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Congresso em Foco
18/7/2007 | Atualizado às 10:48
O comandante do Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo, Manoel Antônio da Silva, acredita que não há mais sobreviventes no local do acidente com o avião da TAM em Congonhas. Apenas 14 pessoas foram tiradas com vida do local. Três delas morreram logo depois e outras três estão internadas em estado grave. Até o momento, 90 corpos já foram retirados.
De acordo com as listas divulgadas pela companhia aérea ao longo da madrugada havia 183 pessoas no avião, sendo 15 funcionários da TAM e a tripulação com outras seis pessoas. Pelo manhã a TAM divulgou outros nomes, contabilizando um total de 186 passageiros (leia mais).
Caso este número seja confirmado, este será o maior acidente da aviação na América Latina. Antes deste, o maior acidente havia sido o com o avião da Suriname Airways, ocorrido em 1977, no Suriname, que caiu após bater em árvores próximas à pista de aterrissagem. O vôo vinha da Holanda com 176 pessoas a bordo e, por causa do mau tempo, o piloto teve problemas de visibilidade na hora de tentar o pouso.
No Brasil, o pior acidente até ontem (17) havia sido o com o Boeing da Gol, no ano passado, que vitimou 154 pessoas.
Agora, além dos passageiros, o acidente com o vôo 3054 da TAM provocou a morte de outras pessoas em solo. Há ao menos seis funcionários da TAM Express desaparecidos e duas mortes confirmadas pela companhia.
Mais de 100 bombeiros continuam no local à procura de vítimas.
A TAM disponibilizou um número de telefone gratuito para dar informações sobre o acidente (0800 11 79 00) e nove aviões para trasnportar os parentes das vítimas. Peritos do Instituto Médico Legal estão no Aeroporto de Congonhas para tentar conseguir detalhes com os parentes sobre marcas e objetos que possam ajudar na identificação dos corpos. A maioria dos corpos está carbonizada, o que dificulta o trabalho da perícia. Nesse estado, a identificação só é possível por meio de exames de DNA e arcada dentária.
Caixa preta
A caixa preta do avião foi encontrada de madrugada, por volta da 1h20. Segundo o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), a última coisa que é possível ouvir na gravação é o piloto gritando: "Vira, vira, vira!".
O acidente com o vôo 3054 da TAM aconteceu ontem, por volta das 18h50, quando o avião tentou pousar na pista de Congonhas, que acaba de ser reformada. Estava chovendo e, após sentir dificuldades para completar a paralisação da aeronave, o piloto tentou levantar novamente vôo. Nisso o avião derrapou, atravessou as duas pistas da Avenida Washington Luís, na zona sul de São Paulo, e foi parar no depósito da TAM Express, próximo a um posto de gasolina.
O avião entrou quase que completamente no galpão e pegou fogo. Como havia perigo de explosão e de desmoronamento do prédio, as avenidas próximas a local foram bloqueadas, provocando engarrafamentos de mais de sete quilômetros. O aeroporto de Congonhas foi fechado ontem. Esta manhã, por volta de 6h, a pista auxiliar voltou a funcionar para aviões pequenos.
Deputado estava à bordo
Entre os passageiros do avião estava o deputado Júlio Redecker (PSDB-RS), líder da minoria na Câmara. Ele embarcaria para Washington ontem. Advogado, empresário e professor universitário, Redecker estava no quarto mandato.
Após reunião de emergência ontem à noite, o presidente Lula decretou luto oficial de três dias (leia mais). (Carol Ferrare e Soraia Costa)
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