no cargo. "Estamos firmes. Isso vai até o fim", disse Arruda.
No primeiro pronunciamento após a operação da Polícia Federal Caixa de Pandora, o governador acusou o secretário de relações institucionais, Durval Barbosa, a quem classificou como "herança maldita do governo anterior". Arruda ainda ressaltou que apresentará a defesa no momento oportuno.
Para o governador, as denúncias se devem à economia que seu governo fez na área de informática. 
"O nosso governo reduziu os gastos de informática em mais de 50% em relação ao governo passado. Em 2006, foram gastos R$ 510 milhões em informática. Em 2009 gastamos R$ 209 milhões, menos da metade, portanto. Isto, estou certo, contrariou a muitos interesses, políticos e empresariais, que agora fica claro são ligados ao denunciante", afirmou.
 
Arruda lembrou que Durval "foi presidente da Codeplan", empresa de informática do governo Joaquim Roriz, seu antecessor imediato. 
Ele também destaca que o vídeo em que aparece recebendo dinheiro "foi conduzido para passar uma versão previamente estudada". "Vamos colaborar com tudo o que for necessário para as investigações do Ministério Público Federal e do Superior Tribunal de Justiça."
 
Confirma a íntegra do comunicado de Arruda
Comunicado
Tendo em vista o que aconteceu nos últimos dias e depois de uma análise preliminar dos documentos disponíveis, julgo importante fazer algumas considerações.
1. Durante oito anos, o denunciante, Durval Barbosa, hoje réu em 32 processos, todos por atos praticados no governo anterior, foi presidente da Codeplan, a empresa de informática do governo Roriz.
2. Os recursos eventualmente recebidos por nós do denunciante para ações sociais, nos anos de 2004, 2005 e 2006, entre os quais o que foi exibido pela TV, foram regularmente registrados ou contabilizados, como o foram todos os demais itens da campanha eleitoral.
3. Na montagem da equipe de governo, o denunciante desejou continuar na equipe de informática. Avisados de que ele respondia, como réu, a processos por condutas praticadas no governo anterior, não concordamos com a sua permanência no mesmo posto, e o mantivemos no governo, em outro setor, meramente burocrático, já que não havia ainda nenhuma condenação.
4. Criamos uma Agência Técnica de Informática. Mais tarde, informados que na nova Agência de Informática ainda havia problemas, extinguimos a agência, demitimos os servidores sob suspeita e descentralizamos todos os serviços (decretos nºs 29.674 e 30.010, em anexo).
5. O nosso governo reduziu os gastos de informática em mais de 50% em relação ao governo passado. Em 2006, foram gastos R$ 510 milhões em informática. Em 2009 gastamos R$ 209 milhões, menos da metade, portanto. Isto, estou certo, contrariou a muitos interesses, políticos e empresariais, que agora fica claro são ligados ao denunciante.
6. Quanto ao diálogo gravado no dia 21 de outubro, fica claro que foi conduzido para passar uma versão previamente estudada. A avaliação preliminar dos nossos advogados me alerta que os supostos "defeitos" ou "aquecimento" ou "resfriamento" do aparelho de gravação, conforme consta nos autos, acabaram por truncar e comprometer o teor e o sentido da conversa, inclusive com a "desconfiguração dos dados armazenados". Os advogados estão estudando essa questão. O denunciante propunha, dias antes do encontro, a realização de pesquisas, conversas para acordos políticos e doações para campanha por empresários amigos dele. Deixamos claro que não aceitaríamos essas doações, pois só cuidaríamos de campanha no próximo ano, e sugerimos apoio às campanhas de deputados da base de apoio ao governo, na forma da lei.
7. Quanto a outras imagens e/ou outros informes inseridos no inquérito relativos a doações que ele teria feito a outros políticos, é preciso que haja uma análise cuidadosa para esclarecer melhor as datas e as responsabilidades.
8. Finalmente, os nossos advogados estão analisando os autos para, no momento próprio, divulgar as nossas posições. Além das investigações internas que determinei, com o apoio da Controladoria, da Procuradoria e da Polícia Civil, vamos colaborar com tudo o que for necessário para as investigações do Ministério Público Federal e do Superior Tribunal de Justiça.
9.Confiamos na Justiça e vamos continuar trabalhando no dia a dia do governo, agora livres dessa herança maldita do governo anterior.
José Roberto Arruda
Governador do Distrito Federal 
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