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Nos jornais: arrocho atinge até concursos

Congresso em Foco

10/2/2011 7:22

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Correio Braziliense

Arrocho atinge até concursos

O governo adotou um duplo discurso de austeridade fiscal. Anunciou ontem um corte recorde de R$ 50 bilhões no Orçamento 2011, implicando num sacrifício que atingirá os Três Poderes e todos os ministérios. Suspendeu as convocações de aprovados em concursos públicos e as seleções previstas para este ano. Proibiu a compra de automóveis e imóveis. Impôs um teto para gastos com passagens e diárias. Congelou a maior parte do dinheiro de emendas de deputados e senadores. Mas está disposto a aumentar o salário de cerca de 22 mil funcionários comissionados ? os DAS. A titular do Planejamento, Miriam Belchior, solicitou um diagnóstico aos outros ministros sobre a necessidade de preenchimento de vagas e a realização de seleções para novas contratações. ?Pedi um levantamento completo da situação de todos os concursos para avaliar caso a caso. Em princípio, as chamadas estão suspensas?, explicou a ministra. ?Novas contratações serão olhadas com lupa?, emendou. O Correio antecipou, na terça-feira, a suspensão das seleções públicas e as convocações. Apesar do firme discurso contra a gastança, a ministra lembrou que os cargos de confiança, ocupados por pessoas afinadas politicamente com o governo, não têm os salários reajustados desde 2007. Segundo ela, ainda não há proposta de reduzir o número de comissionados na Esplanada. ?Os salários dos DAS estão congelados desde 2007. Não temos decisão sobre o realinhamento dos salários. Apesar de que, do meu ponto de vista, seja justo um realinhamento?, afirmou Miriam. Os vencimentos desse quadro variam de R$ 2.115,72 a R$ 11.179,36.

Aliados e oposição insatisfeitos

Líderes petistas terão trabalho para acalmar a revolta de parlamentares da base após o anúncio dos cortes que levarão ao contigenciamento de 80% das emendas parlamentares. Às vésperas do envio do projeto de lei que estabelecerá em R$ 545 o salário mínimo ? valor ainda questionado por aliados e pela oposição ?, os líderes governistas terão que convencer os colegas a apoiar o Planalto, apesar da redução nos recursos do Legislativo. O corte nas emendas era esperado, mas o contingenciamento de mais de 80% ? R$ 18 bilhões dos R$ 21 previstos para 2011 ? surpreendeu até mesmo os líderes das Casas e foi considerado o fim dos recursos que os parlamentares encaminham para as bases eleitorais.

Mensalão na festa do PT

Em seu aniversário de 31 anos, o PT se prepara para tentar resgatar os deputados que terminaram sugados pelo escândalo do mensalão. O primeiro movimento nesse sentido será a indicação do ex-presidente da Câmara e deputado João Paulo Cunha (PT-SP) para presidir a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa. Internamente, o gesto vem sendo colocado como a ?redenção? do parlamentar, que, em 2005, foi acusado de receber R$ 50 mil da agência SMPB, do empresário Marcos Valério. O retorno de João Paulo Cunha à ribalta é considerado crucial para os projetos do PT de, aos poucos, conseguir reduzir essa mancha na sua história. O objetivo do partido é, aos poucos, tentar mudar a imagem no que se refere ao mensalão. Em uma de suas últimas entrevistas, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que o PT deveria enfrentar esse tema e mostrar que não houve o pagamento de mesada ou de vantagens para que seus deputados votassem a favor do governo. Para alguns petistas, Lula, com aquele gesto, estimulou seus correligionários a trabalhar no sentido de convencer o eleitorado de que não houve o mensalão.

