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Congresso em Foco
3/4/2008 | Atualizado às 14:40
A notícia de que o senador Alvaro Dias (PSDB-PR) teria vazado para a imprensa o suposto dossiê com informações do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso repercutiu hoje (3) na CPI dos Cartões Corporativos.
Parlamentares da base aliada exigiram que o senador desse explicações sobre o assunto e, em resposta, a oposição insistiu na necessidade da presença da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff na comissão.
"Quem tem que dar explicações é o senador Alvaro Dias", argumentou Carlos Willian (PTC-MG). "Aonde é que ele arrumou esses dados?", questionou o deputado.
Em resposta, o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), lembrou que Alvaro Dias não precisava dar mais de quatro passos para que pudesse esclarecer qualquer dúvida dos membros da comissão, mas que não era só ele que deveria se explicar. "Eu acho que é dever do senador sentar ali e prestar as informações solicitadas. Em quatro passos ele senta ali e explica. Mas isso só reforça a tese de que a ministra Dilma ficará muito mal se não fizer o mesmo", defendeu.
Alvaro Dias reforçou: "Não sou réu. Eu poderia invocar a Constituição para dizer: 'não me questionem'. Eu não inventei o dossiê, não empurrem para mim o que fizeram de mal. Estão superestimando demais a minha capacidade de ser bem informado. É a ministra Dilma que deveria estar aqui e não eu".
Ele também questionou o fato de ser responsabilizado pela base aliada como o responsável pelo vazamento das informações. "Quem é o responsável? O assalariado que manipulou as informações ou a ministra Dilma? Busquem no Planalto os responsáveis por este crime", exigiu.
Segundo Alvaro Dias, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso foi o primeiro a saber da existência do dossiê. "Comuniquei a ele que estavam preparando um dossiê contra ele. Não devo ser questionado sobre fontes. Dormi muito tranqüilo esta noite. Não estou aqui para agradar o governo", lembrou.
Diante da confusão com Alvaro Dias, a presidente da CPI, Marisa Serrano (PSDB-MS), ameaçou cancelar as reuniões da comissão caso não fossem aprovados requerimentos para a convocação de autoridades. "Se não votarmos os requerimentos, não tem mais como continuar as reunões deste plenário", disse. (Tatiana Damasceno)
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