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Congresso em Foco
1/8/2008 | Atualizado às 18:40
Na abertura dos trabalhos do chamado semestre forense, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Carlos Ayres Britto, declarou que as discussões em torno da coação eleitoral no Rio de Janeiro por milícias e narcotraficantes estarão na pauta da corte, na próxima terça-feira (5) – primeira reunião administrativa depois do recesso do Judiciário.
Investigações dos órgãos de segurança pública do Rio revelaram que grupos paramilitares e do tráfico têm coagido eleitores a votar nos candidatos “escolhidos” pela bandidagem, de acordo com a conveniência do crime nas respectivas comunidades. Além disso, os demais candidatos têm sido intimidados e ameaçados durante as atividades de campanha – como visita a favelas e localidades carentes.
O ministro Ayres Britto, que já havia classificado como “bravata” a intimidação dos criminosos – lembrando que o voto é secreto, e a urna de votação, inviolável –, disse que "segundo eles [grupos crimonosos], a urna eletrônica não ofereceria essa transparência (...) e que seria possível saber quem votou em quem, como modo de inibir o voto livre e consciente".
Com a ausência do ministro Eros Grau, a solenidade de abertura do semestre forense contou com a presença do subprocurador-geral da República, Roberto Gurgel, do advogado-geral da União, José Antônio Dias Toffoli, e do corregedor-geral eleitoral, Felix Fischer. Além deles, estiveram no TSE o representante da advocacia, Márcio Silva, e os ministros Joaquim Barbosa (STF) e Ari Pargendler (vice-presidente do TSE), entre outros.
Dança eleitoral
Ontem (31), em cadeia de rádio e TV, Ayres Britto exortou os eleitores a votar com “alegria” e disse que as eleições devem ser encaradas como “festa e dança”. “Chegou a hora de sair da platéia para subir no palco da urna eletrônica”, disse Britto, em discurso coloquial e repleto de metáforas.
Também nesta quinta-feira (31), uma reunião no TSE descartou a convocação imediata da Força Nacional de Segurança para atuar durante o processo eleitoral no Rio. Segundo Ayres Britto, uma força-tarefa de inteligência tentaria resolver o problema da falta segurança para o livre exercício democrático nas urnas.
Nova reunião entre autoridades da Justiça Eleitoral e da Polícia Federal está marcada para o próximo dia 11, desta vez no Rio, para discutir o problema da coação eleitoral em comunidades carentes do estado. Contrário à intervenção das forças federais de segurança, o presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Rio, desembargador Roberto Wider, disse que a Justiça Eleitoral não precisa de tropas nas ruas, mas sim de “inteligência”. (Fábio Góis)
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