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Congresso em Foco
9/3/2009 17:18
Um mês após o pedido da bancada do PT na Câmara ao ministro da Justiça, Tarso Genro, os deputados Luiz Couto (PT-PB) e Fernando Ferro (PT-PE) estão sob a proteção de agentes da Polícia Federal. Os dois petistas são alvo de ameaças de morte do crime organizado em seus estados. O número de homens cedidos pelas superintendências da PF da Paraíba, de Pernambuco e de Brasília é mantido em segredo por questões de segurança.
O processo burocrático para a concessão da segurança dos dois deputados começou há um mês, quando Tarso Genro ouviu o apelo de um grupo de 11 deputados petistas para que a Polícia Federal investigasse o assassinato do advogado Manoel Mattos, que denunciava a ação de matadores de aluguel na região. O grupo também pediu proteção aos colegas de bancada.
Morto na Paraíba em janeiro deste ano, Mattos era assessor parlamentar de Fernando Ferro e colaborador da CPI dos Grupos de Extermínio no Nordeste, relatada por Luiz Couto. O colegiado concluiu seus trabalhos em 2005 e pediu o indiciamento de 320 pessoas, entre policiais, promotores, juízes e políticos dos nove estados nordestinos.
Luiz Couto, que também é padre, diz ter recebido inúmeras ameaças de morte. Ele é apontado como o próximo alvo do grupo acusado de ter matado o advogado Manoel Mattos. O deputado paraibano teve a proteção de agentes federais até junho do ano passado, quando foi suspensa por entendimento, entre dirigentes da PF, de que não caberia à instituição zelar pela segurança de parlamentares.
Burocracia
No encontro do dia 4 de fevereiro, o ministro Tarso Genro condicionou a segurança da PF aos petistas ao encaminhamento de um ofício assinado pelo presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP). Como revelou o Congresso em Foco, o documento foi enviado no dia 12 de fevereiro (leia mais).
Recebido oficialmente no dia seguinte pelo então ministro Pedro Abramovay, interino de Tarso (que estava em viagem oficial ao exterior), Abramovay encaminhou o ofício assinado por Temer para a Polícia Federal na segunda-feira 16.
O pedido de proteção aos deputados só foi despachado para a mesa do diretor-geral da PF, Luiz Fernando Corrêa, no último dia 20 de fevereiro. Antes disso, a solicitação teve de passar pelo crivo do coordenador de Defesa Institucional da PF, delegado Carlos Alberto Fazzio Costa, e do diretor-executivo da área, Luiz Pontel. A autorização da proteção foi dada por Corrêa na última quarta-feira (4). (Edson Sardinha)
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