Com recomendação de peso

A emenda parlamentar com maior valor entre as três aprovadas para a Federação Interestadual dos Mototaxistas e Motoboys Autônomos (Fenamoto) foi recomendada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). É o que afirma o deputado Hugo Leal (PSC-RJ), autor da emenda de R$ 2,5 milhões destinada, no ano passado, à entidade, com o objetivo de capacitação de mototaxistas. ?Pedi algumas indicações de quem poderia dar treinamentos e o Ministério do Trabalho me deu a dessa entidade. Daí, propus a emenda?, diz o deputado. A Fenamoto tem um convênio de R$ 1,5 milhão com o MTE para capacitar motoboys no Distrito Federal (DF), mas os cursos são irregulares, como o Correio revelou ontem. O presidente da federação, Robson Alves Paulino, é aliado político do ministro do Trabalho, Carlos Lupi. Ambos integram o PDT. Outra entidade ligada a Robson, o Sindimoto de Goiás, recebeu mais R$ 4,96 milhões para capacitar motofretistas. O número de vagas ? 6,6 mil ? foi bem superior à procura e o convênio precisou ser prorrogado.

Bola fora nas obras da Copa

O primeiro relatório consolidado das ações para a Copa do Mundo de 2014, elaborado pelo Tribunal de Contas da União (TCU), aponta atraso no início de obras, estouro significativo em orçamentos, falta de transparência nos atos do governo e irregularidades graves nos projetos. Diante dessas evidências, o TCU concluiu que são grandes os riscos de aditivos contratuais, sobrepreço, contratos emergenciais e aportes desnecessários de recursos federais, a exemplo das obras do Panamericano de 2007. O orçamento previsto é de R$ 23 bilhões. As fontes de informações foram os tribunais de contas dos estados e do Distrito Federal, o Ministério Público e as secretarias de Controle Externo do TCU nos estados.

União contra os R$ 545

A oposição e o PDT costuram um acordo para tentar aprovar o novo salário mínimo em R$ 560, com R$ 15 de adiantamento do reajuste previsto para o ano que vem. A estratégia traçada inclui atrair deputados e senadores insatisfeitos com os cortes no Orçamento anunciados ontem pelo governo. Nos últimos dias, o Palácio do Planalto tem sofrido pressões até de aliados para ampliar o valor defendido pela equipe econômica, que é de R$ 545. Até o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu entrou no circuito de negociações. Ontem, a presidente ainda recebeu o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, e jantou com o antecessor Lula. No cardápio, o novo valor do mínimo.

O Globo

Governo corta R$ 50 bi e Mantega diz que 'vai doer'

Em sua primeira medida de impacto, o governo Dilma promete arrocho fiscal: um corte de R$ 50 bilhões no Orçamento deste ano, anunciado pelos ministros Guido Mantega (Fazenda) e Miriam Belchior (planejamento). O ajuste será principalmente em despesas de custeio e emendas parlamentares. "Não vai ser sem dor", avisou Mantega, dizendo que os cortes são necessários para garantir expansão de investimentos e queda de juros. Estão suspensos concursos e nomeações. Investimentos do PAC não serão afetados. Mantega disse que as negociações sobre o mínimo estão encerradas nos R$ 545. Em SP, Geraldo Alckmin (PSDB) anunciou mínimo regional de R$ 600 a R$ 630 - promessa da campanha tucana. Com o consumidor pagando juros mais altos, a inadimplência é a maior desde 2002.

Aplausos às medidas, mas descrédito com a gestão

Especialistas em finanças públicas comemoraram o anúncio do governo de cortar R$50 bilhões do Orçamento de 2011, por considerarem que o setor público federal está fazendo sua parte para conter a pressão inflacionária: ao inibir seus gastos, reduz a demanda interna. Porém, expressaram algum ceticismo quanto à capacidade gerencial na execução dos cortes de custeio e quanto aos efeitos práticos na alta de preços, que segue a tendência mundial de encarecimento dos alimentos. Para o professor de finanças públicas da FGV Ernesto Lozardo, o valor anunciado equivale a cerca de 6,5% do Orçamento, o que é um valor "expressivo".

