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Congresso em Foco
19/2/2008 | Atualizado às 19:02
O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), acaba de protocolar na Mesa Diretora da Casa o requerimento para instalar, apenas no Senado, a CPI dos Cartões Corporativos. O documento conta com 30 assinaturas, três a mais do que o mínimo necessário.
O presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), afirmou que o documento será analisado na próxima reunião de líderes partidários e que, atualmente, três requerimentos de instalação de CPI aguardam uma definição.
A atitude é considerada uma resposta ao governo, que não abre mão dos dois cargos de controle do colegiado: presidência e relatoria. Os oposicionistas exigiam um dos postos para não abrir mais uma comissão, desta vez apenas no Senado, Casa em que o governo não conta com uma maioria tão confortável. Na semana passada, o PMDB indicou o senador Neuto de Conto (SC) para a presidência. Por sua vez, o PT indicou o deputado Luiz Sérgio (RJ) para a relatoria.
Calças curtas
Surpreendido com o pedido de abertura da CPI do Senado, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR) , disse: “Eu vou tentar lutar para que não tenha duas CPIs, mas vai ser difícil”, disse o peemedebista, dizendo ser “uma sobreforça desnecessária” a instalação de comissões simultâneas para tratar do mesmo assunto.
A respeito do desempenho de uma nova CPI, Jucá foi irônico: “No máximo, nós vamos ter uma investigação Prestobarba: a primeira faz tchan, e a segunda faz tchan, tchan, tchan, tchan...”. Para que não haja essa duplicidade, Jucá avisou que irá tentar construir um entendimento dentro do PMDB. Ele pedirá que o partido ceda a vaga da presidência da comissão para um senador do PSDB.
A escolha, então, ficaria entre os senadores Marconi Perillo (PSDB-GO), Marisa Serrano (PSDB-MS) ou Cícero Lucena (PSDB-PB), conforme citou o presidente tucano, Sérgio Guerra (PE).
De acordo com o líder do DEM no Senado, José Agripino (RN), a comissão exclusiva no Senado busca “garantir transparência nas investigações”. “O que se deseja é investigar”, complementou. Já o líder do PMDB no Senado, Valdir Raupp (RO) se mostrou preocupado com o excesso de CPIs na Casa. "O Senado está virando uma delegacia de polícia", afirmou.
No início da tarde, Garibaldi avisou que instalaria a CPI mista (composta por deputados e senadores) dos Cartões Corporativos amanhã (20), independentemente de existir acordo entre governistas e oposicionistas.
Oposição de peso
Ao explicar o protocolo da CPI exclusiva, o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), diz que o governo não atribui à oposição a importância que ela teria na Casa. "Nosso peso político não vai ser desrespeitado por um governo de viés totalitário, que nós não toleramos", bradou. "Se eles [os governistas] dissessem 'erramos, reconhecemos o peso de vocês', então nós poderíamos sentar e conversar. Mas estão ignorando a força que derrubou a CPMF."
Segundo Virgílio, a solicitação de uma nova CPI não conflita com a que foi protocolada por iniciativa de um deputado da própria oposição, Carlos Sampaio (PSDB-SP). "Ao contrário, estamos fortalecendo a iniciativa do deputado Carlos Sampaio", defendeu, dando o tom da disposição em dificultar a vida do governo. "Nós poderíamos instalar quatro, cinco, seis CPIs, até porque não tem limitação regimental."
Arthur Virgílio disse ainda que, agora, os líderes oposicionistas vão preparar a leitura do requerimento e, em seguida, fazer a abertura de prazo para apresentar os nomes da oposição para composição do colegiado. Segundo o tucano, isso deve ser feito até a próxima semana. (Fábio Góis e Rodolfo Torres)
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