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Congresso em Foco
2/8/2007 | Atualizado às 21:12
Os integrantes da CPI da Apagão Aéreo no Senado condenaram hoje (2) a divulgação feita ontem (1º), na comissão de inquérito da Câmara, dos dados da investigação sobre o acidente da TAM ainda em apuração pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa). (leia mais)
O relator da comissão de inquérito do Senado, senador Demóstenes Torres (DEM-GO), considerou que os deputados desrespeitaram as normas internacionais de aviação das quais o Brasil é signatário e declarou que "deveriam perder o mandato" e não apenas sofrer uma censura pública.
A troca de farpas entre as duas comissões do Congresso também chegou ao seu ponto mais alto há um mês. Demóstenes Torres chamou o relator da CPI da Câmara, Marco Maia (PT-RS), de “Pedro Bó”. O deputado Leonardo Quintão (PMDB-MG), resolveu socorrer o colega do PT e disse que Demóstenes era um “Zé Goiaba”. "Precisamos ser muito equilibrados nesse momento em que essas pessoas estão sofrendo muito", disse o vice-presidente da comissão, senador Renato Casagrande (PSB-ES).
No início da sessão, o chefe do Cenipa, brigadeiro Jorge Kersul Filho, também demonstrou toda sua indignação com relação a cobertura da imprensa. "Tudo o que eu falei até agora não tem valor nenhum, porque só falei em hipóteses", disparou o brigadeiro. Segundo o militar, o Cenipa passa por um momento de "descrédito" e já tem recebido reclamações após a divulgação de dados do acidente mediantes ordem judicial desde o desastre com o avião da Gol há mais de dez meses.
O outro lado
Por sua vez, o presidente interino da CPI da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse que a comissão não violou as normas internacionais de aviação citados por Demóstenes, tendo em vista que a CPI tem autonomia e que os diálogos já haviam sido divulgados pela Folha de S. Paulo e parcialmente pela revista Veja.
"Eu não quero entrar em polêmica, mas apenas dizer que a Anac teve os seus diretores aprovados pelo Senado, não pela Câmara. Nem por isso estamos pedindo a renúncia de qualquer senador", disparou o peemedebista. (Lúcio Lambranho)
Conclusões saem em um mês, diz Demóstenes
O relator da CPI do Apagão Aéreo do Senado, Demóstenes Torres (DEM-GO), afirmou que as conclusões sobre a tragédia que matou 199 pessoas em Congonhas ficarão prontas em no máximo um mês. “É uma opinião, mas quinze dias, no máximo um mês...”, disse ele hoje (2), que disse que as informações do Cenipa, da Aeronáutica, ajudarão a comissão a chegar às conclusões.
A CPI terminou de ouvir, na noite de hoje, o presidente da TAM, Marco Antônio Bologna, o presidente da Infraero, brigadeiro José Carlos Pereira, o presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Milton Zuanazzi; e o chefe do Cenipa, brigadeiro Jorge Kersul Filho. Porém, Demóstenes admitiu que a reunião não trouxe nada de novo. Porém, enfatizou a importância do contato pessoal com os principais atores do sistema aéreo e contradições apresentadas.
O relator da comissão destacou o fato de o presidente da TAM ter dito, inicialmente, que avisou a Anac sobre o uso de aviões com o reverso desativado. Depois, Bologna recuou de sua versão.
Corrupção
Demóstenes lembrou que a CPI vai se voltar agora para seu foco, casos de corrupção na Infraero. Semana que vem, ouve 12 procuradores da República de várias partes do Brasil que investigam irregularidades como superfaturamento em obras e fraudes em licitações nos aeroportos de São Paulo, Goiás, Amapá, Bahia e Rio de Janeiro.
Ao sair da reunião, o relator reafirmou suas críticas à divulgação dos dados da caixa preta pela CPI na Câmara. Ao saber das reclamações dos deputados contra a reprovação de Demóstenes, o goiano ironizou: “Não tenho culpa se gamaram em mim”. (Eduardo Militão)
Ex- mulher de Valdemar protesta na CPI do Senado
A ex-mulher do deputado Valdemar Costa Neto (PR-SP), Maria Christina Mendes Caldeira, foi hoje (2) à CPI do Apagão Aéreo do Senado para protestar contra o acidente da TAM no último dia 17. Como uma bandeira do Brasil no colo e com uma camiseta preta em sinal de luta, Maria Christina diz que perdeu dois amigos no acidente da TAM e outro no desastre da mesma companhia aérea em 1997 com o Foker 100. "A manutenção da TAM é um lixo. Vou ajudar as famílias para processar as empresas nos Estados Unidos onde existe Justiça", disparou.
"Eu também fui vítima de um acidente em Congonhas e vim aqui como brasileira para protestar", disse a publicitária e ex-mulher do parlamentar paulista, em referência ao acidente com o jatinho do então presidente do PL, em 2002, também em Congonhas. A aeronave também deslizou na hora do pouso na pista de Congonhas.
Segundo a publicitária, que evitou mesmo com o assédio da imprensa falar no nome do ex-marido, disse que pedirá em conjunto com as famílias das vítimas a construção de um memorial no prédio TAM. "Eu estive lá e vi que tem corpos que nunca serão reconhecidos porque foram incinerados", afirmou. Valdemar Costa Neto renunciou ao mandato em 2005 após ter seu nome envolvido com o escândalo do mensalão. Ele se reelegeu na última eleição.
Prestaram depoimento na CPi do Senado o presidente da TAM, Marco Antonio Bologna; o presidente da Infraero, brigadeiro José Carlos Pereira; o presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Milton Zuanazzi; e o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito. (Lúcio Lambranho)
Leia outras notícias publicadas hoje (2)
Renan encaminha representação contra Gim à AGS
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), encaminhou hoje à Advocacia Geral do Senado (AGS) a representação contra o senador Gim Argello (PTB-DF). Entre outras coisas, o petebista é acusado de intermediar a negociação de um terreno, vendido a aliados do ex-senador Joaquim Roriz (PMDB-DF), e que teria sido valorizado após a aprovação de uma lei distrital.
O negócio do terreno estaria intimamente ligado ao cheque de R$ 2,2 milhões, descontado por Roriz no BRB (Banco de Brasília), em nome de Nenê Constantino, um dos donos
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