Com medidas, Dilma aperta o cinto que Lula ajudou a afrouxar

A primeira medida de impacto do governo Dilma Rousseff - a promessa de reduzir gastos - acontece depois de dois anos em que as despesas do Orçamento cresceram fortemente. No governo Lula, o crescimento dos gastos se deu respaldado pelo argumento oficial de que era preciso combater a crise global com estímulos ao crescimento da economia. Entre 2003 e 2010, houve um crescimento de gastos equivalente a 3,3 % do Produto Interno Bruto (PIB). As despesas pularam de 15,1% para 18,4% do produto, sendo que nos dois últimos anos o aumento foi de 1,8% do PIB. Esse crescimento de gastos se deu especialmente em 2010, ano em que o então presidente lançou Dilma como candidata. A crise já superada estimulou o aquecimento excessivo da economia em 2010 e o retorno da inflação, deixando como herança para o governo Dilma a premência de um esforço fiscal mais acentuado.

Suspensão de concursos preocupa

A notícia de que o governo suspenderá as nomeações para o serviço público de aprovados em concursos federais e de que não permitirá novas seleções este ano foi recebida com preocupação pelo setor. A informação atinge em cheio quem se preparava para concursos como os da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, INSS, Banco Central e ministérios da Fazenda, da Educação, da Saúde e do Planejamento. Considerada a proposta orçamentária para este ano, a previsão era de que seriam abertas cerca de 40 mil vagas nos órgãos públicos federais. Para a diretora-executiva da Associação Nacional de Proteção e Apoio aos Concursados (Anpac), Maria Thereza Sombra, há concursos previstos que ela considera de segurança nacional e que não podem deixar de acontecer:

- A ministra deveria rever sua posição, caso a contenção de gastos com concursos seja realmente certa.

Mantega: debate sobre valor do mínimo acabou

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, subiu o tom ontem e foi duro ao declarar que o aumento do salário mínimo para um valor acima de R$545 não está mais em negociação. Ele deixou claro que, daqui para frente, o governo se dispõe a discutir com as centrais sindicais apenas uma política de valorização do mínimo em troca da correção da tabela do Imposto de Renda (IR) da Pessoa Física. O Planalto deve enviar hoje ou amanhã ao Congresso a nova proposta de mínimo em R$545 para ser votada até semana que vem. Com atuação também do ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, o Planalto manteve o tom junto à base aliada e avisou que só negociará a correção da tabela do Imposto de Renda depois de aprovado o mínimo de R$545.

PMDB garante apoio a novo valor do salário

O líder do PDMB, deputado Henrique Eduardo Alves (RN), reiterou que o partido está com o governo e vai votar os R$545 propostos para o mínimo. Já o líder do PT, deputado Paulo Teixeira (SP), disse que não haverá divergências dentro do PT, que o partido está "fechado". Sindicalistas fizeram ontem uma reunião para decidir qual tática a ser adotada visando ganhar tempo no Plenário com manobras regimentais. A esperança, inclusive da CUT, é que um valor como R$560 sensibilize parlamentares até do PT.

Centrais farão protesto no Congresso

 As seis centrais sindicais pretendem juntas realizar um protesto na próxima terça no Congresso para combater, no voto, a iniciativa do governo federal de fixar o salário mínimo em R$545, sem aumento real. Sindicalistas apostam em algum grau de traição dos parlamentares da base aliada que estão insatisfeitos. Para isso, esperam conquistar votos de deputados frustrados com o corte de emendas e aqueles que não esperam ser contemplados na distribuição de cargos do Executivo.

No Congresso, oposição critica corte; para aliados, foi contingenciamento

O pacote de enxugamento de gastos e o corte de R$50 bilhões no Orçamento da União deste ano, anunciados ontem pelo governo, provocaram reações diversas no Congresso. Para a oposição, o corte ocorre para conter a gastança desenfreada do governo Lula no ano eleitoral. Os governistas prefeririam chamar de contingenciamento e reforçar a esperança de que parte dos recursos seja liberada ao longo deste ano.

