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Congresso em Foco
25/3/2008 | Atualizado às 15:00
O presidente afastado do Conselho Superior da Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec), Antônio Manoel Dias, negou ter cometido qualquer irregularidade no comando da entidade, ligada à Universidade de Brasília (UnB), e acusou o Ministério Público do Distrito Federal de omissão.
Em depoimento à CPI das ONGs, no Senado, Antônio Manoel disse que os procuradores têm sido omissos porque, desde 1999, segundo ele, não analisam a prestação de contas da fundação.
A Finatec é investigada por suspeita de desvio de parte de R$ 13,896 milhões destinados a tratamento de saúde de indígenas de comunidades do DF. Ela também é investigada por destinar R$ 470 mil para compra de mobília e decoração do apartamento funcional então ocupado pelo reitor da UnB, Timothy Mulholland.
O presidente afastado da Finatec afirmou à CPI das ONGs que, de 2001 a 2005, a entidade executou 2,4 mil projetos, dos quais, 20 foram firmados com prefeituras e governos estaduais. Manoel negou que a Finatec tenha subcontratado a empresa Intercorp após assinar convênios com administrações municipais controladas por petistas, conforme noticiado na imprensa.
Ele contestou a informação de que a Finatec investe menos de 1% dos recursos obtidos por meio dos convênios. O Ministério Público alega que a fundação aplica apenas R$ 750 mil dos cerca de R$ 100 milhões que a entidade tem de receita todos os anos.
“No período de 2002 a 2006, a Finatec investiu R$ 86 milhões na UnB. A construção do edifício do Complexo das Artes, no valor de R$ 3 milhões, é um desses investimentos”, disse.
Manoel afirmou, ainda, que o estatuto da UnB prevê que todas as fundações ligadas à universidade, inclusive a Finatec, destinem de 6% a 10% do total arrecadado com os projetos para a universidade. Ele disse que é impossível que a fundação invista em projetos sociais e pesquisas se ela não fizer parcerias com o mercado.
“A fundação começou com patrimônio de R$ 1,2 mil. Como ela poderia investir em projetos sociais? A Finatec precisa captar recursos para investir na pesquisa”, declarou.
Também convocado para depor, o diretor da Editora da UnB, Alexandre Lima, não compareceu à CPI, alegando que se recupera de uma cirurgia para corrigir um “esmagamento de hérnia”. (Tatiana Damasceno)
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