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Congresso em Foco
4/2/2009 | Atualizado às 13:44
Com a previsão de investir mais R$ 313 bilhões pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) a partir de 2011 – quando terá terminado o mandato do presidente Lula –, o governo quer garantir um substituto alinhado ao Palácio do Planalto para garantir a execução dos projetos. Durante apresentação do balanço de dois anos do programa, realizado na manhã de hoje (4), a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, afirmou que Lula vai trabalhar para que isso aconteça no próximo ano.
“Eu desejo bastante que o governo tenha um candidato, mas se serei eu ou não, não posso dizer”, afirmou ela. Lula já demonstrou diversas vezes que quer Dilma como o nome do PT à presidência em 2010. Em entrevista à rede inglesa BBC, o presidente afirmou que "ela (a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff) é a pessoa mais qualificada hoje para governar o Brasil. Ela coordena os principais programas de desenvolvimento e conhece muito bem o Brasil. É uma gerente extraordinária".
"Essa resposta vocês não tiram de mim nem amarrada", afirmou Dilma. Apesar de evitar responder se será candidata ou não, Dilma fez o anúncio de que o PAC terá um acréscimo de R$ 142 bilhões em investimentos até 2010. Com esse aumento, o valor total aplicado pelo governo federal passará de R$ 503,9 bilhões para R$ 646 bilhões (leia mais). “Vamos sistematicamente monitorar e avaliar o PAC com objetivo de antecipar as obras, porque nos importa antecipar as obras e garantir um ritmo mais forte, necessário para enfrentar a crise”, disse.
Batistti
Ao final da coletiva que sucedeu a apresentação do balanço, Dilma fez um breve comentário sobre o caso Cesare Batistti. O ex-ativista de esquerda italiano, acusado de participar de quatro homicídios na Itália, recebeu o status de refugiado político do ministro da Justiça, Tarso Genro, no mês passado. A decisão deflagrou uma crise diplomática com o governo italiano, que pressiona pela extradição do esquerdista.
Questionada por uma repórter da rede de televisão italiana RAI, a ministra da Casa Civil afirmou que o governo trata essa questão como encerrada e que, nesse momento, está sob responsabilidade do Judiciário. "Relações históricas, como as de Brasil e Itália, não podem ser comprometidas por assuntos que ocorrem dentro dos países", disse. "Essa questão se refere restritamente à nossa esfera de soberania. De um lado, queremos preservar nossa soberania; de outro, preservar as relações históricas entre Itália e Brasil", declarou. (Mário Coelho)
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