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Congresso em Foco
25/7/2007 | Atualizado às 20:29h
O vice-presidente da TAM, Rui Amparo, garantiu à CPI do Apagão Aéreo que a empresa fez a correta manutenção do Airbus 320 que explodiu semana passada, matando 200 pessoas aproximadamente. No depoimento, que ainda prossegue, ele afirmou aos deputados que a inutilização do reverso – equipamento auxiliar de frenagem – não contribuiu para o acidente, no qual o avião não conseguiu parar após pousar no aeroporto de Congonhas (SP).
"A operação da TAM é extremamente segura. Esse avião estava absolutamente seguro quanto às condições de vôo", defendeu Amparo. Ele afirmou que até se o outro reverso estivesse fechado, haveria segurança para pouso. Ampara disse que, embora a empresa tenha hipóteses para as causas do acidente, prefere não comentá-las. "Olhamos pelo lado da manutenção. A aeronave estava perfeita."
O deputado Vic Pires (DEM-PA) perguntou se Amparo teria coragem de colocar seus filhos naquele avião. O vice-presidente da empresa afirmou que faz, junto com os três filhos pequenos, viagens regulares entre São Paulo e o interior do estado. "Eu tenho total confiança na manutenção."
Amparo contou que o funcionário da Anac que homologou a entrada em operação do Airbus 320 – comprado pela TAM em dezembro do ano passado de uma empresa de leasing em Xangai – foi o gerente de Fiscalização e Prognóstico, Jonas Pereira Santana. Ele assinou a vistoria no avião, segundo documento lido pelo vice-presidente aos deputados. (Eduardo Militão)
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Renan vendeu a empresas fantasmas, dizem técnicos
Os técnicos do Conselho de Ética do Senado que estiveram em Alagoas constataram que pelo menos duas das empresas que compraram gado do presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), não existem.
Segundo reportagem exibida no Jornal da Globo, os técnicos concluíram que a GF da Silva Costa e a Carnal - Carnes de Alagoas são fantasmas. Apesar disso, elas constam como clientes de Renan nos recibos entregues pela defesa do senador ao conselho.
Renan é acusado de aceitar que o lobista Cláudio Gontijo, da empreiteira Mendes Júnior, pagasse a pensão de sua filha com a jornalista Mônica Veloso. Para comprovar que o dinheiro lhe pertencia, o senador apresentou comprovantes de venda de gado que lhe teriam garantido um rendimento de R$ 1,9 milhão nos últimos quatro anos.
Com a confirmação dos técnicos, um dos relatores da representação contra Renan, o senador Renato Casagrande (PSB-ES), admite a possibilidade de o conselho pedir ao Plenário do Senado que quebre o sigilo destas empresas.
"Essa constatação de empresa fantasma comprando gado em Alagoas é um trabalho que a própria Secretaria da Fazenda do Estado de Alagoas deve tomar providência para verificar quem são os responsáveis pela utilização dessas empresas", disse.
Já Renan afirma não ter qualquer envolvimento, além da atuação como fornecedor, com a GF e a Carnal. "Estamos pedindo que as empresas que compraram as carnes sejam investigadas", declarou. Segundo ele, os cheques recebidos como pagamento pelo gado foram descontados normalmente.
Em Alagoas, os técnicos pediram a quatro empresas e cinco pessoas que aparecem como clientes de Renan nos recibos colaborem com a investigação apresentando notas fiscais que comprovem os negócios com senador. Até agora, apenas o deputado Olavo Calheiros (PMDB-AL) entregou os comprovantes.
Invasão
Cerca de 400 famílias invadiram ontem uma das fazendas de Olavo em Murici (AL). A invasão faz parte das manifestações programadas para celebrar o Dia do Trabalhador Rural, comemorado hoje.
A ocupação foi coordenada pelo Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST), a Comissão Pastoral da Terra (CPT), o Movimento de Libertação dos Sem-Terra (MLST) e o Movimento Terra Trabalho Liberdade (MTL).
Segundo disse o coordenador da CPT em Alagoas, Carlos Lima, ao jornal O Estado de S. Paulo, o objetivo é protestar contra a grilagem de terras, a miséria, a injustiça e o abuso de poder por parte de oligarquias políticas.
"Murici ganhou fama de ter o gado mais produtivo do país, o gado do senador Renan Calheiros, enquanto a grande maioria do povo passa fome. Políticos como os irmãos Calheiros impedem a efetivação da reforma agrária, porque são contra a distribuição de terra e de renda para mais de 12 mil famílias acampadas", explicou.
Na terça-feira passada, o Conselho de Ética do Senado decidiu submeter a documentação à perícia da Polícia Federal. Após inúmeros atrasos na entrega dos papéis à PF, hoje os peritos devem começar a trabalhar. Em junho, uma análise preliminar do material mostrou um série de "inconsistências". (Carol Ferrare)
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