A volta a Brasília, agora como ex

 Após o desembarque do cargo mais importante da nação, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez ontem sua estreia como cliente de um voo comercial. Os oito anos de tratamento VIP, viajando a bordo do Aerolula e da frota da Força Aérea Brasileira (FAB), ficaram para trás às 14h52m, quando ele entrou num Boeing da Gol, que partiu de Congonhas (SP) rumo a Brasília. Em uma hora e meia de voo, foi tratado como popstar pela tripulação e pelos demais passageiros. A experiência foi menos real do que para a maioria dos brasileiros, acostumados com os aeroportos apinhados de gente e filas. Embora não tenha merecido qualquer regalia dentro do avião, Lula não teve de fazer check-in. Pôde embarcar primeiro, junto com a ex-primeira-dama Marisa Letícia e a assessora Clara Ant, a partir de um ambiente reservado - esse tratamento é dado a todos os ex-presidentes.

PT prepara defesa de legado de Lula

Incomodado com a frequente comparação entre o início do governo Dilma Rousseff e o governo Lula, o Diretório Nacional do PT deve aprovar hoje uma resolução para que o partido defenda o legado do governo Lula. O texto deve alertar para a tentativa de "desvalorizar" o significado histórico da gestão do ex-presidente e de "apequenar" a imagem dele como líder político mundial. A resolução vai anteceder o esperado discurso de Lula na sua volta à presidência de honra do PT, durante ato político pelos 31 anos da sigla. O PT deve declarar na resolução uma defesa incondicional do governo. A expectativa é que, além de Lula, Dilma participe do evento. Mas, segundo assessores do Palácio do Planalto, ela só deve comparecer depois das 18h, após o fim do expediente.

Ex-vice-presidente José Alencar volta a ser internado em estado grave

O ex-vice-presidente José Alencar, de 79 anos, voltou a ser internado ontem à tarde no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, com uma infecção causada por perfuração no intestino. Ele está na UTI, em estado considerado grave, mas estável. Boletim médico divulgado à noite diz que Alencar, que sofre de câncer no intestino, deu entrada no hospital às 14 horas, com quadro de peritonite, inflamação da membrana que reveste todos os órgãos intra-abdominais. A perfuração do intestino, causada pelos tumores malignos, provocou a infecção. Até ontem à noite, o vice-presidente passava por exames para descobrir a origem da perfuração e qual será o tratamento a ser seguido pelos médicos. Ele está consciente, segundo o boletim, e sendo submetido a forte tratamento com antibióticos. O médico Raul Cutait, cirurgião do aparelho digestivo, disse que o estado de saúde é grave, porém não é possível fazer uma cirurgia porque a região do abdome afetada já sofreu muitas intervenções.

SUS: falta de médicos é o principal problema

A falta de médicos é o principal problema do Sistema Único de Saúde (SUS), na opinião de 58,1% dos brasileiros. É o que revela levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). A demora para receber atendimento em hospitais, postos e centros de saúde ficou em segundo lugar, citada por 35,4% dos entrevistados. Logo atrás, com 33,8%, está a espera para consultas com especialistas. A pesquisa mostra que a população se divide ao avaliar a qualidade do SUS. Para 28,9% dos entrevistados, os serviços de saúde são muito bons ou bons. Outros 28,5% classificaram os serviços do SUS como ruins ou muito ruins. A maior parte dos entrevistados (42,6%) assinalou a opção regular.

Após sabatina, Senado aprova Fux para o STF

 Por 68 votos a dois, o plenário do Senado aprovou ontem a nomeação do ministro Luiz Fux para o Supremo Tribunal Federal (STF). Antes, ele foi submetido a quatro horas de sabatina na Comissão de Constituição e Justiça, onde foi aprovado por todos os 23 integrantes. Fux defendeu o julgamento rápido de casos de grande repercussão, como o processo do mensalão, que investiga o pagamento de propina por parte do governo Lula a parlamentares. Segundo Fux, as leis brasileiras dão margem para que crimes prescrevam antes do julgamento:

- É possível priorizar casos que efetivamente são emblemáticos e que podem dar respostas mais ágeis à sociedade. Isso não criaria desigualdade, porque há o interesse público. O Conselho Nacional de Justiça já expediu um regramento no sentido de pleitear que esses processos emblemáticos sejam priorizados.

