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Congresso em Foco
5/6/2007 | Atualizado às 7:39
O presidente Lula afirmou hoje (5) que não acredita que seu irmão mais velho, Genival Inácio, o Vavá, esteja envolvido com a quadrilha de contrabando, tráfico de drogas e exploração de caça-níqueis investigada pela Operação Xeque-Mate da Polícia Federal.
Ontem a PF revistou a casa do irmão do presidente, em São Bernardo do Campo (SP), cumprindo um mandado de busca e apreensão. "Todos podem ser objeto de investigação. Não acho que ele esteja envolvido em nada, sinceramente não acredito", disse Lula em Nova Délhi, na Índia, onde está em visita oficial.
Segundo a Folha de S. Paulo, Vavá foi indiciado por tráfico de influência no Executivo e exploração de prestígio no Judiciário. De acordo com o jornal, a polícia investiga um suposto pagamento a Vavá pelo candidato derrotado a deputado federal Nilton Cézar Servo (PSB-MS), que está foragido.
Ainda conforme a Folha, a PF chegou a pedir a prisão de Vavá. Mas a Justiça indeferiu o pedido alegando que o tráfico de influência e a exploração de prestígio não beneficiaram a máfia dos caça-níqueis e que ele não faria parte da quadrilha.
"Como presidente da República, se a Polícia Federal tem uma autorização judicial com seu nome, paciência", declarou Lula. Integrantes da comitiva relataram aos jornalistas que acompanham a viagem do presidente que ele demonstrou irritação por não ter sido informado previamente sobre a investigação de seu irmão.
Lula defendeu o trabalho da PF, mas pediu cuidado para que ninguém seja condenado antes do julgamento. A Operação Xeque-Mate prendeu até agora 77 pessoas, entre elas 13 policiais.
Esta não é a primeira vez que Vavá causa constrangimento ao presidente da República. Em 2005, durante o escândalo do mensalão, Genival Inácio da Silva foi acusado de ter aberto um escritório em um prédio comercial de São Bernardo do Campo para intermediar demandas de empresários junto ao setor público. Na época, ele confirmou à revista Veja que encaminhava pedidos de empresários, mas disse que nada recebia em troca. (Edson Sardinha)
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