Airbus nega mau funcionamento de aeronave da TAM
Congresso em Foco
3/8/2007 | Atualizado às 21:03
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A Airbus, empresa fabricante do avião da TAM que explodiu no último dia 17 de julho no aeroporto em Congonhas, emitiu ontem (2) um comunicado oficial para os operadores de aviões da companhia. No texto, obtido com exclusividade pelo Jornal Nacional, a empresa afirma que os dados das duas caixas-pretas não mostram evidências de mau funcionamento da aeronave.
O documento, intitulado "Telegrama de Informação de Acidente", é do Departamento de Segurança da Airbus e foi após o cruzamento das informações das duas caixas-pretas que estavam no avião. Segundo o texto, a divulgação dos dados foi aprovada pelas autoridades brasileiras (leia mais).
O documento também confirma que o avião podia voar com o reverso direito travado e que um manual de procedimentos de pouso atualizado se encontrava a bordo.
Manetes
Os dados da caixa-preta de voz do Airbus da TAM mostraram que a tripulação lembrou que apenas o reverso do lado esquerdo estava funcionando. Antes de tocar o solo, o manete do motor esquerdo foi para posição idle (marcha lenta). E ficou registrado no equipamento que o manete do motor direito estava na posição climb (aceleração), permanecendo desta formaaté o fim da gravação.
“Se esse procedimento foi de fato escolhido pela tripulação, não é o melhor procedimento para se pousar. No entanto, não há certeza, até este momento das investigações, que este manete de fato tenha estado nessa posição”, afirmou ao telejornal o especialista em segurança de vôo Jorge Barros.
Spoilers
De acordo com documento, com o manete em posição de aceleração, os spoilers (freios aerodinâmicos localizados acima das asas) não abriram e o freio automático, que se localiza nas rodas, não foi ativado. O freio do pedal só foi acionado onze segundos depois de o Airbus tocar o solo. Segundo o documento, o avião percorreu a pista de Congonhas em uma velocidade de cerca de 180 km/h.
A caixa preta de dados e a de voz não mostram evidências de mau funcionamento da aeronave, conclui o texto, assinado pelo vice-presidente de segurança de vôo da empresa.
