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Congresso em Foco
18/7/2008 19:22
Os procuradores da República Anamara Osório Silva e Rodrigo de Grandis solicitaram a instalação, junto ao Ministério Público Federal em São Paulo (MPF-SP), de procedimento administrativo para levar adiante a denúncia do delegado Protógenes Queiroz, responsável pelas investigações da Operação Satiagraha, da Polícia Federal (PF).
Segundo o delegado, sofreram obstrução as investigações que desbarataram um bilionário esquema de movimentações financeiras irregulares, supostamente operadas pelo banqueiro Daniel Dantas, dono do Opportunity, com a ajuda do investidor Naji Nahas e suporte político do ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta.
Segundo comunicado à imprensa veiculada na página da Procuradoria da República do Estado de São Paulo, o “procedimento administrativo de controle externo da atividade policial” foi movido por queixa formal apresentada ontem (17) por Protógenes ao MPF-SP. Na representação, o delegado reclama da falta de recursos materiais e humanos para planejar e executar a investigação.
Perplexidade e reforço
Afastado do comando da Operação, Protógenes alega que sua saída foi imposta pela PF, a despeito do curso de aperfeiçoamento que foi mencionado oficialmente como motivo do afastamento. O presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia Federal do Estado de São Paulo, Amaury Portugal, garante que Protógenes estaria deixando as investigações para se dedicar ao curso – embora haja informações de que ele sofreu pressões internas na PF para deixar o caso.
Segundo Amaury, apesar da importância da Operação Satiagraha, que seria “mais um inquérito”, o curso tem de ser feito pelo Protógenes, uma vez que é considerado “muito importante” no aperfeiçoamento profissional do delegado – que é funcionário de carreira da PF.
O sindicalista diz que deixar um inquérito como esse é “normal” para os delegados – o que não seria normal, segundo ele, é o fato de estar em curso uma verdadeira vendeta entre um delegado e a cúpula da PF. “Os delegados estão perplexos pela indefinição do caso”, adianta Amaury, dizendo que é a primeira vez na PF que há um problema desse tipo, e que delegados têm trocado informações via intranet (rede interna de comunicação) manifestando tal perplexidade.
Segundo Amaury, as investigações da Satiagraha vão ganhar um reforço significativo nos próximos dias. “O inquérito vai pegar fogo”, sentenciou, acrescentando que uma “força-tarefa” da PF designará entre 30 e 50 homens e mulheres, entre técnicos e agentes, para impulsionar os trabalhos. Ele adiantou ainda de novas prisões vão acontecer daqui pra frente. (Fábio Góis e Paulo Franco*)
De São Paulo, especial para o Congresso em Foco.
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