Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
Congresso em Foco
23/6/2009 18:59
Mário Coelho
A comissão especial formada pela Mesa Diretora do Senado para apurar a existência dos atos secretos recomendou, nesta terça-feira (23), a instalação de uma sindicância para apurar o caso. De acordo com o relatório assinado por três servidores da Casa, o uso indiscriminado de boletins suplementares e os demais documentos e fatos examinados "constituem indícios de que tenha havido deliberada falta de publicidade dos atos". A comissão apontou também a exisência de 663 atos baixados e não publicados.
Confira a íntegra do relatório
No início dos trabalhos, a comissão solicitou ao Prodasen um levantamento no banco de dados mantido naquele órgão, contendo todos os boletins, regulamentares e suplementres, publicados a partir de 1995 até 12 de junho de 2009. Foram encontrados 312 boletins suplementares, com data de edição anterior a 1º de fevereiro de 2009, publicados após essa data, contendo, ao todo, 663 atos. Além desses, a comissão encontrou 118 boletins regulamentares com data de edição anterior a 1º de fevereiro de 2009.
A comissão aponta que o mérito dos atos não era objeto de análise. Ressalta ainda que não havia tempo hábil para "o exame individual de cada ato". De acordo com o relatório final, a ausência de publicação pode ter sido originada de simples falha humana, erros operacionais, deficiências na tramitação e na publicação dos atos. Entretanto, por conta do volume de atos não publicados, os servidores decidiram recomendar a instalação imediata de uma sindicância que possa apontar os culpados no caso.
No relatório, os servidores Doris Marize Romariz Peixoto, Fábio Gondim Pereira da Costa e Ralph Campos Siqueira apontam de maneira indireta o ex-diretor geral do Senado, Agaciel Maia, como responsável pelos atos secretos. "A partir de agosto de 1996, o BAP continuou a ser editado pela Subsecretaria de Administração de Pessoal, mas sob responsabilidade do diretor-geral; daí por que, desde então, todos os atos para serem publicados pela Secretaria de Recursos Humanos, necessitam da autorização para publicação da Diretoria-Geral", afirmam.
Recomendações
Os servidores fazem uma série de recomendações. Eles pedem a edição de uma norma administrativa que o Boletim Administrativo Eletrônico de Pessoal seja oficializado e colocado na rede interna do Senado. Nele, devem constar a publicação de atos e fatos relacionados à administração de pessoal de todos os órgãos que integram a Casa. Recomendam também que todos os atos precisam ser publicados em até 30 dias após a data de assinatura. O relatório da comissão requer a proibição de boletins com datas retroativas ou a geração sem publicação.
No texto do relatório, os servidores sugerem que todas as resoluções, atos da Mesa Diretora, da presidência e da primeira-secretaria que tratem de matéria de pessoal sejam publicados no Diário do Senado Federal e no Boletim Administrativo Eletrônico de Pessoal. A publicidade e a produção dos atos só acontecerá com a publicação no boletim administrativo.
A comissão recomenda também a obrigatoriedade de emissão do relatório mensal entre os relatórios gerados e os divulgados. Outra recomendação é que, para ser publicado, o boletim precisa ter data, nome e assinatura da autoridade responsável.
Temas
LEIA MAIS
SEGURANÇA PESSOAL
Senador Eduardo Girão propõe liberar uso de tasers por civis no Brasil
RELAÇÕES EXTERIORES
Câmara aprova acordo de proteção de informações com os Países Baixos
CONGRESSO NACIONAL
Nikolas diz que errou ao votar a favor de veto sobre vítimas da zika
DERROTA DO GOVERNO
O que o Congresso derrubou: veja ponto a ponto os vetos rejeitados
FUNDO PARTIDÁRIO
Derrubada de veto dá mais R$ 165 milhões para partidos em 2025