Oposição quer indiciamento de Lula na CPMI dos Atos Golpistas

Os integrantes da oposição na CPMI dos Atos Golpistas apresentaram um novo voto em separado, ou seja, mais um relatório paralelo. No novo texto, os principais alvos são o presidente Lula e o ministro da Justiça, Flávio Dino. Segundo a oposição, Lula teria cometido os crimes de deterioração de patrimônio público, dano qualificado e prevaricação. Os oposicionistas alegam que houve omissões por parte do governo federal. Para os congressistas do grupo, o presidente foi informado por Dino sobre a chegada de manifestantes em Brasília e o risco de ações contra as sedes dos Poderes. Segundo os deputados e senadores, se o ministro da Justiça comunicou o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), não teria porque Lula não ter sido alertado. "A situação permite o convencimento de que o governo federal - pelo Presidente da República e demais órgãos ligados diretamente a ele, notadamente o GSI e o Ministério da Justiça - atuou com a intenção deliberada de permitir a concretização daqueles atos violentos que vinham sendo anunciados por uma pequena turba de vândalos, numa tentativa clara e mesquinha de obter ganhos eleitorais e criminalizar movimentos populares legítimos e voluntários", diz o relatório paralelo. Acompanhe ao vivo: Além de Lula e Dino, a oposição também pede o indiciamento do general Gonçalves Dias, ex-ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), Saulo Moura da Cunha, ex-diretor-adjunto da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) e de Klepter Rosa Gonçalves e de Paulo José Ferreira de Souza Bezerra, ambos da Polícia Militar do Distrito Federal. Antes da leitura do voto da oposição, a relatora, Eliziane Gama (PSD-MA), propôs o indiciamento de 61 pessoas. Entre elas, Bolsonaro e outros 29 militares. O senador Izalci Lucas (PSDB-DF) também é autor de um voto em separado (relatório paralelo). A tendência, no entanto, é que seja aprovado o relatório de Eliziane, já que a comissão tem maioria governista. Veja a íntegra do relatório de Eliziane Saiba quem são os 61 alvos de pedidos de indiciamento no relatório de Eliziane