Entrar
Cadastro
Entrar
Publicidade
Publicidade
Receba notícias do Congresso em Foco:
Congresso em Foco
10/3/2009 | Atualizado às 13:28
O ex-terceiro-secretário da Mesa Diretora Waldemir Moka (PMDB-MS) eximiu-se de qualquer participação no pagamento pela Câmara de uma passagem aérea para um colaborador do empresário Fernando Sarney.
De acordo com o peemedebista, cabe aos deputados envolvidos no caso explicar as circunstâncias em que o bilhete foi emitido. A 3ª Secretaria, presidida por Moka em 2007 e 2008, é responsável pela distribuição das cotas de passagens aéreas e, segundo o próprio site da Câmara, por “controlar o fornecimento de requisições de passagens de transporte aéreo aos deputados".
O deputado era o terceiro-secretário quando o ex-funcionário do Senado Marco Antônio Bogéa levou uma mala de Brasília São Paulo a pedido de Fernando, filho do presidente do Senado, José Sarney, conforme investigações da Policia Federal.
O relatório da Operação Boi Barrica mostra que o bilhete saiu do orçamento da Câmara, como revelou (leia mais) o Congresso em Foco na última quinta-feira (5).
"A responsabilidade pela emissão das passagens aéreas é dos deputados", afirma Moka. "Durante a minha gestão não recebi nenhuma questão parecida com essa. A 3ª Secretaria só repassa os créditos para os deputados que são descontados nas companhias aéreas", justifica o deputado do PMDB.
A responsabilidade pela emissão da passagem de Bogéa ainda é um enigma. De acordo com documentos repassados à PF pela empresa aérea TAM, a passagem saiu na cota do deputado Carlos Abicalil (PT-MT).
O nome do petista aparece em uma das planilhas de expedição da passagem na loja da companhia aérea na Câmara. A informação indica que o bilhete de embarque foi comprado por meio da cota mensal a que Abicalil tem direito para fazer deslocamentos semanais entre Brasília e seu estado.
Procurado pelo site, o deputado do PT mostrou-se indignado desde o primeiro instante. Ainda na quarta-feira (4), em nota, disse que sua cota foi emprestada, "sem o seu conhecimento prévio", ao gabinete do deputado Valadares Filho (PSB-SE).
O parlamentar sergipano disse nunca ter pedido essa cota a Abicalil e repeliu qualquer participação no episódio. Desde a publicação da reportagem, o Congresso em Foco aguarda uma explicação da Câmara para o bilhete usado pelo colaborador de Fernando Sarney.
Como mostrou o site, o sucessor de Moka na 3ª Secretaria, deputado Odair Cunha (PT-MG), vai pedir informações à TAM sobre a origem de uma passagem aérea paga para Marco Antônio Bogéa. Odair Cunha ainda prefere não comentar o caso, mas tomou a decisão de procurar a companhia aérea depois de receber pedidos de providências dos deputados Carlos Abicalil e Valadares Filho. Os dois têm versões diferentes sobre o caso. (Lúcio Lambranho)
Temas
REAÇÃO AO TARIFAÇO
Leia a íntegra do artigo de Lula no New York Times em resposta a Trump
VIOLÊNCIA DE GÊNERO
Filha de Edson Fachin é alvo de hostilidade na UFPR, onde é diretora