Folha de S. Paulo

Temor da inflação faz Governo cortar R$ 50 bi

Pressionado pela piora das expectativas para a inflação, o governo reduziu a previsão de crescimento econômico e precipitou o anúncio de um bloqueio recorde de gastos de R$ 50 bilhões, mesmo sem ter concluído estudos sobre que setores e programas serão atingidos. No entanto, o ajuste -ou a "consolidação fiscal", eufemismo inaugurado pelo ministro Guido Mantega (Fazenda)- anunciado ontem é insuficiente para atingir a meta de superavit primário, ou seja, da parcela da receita destinada ao abatimento da dívida pública. Análise dos poucos dados e projeções divulgadas pelo governo mostra que o corte produziria neste ano superavit equivalente a 2,9% do Produto Interno Bruto, abaixo da meta de 3,1% -descumprida desde 2009.

Bloqueio pode afetar votação do mínimo, dizem líderes

Líderes da base governista e da oposição avaliam que o corte de R$ 50 bilhões no Orçamento pode atrapalhar o governo na votação do salário mínimo no Congresso. Deputados reclamam principalmente do bloqueio previsto de R$ 18 bilhões, de um total de R$ 21 bilhões, das emendas apresentadas. O congelamento das emendas não foi anunciado oficialmente ontem pelo governo, mas é tido como certo pelos principais líderes. "Vamos ter que trabalhar para ver como os investimentos vão chegar aos municípios. É claro que afeta no mínimo, pois o Parlamento fica insatisfeito", disse o líder do PR, Lincoln Portela (MG).

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Mantega condiciona correção de IR a mínimo de R$ 545

O ministro Guido Mantega (Fazenda) condicionou ontem a correção da tabela do Imposto de Renda, reivindicação das centrais sindicais, à permanência do salário mínimo de R$ 545, que enfrenta resistência no Congresso. Nos cálculos da Fazenda, a correção em 4,5% significaria uma perda de receita de R$ 2,2 bilhões, que teria de ser compensada por novos cortes no Orçamento. Sem correção, a tabela gera ganho de arrecadação, porque contribuintes que tiveram ganhos corrigidos pela inflação passam a pagar alíquotas mais altas de IR. Pelo raciocínio de Mantega, não há como arcar simultaneamente com a perda de arrecadação e os custos de um salário mínimo maior. Cada R$ 5 adicionados ao mínimos significam gastos de R$ 1,4 bilhão ao governo.

Lula é tietado em sua volta aos voos comerciais

O embarque do voo 1206, que saiu de São Paulo para Brasília, começou sete minutos depois do previsto. O responsável pelo atraso foi o ex-presidente Lula, que ontem à tarde causou rebuliço em seu primeiro voo comercial desde que deixou o cargo. Lula foi tietado pelos funcionários da companhia aérea e por passageiros do voo, acompanhado pela Folha.
Posou para mais de 30 fotos e autografou dezenas de bilhetes. Do corredor que leva à aeronave, um Boeing 737-800, já se viam flashes pipocando na cabine. Ao comentar a receptividade dos passageiros, Lula disse que os políticos precisam sair mais às ruas. "O grande erro da classe política é que, quando a situação é adversa, ela tem medo do povo e se esconde." O ex-presidente chegou ao aeroporto de Congonhas pela Base Aérea e foi de van até a pista de decolagem. Ele não passou pela sala de embarque -única regalia da qual desfrutou na viagem.

