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Lula teve mais votos que em 2002

Congresso em Foco

30/10/2006 | Atualizado 31/10/2006 às 9:45

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Diego Moraes


O presidente Lula (PT) conquistou ontem uma vitória excepcional. De acordo com a apuração contabilizada até as 8h de hoje, ele acumula mais de 58,2 milhões de votos, número recorde no país. Em relação a 2002, Lula ampliou sua votação em mais de 5 milhões de votos.

Em 12 estados, Lula aumentou a votação proporcional (ou seja, em termos percentuais) que recebeu em 2002: Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe e Tocantins.

Já o candidato Geraldo Alckmin (PSDB), embora tenha recebido menos votos do que conseguiu no primeiro turno, obteve uma votação proporcional superior à que o tucano José Serra teve na eleição presidencial de 2002 no Distrito Federal em 14 estados: Acre, Amapá, Ceará, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima, Santa Catarina e São Paulo.

Vale lembrar que, quatro anos atrás, Serra ganhou a eleição somente em um estado, Alagoas. Alckmin venceu em sete. O fato sinaliza algo também demonstrado pela eleição dos governadores (leia mais). Embora Lula tenha conquistado o segundo mandato com ampla vantagem, enfrentará uma oposição mais forte do que aquela que ele derrotou quatro anos atrás. 

O anúncio da vitória

Restavam pouco mais de 30 minutos para as 20h quando o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Marco Aurélio Mello, anunciou a vitória do presidente Lula, candidato à reeleição pelo PT, no segundo turno das eleições. Naquele momento, restava contar 1,7 milhão de votos, mas ainda que todos fossem para o presidenciável do PSDB, Geraldo Alckmin, não seriam o bastante para reverter a vantagem de 60,1% contra 39,4% imposta pelo petista já no início da divulgação dos resultados do segundo turno.

"Os votos que faltam não cobrem essa diferença. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está reeleito", declarou o ministro. "Todo poder emana do povo. O povo brasileiro quis a reeleição do atual presidente da República", ressaltou. Exatamente às 19h32, mais de duas horas antes do previsto pelo TSE, o país conheceu o presidente que vai ocupar o Planalto em 2007.

Até o fechamento desta edição, com 99,9% dos votos contabilizados, Lula havia conquistado 58.287.530 (60,83%) dos 95.828.135 votos válidos registrados. Alckmin obteve 37.540.605 (39,17%). Votos brancos, nulos e abstenções somaram 24% - acima da média histórica de 20 pontos. No total, 125.913.479 eleitores foram às urnas nesse domingo.

Logo após o anúncio do TSE, o presidente Lula reuniu-se com militantes do PT para um comício na capital paulista. Antes, já havia recebido, por telefone, os cumprimentos de Alckmin pelo resultado da eleição. Lula prometeu corrigir os erros do primeiro mandato e fazer um governo melhor a partir de 2007.

"A eleição acabou e não tem mais adversário. O adversário são as injustiças sociais", disse.  anunciando que a reforma política será uma de suas prioridades no início do segundo mandato. "A vitória não é do PT, não é do PRB, não é do PCdoB, não é de nenhum partido político, mas eminentemente da sabedoria do povo brasileiro."

Em discurso após a divulgação do resultado das urnas, Alckmin agradeceu ao ex-governador de São Paulo Mário Covas e à militância do partido. O candidato, que nunca havia perdido uma eleição, disse estar com a consciência tranqüila e que a vida "é feita de dificuldades também".

"Eu estou feliz, com consciência tranqüila. Fiz o máximo que pude, me esforcei, percorri o Brasil levando a mensagem da integração nacional e do desenvolvimento regional. A democracia é uma beleza. Liguei para o presidente Lula e o parabenizei pela vitória. A vida é feita de conquista e de dificuldades também. Essa é a beleza da vida e da democracia."

A recuperação de Lula

Após se recuperar de uma das maiores crises políticas ocorridas desde o impeachment de Fernando Collor (1990-1992), Lula foi obrigado a enfrentar, às vésperas da eleição, mais um escândalo: a compra de um dossiê contra tucanos, que lhe tirou a possibilidade de decidir a eleição ainda no primeiro turno. A campanha do petista, porém, soube superar o entrave e impôs uma derrota amarga a Alckmin na segunda rodada de votação. O tucano encerrou a corrida presidencial com 2,4 milhões de votos a menos do que o conquistado no primeiro turno.

Não fosse a defasagem numérica, o candidato do PSDB viu também seu eleitorado minguar em estados onde havia se consolidado como força política em 1º de outubro. Alckmin perdeu a preferência das urnas em Rondônia, Acre, Distrito Federal e Goiás e deixou a vantagem que tinha em São Paulo cair de 17 para quatro pontos.

O primeiro turno da corrida ao Planalto apresentou um país numérica e geograficamente dividido. Lula conquistara a maior parte do eleitorado no Norte e Nordeste. Alckmin consolidou-se no Centro-Sul. No segundo turno, o petista herdou a maior parte dos votos de Heloísa Helena (Psol) e Cristovam Buarque (PDT), derrotados em 1º de outubro, e ampliou significativamente sua vantagem.

Lula venceu no Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste. Alckmin levou a melhor nos três estados do Sul. O presidente ficou atrás em sete estados no segundo turno, mas, em relação a 2002, teve menos votos em 13 unidades da federação.

