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Congresso em Foco
29/8/2007 | Atualizado às 18:32
O senador Renato Casagrande (PSB-ES), um dos relatores do processo que analisa as acusações de que o presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL), teria usado dinheiro de um lobista para pagar despesas pessoais, disse hoje que o parecer sobre o caso não será apresentado se o Conselho de Ética optar pela votação secreta.
Após sair de uma reunião com a senadora Marisa Serrano (PSDB-MS), outra relatora no processo, e com o corregedor do Senado, Romeu Tuma (DEM-SP), Casagrande afirmou que já preparou um recurso pedindo ao Plenário do Conselho de Ética a abertura da votação, caso o presidente da comissão, senador Leomar Quintanilha (PMDB-TO), opte por fazer a votação secreta.
“Confio que a votação será aberta”, disse Casagrande, garantindo que há pelo menos 11 senadores a favor desta posição.
Na pior das hipóteses, se a votação secreta for inevitável, o senador diz que ele e Marisa Serrano não apresentarão o parecer. O terceiro relator do caso, senador Almeida Lima (PMDB-SE), deve apresentar um parecer próprio pedindo que Renan seja absolvido das acusações.
Entre os senadores há o temor de que a votação secreta possa favorecer Renan Calheiros. O presidente da comissão chegou a pedir um parecer técnico para verificar qual seria o melhor tipo de votação. A resposta foi que o ideal seria a votação secreta.
A conclusão dos técnicos levou o secretário-adjunto da Mesa Diretora Marcos Santi a pedir demissão. Ele disse estranhar o parecer da consultoria legislativa e chegou a afirmar que aquela era uma “interpretação recomendada”.
Hoje Santi se encontrou com o corregedor do Senado e os relatores do caso Renan. Segundo Renato Casagrande, o ex-secretário-adjunto estava mais calmo e prestou um depoimento informal. “A denúncia dele não altera o relatório, mas ajuda a formar convicção de que ‘forças poderosas’ estavam atuando”, disse o relator, esclarecendo que Santi não tinha provas materiais contra Renan Calheiros e nem foi procurado pelo presidente do Congresso.
Críticas
Membro da tropa de choque de Renan Calheiros, o senador Wellington Salgado (PMDB-MG) disse que não é possível que os relatores deixem de externar seus votos, independentemente da decisão do Plenário sobre o caso ser aberta ou secreta. “Isso não existe. Se eles não apresentarem relatório, vamos votar o que?”, questionou.
O senador também defendeu que se o relatório foi apenas descritivo e não conclusivo, ele será “covarde”, “E relatório covarde eu não voto”, garantiu.
Na opinião do peemedebista, o processo contra Renan é o segundo turno da eleição para a presidência do Senado. “Isso é para atingir o governo Lula. Mas a hora da verdade já chegou”, disse, acrescentando que, com a votação, os políticos não poderão mais “aparecer na televisão” para “aparecer” às custas das denúncias contra o presidente do Congresso. (Rodolfo Torres)
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