Dividido, PT faz 31 anos com dívida milionária

O PT festeja hoje 31 anos de vida com uma dívida milionária em caixa e enredado em disputas internas e com o PMDB, além da dura tarefa de dar suporte a medidas impopulares do Executivo para aprofundar o esforço fiscal. O PT herdou uma alta conta para pagar: R$ 26,7 milhões da campanha de Dilma, que se soma à dívida da legenda -o último dado oficial é de R$ 24,9 milhões em dezembro de 2009. O partido não diz quanto já pagou. Lula volta à capital 39 dias após ter passado a faixa presidencial a Dilma Rousseff. Encontrará um partido dividido na Câmara entre os aliados do presidente da Casa, Marco Maia, e o líder do governo, Cândido Vaccarezza.

De olho no comando do PSDB, Serra critica "fogo amigo"

Cotado para disputar a presidência do PSDB, José Serra (SP) defendeu ontem no Congresso o fim do "fogo amigo" dentro do partido. O ex-presidenciável disse que os tucanos devem adotar um novo mandamento: não atacar o companheiro de sigla. A fala fez referência à disputa interna de poder travada entre seu grupo e o do senador Aécio Neves (PSDB-MG).

Por cargo em SP, deputado prorroga posse em Brasília

A Câmara dos Deputados funciona desde o dia 1º com um parlamentar a menos. O deputado federal eleito Carlinhos Almeida (PT-SP) pediu prorrogação de sua posse por 30 dias. Carlinhos é deputado estadual e primeiro-secretário da Assembleia de São Paulo, onde a atual legislatura será encerrada em 15 de março. A Folha apurou que ele pediu a prorrogação por temer que o deputado Feliciano Filho (PV) assumisse a primeira secretaria. Segundo parlamentares, Feliciano, que é suplente do cargo, disse, em conversas reservadas, que pretendia mexer em cargos de confiança subordinados à secretaria. Ao todo, são 62 postos.

Juízes federais ameaçam greve por salário

Juízes federais devem decidir em assembleia, no dia 24 de março, se fazem greve pela revisão de salários. Eles também reivindicam os mesmos direitos e garantias concedidos ao Ministério Público e à Advocacia-Geral da União, simetria que já foi reconhecida pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça). "Desde 2005, só tivemos uma reposição inflacionária, em 2009, de 8,88%", afirma Gabriel Wedy, presidente da Ajufe (Associação dos Juízes Federais do Brasil).

O Estado de S. Paulo

Emendas parlamentares são alvo central do corte de R$ 50 bilhões do Orçamento

Em meio a uma tensa negociação com sua base no Congresso para garantir a aprovação do salário mínimo de R$ 545, o governo anunciou nesta quarta-feira, 9, um corte de R$ 50 bilhões em suas despesas que será cumprido, em boa parte, por emendas de parlamentares ao Orçamento de 2011. Dos R$ 21 bilhões incluídos pelo Legislativo na programação de gastos deste ano, R$ 18 bilhões, cerca de 86%, deverão ser decepados, segundo informou fonte do Palácio do Planalto. Enquanto os parlamentares ficarão com seus projetos dormindo nas gavetas dos ministérios, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) sairá ileso do aperto. Ele não será reduzido, nem terá projetos adiados, afirmou ontem a ministra do Planejamento, Miriam Belchior. Ela, porém, não confirmou a magnitude dos cortes nas emendas.

PDT segue como o ?rebelde? da coalizão de 17 partidos

Dos 17 partidos que formam a base do governo na Câmara, a presidente Dilma Rousseff só não conseguiu enquadrar o PDT na defesa do salário mínimo de R$ 545, concluíram nesta quarta-feira, 9, os líderes governistas. A proposta com o novo valor do mínimo deverá ser enviada entre quinta e sexta-feira ao Congresso. De acordo com o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), a intenção é votar o projeto de lei com R$ 545 na semana que vem, na Câmara e no Senado. "Temos pressa, porque o salário mínimo envolve milhões de trabalhadores. Se ficar essa confusão, milhares de ações com pedido de efeito retroativo a janeiro serão protocoladas na Justiça", disse Vaccarezza. Hoje o mínimo é de R$ 540.