Vitória nas regiões

Na primeira etapa, Lula vencera em Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo, mas o fraco desempenho em São Paulo lhe tirou a hegemonia no Sudeste. Ontem, embora tenha ficado atrás junto ao eleitorado paulista, a redução da diferença entre o tucano foi suficiente para lhe garantir maioria na região.

No Nordeste, o petista consolidou-se de vez como expressiva força política. Em relação a 2002, obteve mais votos em todos os nove estados. O desempenho de Alckmin, por outro lado, foi pífio. Em Pernambuco, terra do senador José Jorge (PFL), vice na chapa tucana, o presidenciável obteve 21,52% dos votos - menos que os 42,93% obtidos por José Serra (PSDB) quatro anos antes.

Em Minas, o apoio do governador reeleito Aécio Neves (PSDB) no segundo turno não conteve a queda do presidenciável tucano. A diferença entre Lula e Alckmin no segundo turno cresceu para 30 pontos, contra os nove pontos que separavam os dois candidatos no primeiro turno, quando a atuação de Aécio na campanha nacional do PSDB foi das mais discretas.

A votação estado por estado

Confira o desempenho de Lula e Alckmin nas eleições de ontem por estado e a comparação dos números com o segundo turno da disputa presidencial de 2002:

Acre
2006 - Lula (52,38%) x Alckmin (47,62%)
2002 - Lula (59,94%) x Serra (40,06%)

Alagoas
2006 - Lula (61,45%) x Alckmin (38,55%)
2002 - Serra (56,39%) x Lula (43,61%)

Amazonas
2006 - Lula (86,8%) x Alckmin (13,2%)
2002 - Lula (69,88%) x Serra (30,12%)

Amapá
2006 - Lula (70,40%) x Alckmin (29,60%)
2002 - Lula (75,51%) x Serra (24,49%)

Bahia
2006 - Lula (78,08%) x Alckmin (21,92%)
2002 - Lula (65,69%) x Serra (34,31%)

Ceará
2006 - Lula (82,38%) x Alckmin (17,62%)
2002 - Lula (71,78%) x Serra (28,22%)

Distrito Federal
2006 - Lula (56,96%) x Alckmin (43,04%)
2002 - Lula (62,26%) x Serra (37,74%)

Espírito Santo
2006 - Lula (65,54%) x Alckmin (34,46%)
2002 - Lula (59,63%) x Serra (40,64%)

Goiás
2006 - Lula (54,78%) x Alckmin (45,22%)
2002 - Lula (57,08%) x Serra (42,92%)

Maranhão
2006 - Lula (84,63%) x Alckmin (15,37%)
2002 - Lula (58,48%) x Serra (41,52%)

Mato Grosso
2006 - Alckmin (50,31%) x Lula (49,69%)
2002 - Lula (54,46%) x Serra (45,54%)

Mato Grosso do Sul
2006 - Alckmin (55,02%) x Lula (44,98%)
2002 - Lula (55,14%) x Serra (44,86%)

Minas Gerais
2006 - Lula (65,19%) x Alckmin (34,81%)
2002 - Lula (66,45%) x Serra (33,55%)

Pará
2006 - Lula (60,12%) x Alckmin (39,88%)
2002 - Lula (52,65%) x Serra (47,35%)

Paraíba
2006 - Lula (75,01%) x Alckmin (24,99%)
2002 - Lula (57,02%) x Serra (42,98%)

Paraná
2006 - Alckmin (50,75%) x Lula (49,25%)
2002 - Lula (59,22%) x Serra (40,78%)

Pernambuco
2006 - Lula (78,48%) x Alckmin (21,52%)
2002 - Lula (57,07%) x Serra (42,93%)

Piauí
2006 - Lula (77,31%) x Alckmin (22,69%)
2002 - Lula (60,73%) x Serra (39,27%)

Rio de Janeiro
2006 - Lula (69,69%) x Alckmin (30,31%)
2002 - Lula (78,97%) x Serra (21,03%)

Rio Grande do Norte
2006 - Lula (69,73%) x Alckmin (30,27%)
2002 - Lula (58,64%) x Serra (41,36%)

Rio Grande do Sul
2006 - Alckmin (55,35%) x Lula (44,65%)
2002 - Lula (55,84%) x Serra (44,16%)

Rondônia
2006 - Lula (55,33%) x Alckmin (44,67%)
2002 - Lula (55,56%) x Serra (44,44%)

Roraima
2006 - Alckmin (61,49%) x Lula (38,51%)
2002 - Lula (65,55%) x Serra (34,45%)

Santa Catarina
2006 - Alckmin (54,53%) x Lula (45,47%)
2002 - Lula (64,14%) x Serra (35,86%)

São Paulo
2006 - Alckmin (52,26%) x Lula (47,74%)
2002 - Lula (55,39%) x Serra (44,61%)

Sergipe
2006 - Lula (60,16%) x Alckmin (39,84%)
2002 - Lula (57,50%) x Serra (42,50%)

Tocantins
2006 - Lula (70,27%) x Alckmin (29,73%)
2002 - Lula (54,03%) x Serra (45,97%)

Matéria publicada em 30.10.06. Última atualização em 31.10.06

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