Em mais uma semana repleta de medidas provisórias para serem votadas no Legislativo, a audiência com a ministra Dilma Roussef, na quarta-feira (7), deve quebrar a monotonia do Congresso. Oficialmente, a ministra-chefe da Casa Civil vai à Comissão de Infra-estrutura do Senado falar sobre seu assunto predileto: o andamento das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), projeto do qual ela é “a mãe”, nas palavras do presidente Lula. Mas os cartões corporativos é que estarão na pauta.
Dilma vai ter de ouvir os senadores da oposição questionarem sua eventual participação ou omissão na divulgação de informações sobre os gastos sigilosos da Presidência da República durante a gestão de Fernando Henrique Cardoso. Para os opositores, a ministra tem que explicar como vazaram para a imprensa as despesas com cartões corporativos do ex-presidente e de sua mulher, Ruth Cardoso.
Os deputados e senadores da CPI dos Cartões nunca conseguiram convocar Dilma nem seus auxiliares para tratar do tema. Na surdina, a Comissão de Infra-estrutura do Senado, presidida pelo oposicionista Marconi Perilo (PSDB-GO), aprovou sua ida ao Congresso. Depois de muito relutar, a base aliada e o Palácio do Planalto definiram que a ministra vai ao Senado no dia 7. A reunião acontece às 10h, na sala 13 da Ala Alexandre Costa.
MP do salário mínimo
Na Câmara, quatro medidas provisórias trancam a pauta, além de três projetos com urgência constitucional. O destaque é a MP 421/2008, que aumentou o salário mínimo de R$ 380 para R$ 415, a partir de março.
No plenário do Senado, duas medidas provisórias que abrem crédito extraordinário terão que ser apreciadas antes do projeto de lei 27, o “projeto do sacoleiro”, que cria um regime tributário especial para as mercadoria vindas do Paraguai por via terrestre.
O Congresso também vai passar a semana a debater as mudanças no clima do planeta e seus reflexos sobre a Antártida. Haverá exibição de filmes, lançamento de livros, seminários e palestras sobre o tema. Na quinta-feira, às 10h, uma sessão solene vai homenagear o Ano Polar Internacional. (Eduardo Militão)
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