Aos 31, PT encara distância de Dilma

Depois de 31 anos de predomínio total do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em qualquer assunto que se referisse ao PT, os militantes do partido começam agora a perceber que vivem uma realidade diferente com a presidente Dilma Rousseff. Ao contrário de Lula, que tinha uma relação de amizade e de informalidade com os petistas próximos, com Dilma o tratamento é quase protocolar. Ambos são aguardados hoje na festa pelo aniversário dos 31 anos do partido, em Brasília. De acordo com informação de auxiliares da presidente, ela procura não fazer distinção entre um ministro petista e um de outro partido e procura se ater mais aos objetivos traçados para as pastas do que se inteirar das últimas "fofocas" partidárias.

Cortes surpreendem o PT, e Dirceu faz críticas

Surpreendido com o tamanho do ajuste fiscal do governo Dilma Rousseff, na casa dos R$ 50 bilhões, o PT promove nesta quinta-feira, 10, um ato político para comemorar seus 31 anos disposto a fazer um "contraponto" à agenda negativa. Apesar das críticas internas ao corte, a ideia é defender o "legado" do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva - que será homenageado -, bater na tecla da empacada reforma política e culpar a mídia por tentar "criar" divergências entre o ex-presidente e Dilma. Embora a resolução a ser aprovada hoje pelo Diretório Nacional do PT não ataque a tesourada no Orçamento nem passe perto da polêmica do salário mínimo de R$ 545, dirigentes da corrente Construindo um Novo Brasil (CNB), reunidos ontem, em Brasília, não pouparam críticas à equipe econômica. A portas fechadas, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu foi um dos mais enfáticos nas estocadas contra o ajuste fiscal. Disse que o governo deveria cortar apenas gastos em custeio. Não foi só: insistiu em que o PT não pode ficar refém da agenda traçada "pela oposição e pela mídia".

Rumo à base governista,Kassab atrai o PC do B

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), vai entregar ao PC do B, aliado histórico do PT, a tarefa de organizar a Copa de 2014 na capital. No mesmo movimento, Kassab vai abrir espaço para acomodar mais duas legendas - PR e PDT -, ampliando não só sua base de governo como agregando possíveis aliados para as eleições de 2012 e 2014. O movimento ocorre justamente enquanto Kassab estuda convites para trocar o DEM pelo PMDB ou pelo PSB, siglas aliadas do governo Dilma Rousseff.

Por não votar, 1,5 milhão de eleitores estão irregulares

Quase 1,5 milhão de eleitores brasileiros poderão perder seus títulos se não procurarem um cartório da Justiça Eleitoral para regularizá-lo até 14 de abril. O levantamento feito pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) depois das eleições de 2010 mostra que 1.472.174 cidadãos não votaram nem justificaram ausência nas três últimas eleições. Nos pleitos em que houve segundo turno, cada etapa da votação é considerada como uma falta. É um número relativamente alto, mas inferior aos 1.640.317 títulos cancelados pelo TSE em 2007. Em 2009, foram retirados do cadastro geral de eleitores 569.899 títulos. A regularização é simples - o site do TSE traz as instruções.

Ministros apelam por manutenção do Fundo Partidário

Preocupados com os estragos que os cortes no orçamento dos ministérios e nas emendas parlamentares produzirão no Congresso, os ministros da Casa Civil, Antonio Palocci, e da Secretaria de Relações Institucionais, Luiz Sérgio, ambos petistas, convenceram a presidente Dilma Rousseff e a área econômica de que seria "importante" manter o acréscimo acertado de R$ 100 milhões do Fundo Partidário.  Os ministros explicaram a Dilma, numa reunião que se estendeu até a madrugada de ontem, que a manutenção do aumento do fundo foi fruto de acordo com partidos da base e da oposição, que estavam enfrentando graves problemas de verbas por causa dos gastos com as eleições. Dilma estava sensível ao apelo, afinal, eram R$ 100 milhões que atenderiam a todos e reduziriam o impacto dos demais cortes.

 

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